A definição de um líder global

Um projeto de pesquisa conduzido pela Andersen Consulting e assistido pela Keilty, Goldsmith & Company, “The Evolving Role of Executive Leadership”, revelou 14 categorias de aptidões essenciais para os líderes globais, enumeradas mais abaixo.
O estudo foi feito com base nas experiências de mais de 120 líderes em todo o mundo. Segundo o levantamento, essas amplas rubricas traçam o perfil de 80 competências possuídas pelos líderes globais, as quais são de vital importância.
Liderança global: a próxima geração
Vamos conhecer melhor cada um dos itens que integram a “caixa de ferramentas” de um líder global. De acordo com a pesquisa da Andersen Consulting e Keilty Goldsmith & Company, os verdadeiros líderes possuem as características citadas a seguir.
- Antevêem a oportunidade
- Criam uma visão compartilhada
- Desenvolvem as pessoas e lhes conferem poder
- Dão valor à diversidade cultural
- Desenvolvem trabalho em equipe e parcerias
- Acolhem a mudança
- Demonstram conhecimento tecnológico
- Asseguram-se da satisfação do cliente
- Alcançam a vantagem competitiva
- Demonstram domínio das aptidões pessoais
- Compartilham a liderança
- Vivenciam os valores
Com base nisso, como um administrador de empresas poderia se tornar um verdadeiro líder global do futuro? Para vislumbrar tal transformação, vale a pena ampliar a perspectiva e analisar brevemente o que significa ser um líder universal.
Para algumas pessoas, é preciso que um líder universal possua um mandado global. Nesse caso, pessoas como o secretário-geral das Nações Unidas ou o papa estariam habilitados, por exemplo. Para outras, é preciso que um líder universal produza um impacto global.
Os mais óbvios exemplos disso são líderes empresariais. Bill Gates, da gigante tecnológica Microsoft, Anita Roddick, da Body Shop, e Jürgen Schrempp, da Daimler-Chrysler, seriam alguns candidatos nessa lista. Vamos saber mais sobre
Líderes Universais
A maioria das pessoas, entretanto, acredita que os líderes universais de importância capital possuem alguns traços. Podemos destacar a clareza de visão, firmeza de propósitos, coragem em relação às próprias convicções e integridade moral.
E isso vale mesmo que o alcance e impacto desses líderes não sejam necessariamente de âmbito global. Líderes nacionais do presente e do passado, tais como Vaclav Havel, Golda Meir e Ronald Reagan, costumam ser mencionados sob esse aspecto.
Líderes empresariais pouco convencionais como Ted Turner e Richard Branson, por exemplo, também são frequentemente citados. No lado humanitário, Madre Teresa e Aung San Suu Kyi (de Mianmar) são igualmente incluídas em listas de liderança.
Dadas essas visões divergentes sobre o que faz um líder ser universal, não é nada surpreendente a falta de consenso no estudo da liderança global. Afinal, em qualquer outra circunstância, é um desafio saber como mensurar a eficácia de um líder global.
Num sentido mais estreito, o papa poderia ser julgado pelo aumento ou diminuição no número de seus seguidores no mundo. Já Jack Welch (da General Eletric), seria avaliado pela retenção de funcionários, valorização dos acionistas e apoio do conselho da empresa.
Por sua vez, Vaclav Havel, presidente da República Checa, seria visto como líder a partir da duração do seu mandato. Entretanto, essas aferições essencialmente quantitativas realmente tocam na questão da liderança global de qualidade?
Em certo sentido, sim, pois todas elas têm um elemento humano e democrático intrínseco. Se um líder não tem bom desempenho, com certeza perde credibilidade e apoio, provavelmente perderá o cargo e poderá até mesmo perder a vida.
Por outro lado, esse tipo de avaliação corre o risco de reduzir a questão da liderança global eficaz a um concurso de popularidade de massa. E isso ainda pode ser excessivamente explorado por meio da mídia, cada vez mais sensacionalista.
O autor Marshall Goldsmith, em seu livro “Coaching: o exercício da liderança” (Editora Campus, 2003), destaca a importância dessas reflexões sobre o papel do líder atual.
Qual é o perfil do líder no mundo atual?
As características que formam o líder nas organizações vêm mudando ao longo dos anos. Passou-se a exigir não só um perfil de gerenciador de processos, mas também de alguém capaz de apresentar habilidades indispensáveis para gerir resultados.
E, ao mesmo tempo, deve ser alguém que consegue usar essas mesmas habilidades para levar seus liderados a refletirem sobre seu papel dentro das organizações. Além disso, todos precisam saber o porquê da existência de metas e seus resultados.
As empresas evoluem diariamente, sobretudo em termos estruturais e tecnológicos. As mudanças e o conhecimento são novos paradigmas. E têm vindo a exigir uma nova atitude nos estilos pessoais e organizacionais, voltados a uma realidade diferenciada e emergente.
