Você percebe que a pessoa está despreparada para crescer na carreira quando ela está numa situação de competir com alguém. É tiro e queda. Isso porque as pessoas se perdem ao avaliar o que é a competitividade real. Cai por terra uma maravilhosa oportunidade de mostrar valor.

O erro comum é achar que ser competitivo no mercado é agir para derrubar o adversário. Só que as coisas não funcionam assim. Ou pelo menos não deveriam funcionar. O verdadeiro competidor faz da qualidade do seu trabalho a sua arma e o seu escudo.

Quem age para prejudicar um colega por baixo do pano não é competitivo. É mau-caráter. O cidadão que faz isso não se garante. E terá que agir assim dia após dia para se manter no ambiente corporativo. No fim, pode ter certeza que dá muito mais trabalho.

O autor Roberto Shinyashiki revelou, certa vez, que um executivo disse a ele que ninguém chega à vice-presidência de uma empresa sem mentir. Espero que esse cidadão consiga colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Porque a maior cobrança vem da consciência.

Além disso, penso que a casa sempre cai quando o alicerce é fraco. Um caso estarrecedor é o do ciclista americano Lance Armstrong. Ele era um dos maiores ídolos do esporte dos Estados Unidos até janeiro de 2013. Confessou o uso de anabolizantes e tirou o sorriso dos fãs.

Ele havia vencido o “Tour de France” sete vezes consecutivas. Perdeu todos os títulos e foi banido para sempre. Numa entrevista para a apresentadora Oprah Winfrey, pediu desculpas para as pessoas que o acusavam. Ele sempre respondia às acusações com ofensas.

A estrutura caiu como castelo de areia. O grande Lance Armstrong estava, de repente, como político acusado de corrupção durante uma sessão de CPI. Lamentável. Livros e filmes que falam sobre o “ídolo” agora vão ser lidos e assistidos com outro olhar.

Além da qualidade, outra questão que serve como arma e escudo na competição diária é o comprometimento. As coisas costumam funcionar melhor quando temos real interesse naquilo que fazemos. Encarar tudo como obrigação não produz resultados positivos.

Uma situação interessante é que, geralmente, a pessoa que ainda não percebeu o verdadeiro sentido de ser competitivo acredita que todo mundo pensa e age da mesma maneira. Então, qualquer atitude do colega vira motivo de crítica e de atenção redobrada.

Isso é tão grave que alguns profissionais chegam a lançar verdadeiras campanhas de difamação contra aqueles que identificam como adversários. Cabe relembrar uma de minhas frases favoritas: “O caráter de um homem é o seu destino” (Heráclito).


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