O filme 2012 traz um diálogo entre um monge e um discípulo. O discípulo demonstrou preocupação com os rumores de que o mundo iria acabar. Calmamente, o monge resolve servir chá. A xícara transbordou e o ancião não parava de colocar o líquido.


O jovem não entendeu aquilo e tentou avisar que estava suficiente e que ele já poderia parar. Logo em seguida, o mestre explicou por que fez isso: “Sua xícara está cheia. Você está repleto de opiniões e de especulações. Para achar a sabedoria, é preciso esvaziá-la”.

Pessoas com mente aberta conseguem aproveitar melhor as oportunidades que a vida oferece. Um belo exemplo disso é a habilidade de conectar os pontos. Isso fica evidente no filme vencedor do Oscar “Quem quer ser um milionário?”.

O personagem Jamal fez a Índia parar para assisti-lo. O filme gira em torno da participação dele num programa de perguntas e respostas que poderia fazer com que ele se tornasse um milionário. Cada acerto colocava o rapaz mais próximo do prêmio.

O que mais chama atenção é a forma com que ele conseguia encontrar as respostas. Ele conectou cada pergunta com alguma situação que havia vivido. Isso foi tão forte que chegaram a desconfiar que ele estava a fraudar o programa. Foi torturado para confessar.

Às vezes, o caminho para um grande projeto pode estar numa experiência que vivemos com oito anos, num passeio com nossos pais, num café que tomamos com nossos avós. Pode ser que a carreira dos sonhos esteja num livro que lemos cinco anos atrás, sem pretensão alguma.

A ideia de “conectar os pontos” está mais difundida no exterior. Em meus estudos, já observei diversos autores norte-americanos citarem o conceito. No Brasil, tenho visto poucos falarem sobre isso. Um deles é Marcelo Sales, que tem um ótimo material disponível no YouTube.

Na palestra “As conexões que movem a vida”, ele aborda como “conectou” uva com telefonia e construiu uma das maiores empresas de software para celular do mundo. Só alguém que consegue criar uma barreira para “opiniões” e “especulações” externas é capaz disso.

Em muitas ocasiões, é possível que uma experiência negativa seja, no futuro, um dos pontos de uma conexão importante. É por isso que devemos dar tempo ao tempo e entender que tudo na vida tem um propósito. É preciso canalizar o que vivemos a favor do nosso objetivo.

É fácil identificar quando conversamos com alguém cheio de “opiniões” e de “especulações”. Trata-se daquela pessoa com um discurso tão pronto que você tem a sensação de que já ouviu aquilo umas 300 vezes. Cinco anos depois, o papo é exatamente o mesmo.

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