A ferramenta de análise SWOT é bastante conhecida. Desde muito tempo ela é empregada em diversos tipos de análises, principalmente no campo do Planejamento Estratégico.

Basicamente, consiste no mapeamento de dados e informações, que são classificados e apresentados em quatro quadrantes diferentes, sendo:

1. Fatores Internos:

a. Fortalezas (Pontos fortes);

b. Fraquezas (Pontos fracos).



2. Fatores Externos:

a. Oportunidades;

b. Ameaças.

Após o mapeamento, as informações são analisadas com o objetivo de se identificar os pontos sobre os quais se tem influência (Fatores Internos) e aqueles sobre os quais não se tem influência (Fatores Externos).

Em seguida identificam-se as melhores estratégias, que normalmente são aquelas que, utilizando os pontos fortes, resultam no aproveitamento das oportunidades.

Posteriormente os fatores ligados aos pontos fracos e ameaças, são analisados na busca por soluções, remediações ou alertas.

Pelo descrito acima, pode-se perceber que não existe uma forma estruturada para utilização das informações obtidas e organizadas através da matriz SWOT, correndo-se o risco de muita informação não ser efetivamente aproveitada.

A utilização da matriz SWOT em coaching

Porém, mais recentemente surgiu um fato novo, ou melhor, uma nova maneira de se utilizar a matriz SWOT.

Essa feliz adaptação apareceu e está sendo eficazmente utilizada nos processos de coaching. O entendimento da matriz é similar ao descrito nos parágrafos anteriores, ou seja, permanecem os quatro grupos divididos em fatores internos e externos.

Similarmente ao que ocorre nos outros tipos de utilização, o coachee preenche a matriz SWOT com os pontos fortes e pontos fracos dele, as ameaças que ele percebe no meio exterior e por fim com as oportunidades que ele detecta no mundo e nos ambientes em que atua.

O que de fato muda é forma de análise e utilização dos dados. Nos processos de coaching após o mapeamento das informações age-se da seguinte maneira:

1) Os pontos fortes são combinados às oportunidades através de ações cujo objetivo é eliminar os pontos fracos.

2) Em muitos casos, ao eliminar-se um ponto fraco automaticamente elimina-se, também, uma ameaça.

3) Ocorre, em certos casos, que uma ação proveniente da combinação de um ponto forte com uma oportunidade elimina diretamente uma ameaça.

Dessa forma, os três passos acima são repetidamente combinados cobrindo-se todas as oportunidades e pontos fortes, na tentativa de gerar um plano de ações que combatam os pontos fracos e as ameaças.

Por exemplo, imaginemos um coachee cuja meta seja o “Aumento de sua Empregabilidade”:

1. Pontos Forte:

a. Aplicação nos estudos

b. Determinação

c. Entusiasmo

2. Pontos Fracos:

a. Não fala Inglês

b. Baixa visibilidade na empresa

c. Baixa socialização com os colegas de trabalho

3. Ameaças:

a. A empresa passa por uma fase ruim, com altos estoque e baixas vendas, podem ocorrer cortes. Os funcionários que falam Inglês, se comunicam bem e transitam bem pelas diversas áreas da companhia tendem a ser melhor avaliados.

4. Oportunidades:

a. Nova escola de Inglês na região, com boa reputação e preços baixos

b. Novo projeto de melhoria a ser iniciado na empresa

c. Festa comemorativa da empresa na próxima semana

Plano de ações:

1. Matricular-se na escola de Inglês

a. Nova escola de Inglês + Aplicação nos estudos combate o fato de não falar Inglês

2. Participar do novo projeto de melhoria

a. Novo projeto + Determinação combate a baixa visibilidade na empresa

3. Ir na festa da empresa

a. Festa da empresa + Entusiasmo combate a baixa socialização

Portanto:

Se: Estuda Inglês

Tem visibilidade

Tem socialização

O Coachee se aproxima de sua meta de “Aumentar sua Empregabilidade”

Para finalizar, creio que, muito provavelmente, essa nova forma de utilização, com algumas adaptações, poderá ser adotada nas já tradicionais aplicações da matriz SWOT.


Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade do autor do post identificado abaixo.