“Vejam só, amigos meus sumiram num piscar. E eu temo o que é melhor pra me aprumar. Eu era líder, tinha poder. Mas isso acabou. E então o céu sobre mim desmoronou. Eram coisas mesmo estranhas demais para mim! Acho que é o meu fim”.

A passagem acima é da música “Coisas Estranhas”, que faz parte da trilha sonora do filme Toy Story. Em 2015, a animação completa 20 anos. Parece que foi ontem que fomos apresentados às aventuras do cowboy Woody e do astronauta Buzz Lightyear.

Em duas datas do ano, os brinquedos ficam apreensivos: o aniversário de Andy, que é a criança dona deles, e o Natal. Isso porque a chegada de novos presentes pode fazer com que eles tenham que dividir ou até perder a atenção do menino.

Woody é o líder e, a cada momento comemorativo desses, tem a tarefa de tranquilizar os liderados. No entanto, ele mesmo sofre com a chegada de Buzz Lightyear, um boneco cheio de apetrechos modernos, que acredita ser mesmo um astronauta.

Há questões interessantes a serem observadas. Toy Story também traz ensinamentos para o mercado. O medo que os brinquedos sentem com a chegada dos “concorrentes” se assemelha muito com a forma como muitos funcionários recebem novos colegas nas empresas.

No caso dos bonecos, no entanto, repare que têm pouco poder de mudar a impressão que causam na criança. Afinal, quando os seres humanos aparecem, eles precisam fingir que não têm vida. Aí o poder de persuasão é zero. Eles devem confiar que o dono não vai largá-los.

Já funcionários que agem assim demonstram falta de confiança no próprio trabalho. Preocupam-se mais com o que esse novo colega vai fazer do que com a permanência na empresa por meio de uma atuação de extrema qualidade.

A música que compartilhei retrata a situação de Woody ao perceber que já não era mais o líder do grupo. Isso mostra a importância de nossas palavras estarem de acordo com nossas atitudes. Ele pediu que os liderados ficassem tranquilos, mas não sustentou essa tranquilidade.

Além disso, é fundamental que os conflitos parem em alguém. Nobre da pessoa que percebe o processo e toma a iniciativa. O desfecho do primeiro filme demonstra que é possível salvar uma relação quando se reconhece erros e se adota uma postura mais humilde.

Nesta situação, a trilha sonora seria outra: “Amigo estou aqui. Amigo estou aqui. Se a fase é ruim. E são tantos problemas que não tem fim. Não se esqueça que ouviu de mim. Amigo estou aqui. Amigo estou aqui”. Para o infinito e além.



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