Portanto, a liderança passa a ser a chave para o sucesso organizacional, decorrendo de uma nova cultura e estrutura. Nela se privilegia o capital intelectual, pois são as pessoas que proporcionam as condições essenciais ao desenvolvimento das organizações.
Mais carisma e menos formalidade
O ideal para liderar uma equipe é que o líder não seja muito formal e alivie as tensões do ambiente de trabalho. Deve ser carismático, valorizar as pessoas e motivar colaboradores. Desejar sempre o bem dos pares, saber ouvir e dar feedback.
Precisa ainda fazer reuniões e encontros informais, eliminar as burocracias, avaliar tudo o que pode ser melhorado ou eliminado nos processos de decisão. Tem de encarar as coisas de maneira imparcial, considerando todas as alternativas.
Também deve simplificar os processos de trabalho e ouvir as opiniões dos colaboradores. É necessário que ele encare as mudanças como oportunidades, aprendendo a lidar com o novo, estimulando e motivando sempre seus liderados.
Atualmente, o bom líder deve saber administrar e gerenciar sua equipe ou organização influenciando comportamentos e processos de gestão pessoal, que passam a ser vitais para o mercado atual, que tem como principal característica as renovações constantes.
Cada vez mais os líderes estão adotando os processos de coaching como filosofia profissional e garantindo que sua gestão seja eficaz. Dessa maneira, os líderes aprendem a trabalhar cada profissional de sua equipe de maneira única.
Fazem isso identificando, desenvolvendo e aprimorando talentos, além de realizar planos estratégicos que estimulem a alta performance de sua equipe. Para saber mais sobre todo o potencial que o coaching oferece ao líder, conheça os cursos da SLAC Coaching!
Conclusão
Entendendo o papel de um líder global, o estudo da Andersen Consulting e Keilty Goldsmith & Company ressalta 14 categorias de habilidades que delineiam as competências vitais dos líderes globais, derivadas das experiências de mais de 120 líderes ao redor do mundo.
Essas competências, identificadas como componentes essenciais da “caixa de ferramentas” de um líder global, refletem uma variedade de habilidades. Desde pensamento global até a habilidade de liderar e motivar equipes, antecipando oportunidades e acolhendo a mudança.
A transformação de um administrador em um verdadeiro líder global do futuro é uma jornada multifacetada e diversificada. Envolve não apenas as habilidades técnicas e conhecimento específico do setor, mas também a capacidade de inspirar.
É preciso influenciar e liderar pessoas rumo a um objetivo comum. Num sentido, o líder global pode ser aquele que exerce impacto, não limitado a um cargo de mandato. Pode ser por meio da influência e da transformação que conduz em sua esfera de atuação.
O conceito de líder universal pode ser interpretado de diversos modos. Alguns enxergam na figura do líder universal o detentor de um mandato global. Já outros veem a universalidade no impacto e na influência que um líder exerce, independentemente do alcance geográfico.
Considerando as características de líderes tanto globais quanto nacionais, percebe-se que certos atributos são cruciais. Por exemplo, clareza de visão, coragem, e integridade moral se destacam independentemente do alcance global da liderança.
As características da liderança eficaz, particularmente em um contexto global, continuam sendo um campo complexo. Nesse aspecto, a avaliação do sucesso do líder envolve uma série de métricas quantitativas e qualitativas.
A eficácia de um líder global não pode ser facilmente resumida a números ou popularidade. Afinal, envolve aspectos intrínsecos como credibilidade, impacto, e, acima de tudo, a habilidade de influenciar positivamente e inspirar mudanças significativas.
A evolução do papel de um líder nas organizações é claramente percebida na demanda por habilidades que ultrapassam a gestão puramente técnica. Isso abrange a capacidade de inspirar, motivar e conduzir as equipes de forma mais carismática e menos formal.
A chave para o sucesso organizacional é encontrada na capacidade dos líderes de influenciar comportamentos e processos de gestão pessoal. Tudo isso se torna vital para a adaptação e progresso contínuo em um mundo em constante transformação.
Esse caminho para a liderança eficaz abraça o potencial humano e a valorização das pessoas. Também inclui a promoção de ambientes de trabalho colaborativos e dinâmicos. Diante disso tudo, a liderança atual pode ser beneficiada com as ferramentas do coaching.
Evolução que Conecta Pessoas ao Sucesso
Com mais de 23 anos de experiência, Sulivan França é referência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano. Fundador da SLAC Educação e líder de empresas como Human Solutions Brasil, ele já impactou mais de 98.000 pessoas no Brasil e na América Latina, transformando vidas e negócios.
Formação e Especialidades
Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.
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