Escrito por Sulivan França - 07 de Fevereiro de 2014

Começar do macro e ir em direção ao micro, concentrando-se primeiramente em ampliar o escopo de uma conversa para depois concentrar-se nos detalhes. Esse é o chamado Modelo T, utilizado no processo de coaching para que o coach consiga colher mais informações do coachee e orientá-lo de maneira mais eficiente.

Isso tudo gera uma consciência maior para o coachee sobre a real situação dele em relação a suas dificuldades e potencialidade e em que posição ele se encontra em relação a seus objetivos.

No livro “The Inner Game of Work” ou “O Jogo Interior do Trabalho”, o autor W. Timothy Gallwey aborda esse modelo de autoquestionamento de maneira bem interessante.

Gallwey conta ter trabalhado de maneira rápida com uma consultora sênior de gerenciamento em uma das cinco maiores empresas de contabilidade do Reino Unido. A mulher relatava sofrer de ansiedade sempre que colocada diante de executivos de empresas muito importantes.

A conversa deu-se da seguinte forma:

- Gallwey: O quão ansiosa você fica numa escala de 1 a 10?

- MULHER: Cerca de 7 ou 8.

- Gallwey: Nas próximas semanas, haverá alguma situação que poderá deixá-la ansiosa? (A mulher identificou duas ou três reuniões)

- Gallwey: Sugiro que você classifique sua ansiedade numa escala de 1 a 10, em momentos diferentes das reuniões: antes, durante e depois.

(Fim da conversa)

Myles Downey, em Coaching Eficaz, editora CENGAGE Learning, 3ª edição, 2010. 

Consciência no processo de coaching

A resolução do problema de ansiedade da consultora sênior começou com uma palavra, consciência. A consciência pode curar. É parte fundamental do processo de autoconhecimento conhecer o problema, mas não só isso. É preciso medi-lo, registrar sua intensidade nos diversos momentos do dia a dia.

Perceber requer deixar julgamentos morais de lado e não ser contaminado pelo medo de se perceber fraco. Perceber é o “tentar” do pensar, é o nosso cérebro tentando entender como suas engrenagens estão funcionando e o que o está estimulando ou travando.

A mudança de comportamento que a mulher em questão passou a experimentar depois da conversa com Gallwey e a permitiu ter um desempenho melhor nas situações críticas pode ser chamada no processo de coaching de Self Dois.

O Self Um é o estado da consciência, que direciona todas as suas ações à luz da consciência.

O Self Dois é a transcendência disso, é o centro direcionador da inconsciência. Para deixar de sentir medo quando estava na presença de grandes executivos, a consultora teve que esquecer da posição daquelas pessoas, do ambiente onde se encontrava e dos demais aspectos que ocupavam sua mente e que a faziam lembrar de que estava numa situação extremamente desconfortável.

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