Alinhando visão, valores e ações numa organização saudável
A vida das pessoas dentro de uma companhia e, sem dúvida, a vida da própria companhia, podem ser descritas e compreendidas em diferentes níveis. Em um nível, está o ambiente no qual a organização e seus integrantes agem e interagem.
Isto é, estamos falando de quando e onde as operações e relações dentro de uma organização acontecem de fato. Além disso, os fatores ambientais determinam o contexto e as contingências dentro das quais as organizações operam.
Podemos dizer que o ambiente de uma organização é formado por coisas como a localização geográfica das operações. Além disso, há os prédios e instalações que definem o “local de trabalho”, o design do escritório e da fábrica, etc.
Há a influência que esses fatores ambientais exercem sobre as pessoas dentro da organização. Mas podemos examinar o impacto que as pessoas podem exercer sobre o ambiente, e que produtos ou criações elas trazem a ele.
Em outro nível, podemos examinar os comportamentos específicos e as ações da organização ou dos indivíduos. Ou seja, o que a pessoa ou organização faz dentro do ambiente. Quais são os padrões especiais de trabalho, interação ou comunicação?
Em nível organizacional, os comportamentos podem ser definidos em termos de procedimentos gerais. Em nível individual, os comportamentos tomam a forma de rotinas específicas de trabalho, hábitos de trabalho ou atividades relacionadas com o trabalho.
Outro nível do processo envolve as estratégias, habilidades e capacidades pelas quais a organização ou o indivíduo dirige as ações dentro de seu ambiente. Isso significa como eles geram e orientam seus comportamentos dentro de um contexto particular.
Para o indivíduo, as capacidades incluem estratégias cognitivas e outras habilidades. Aprendizado, memória, tomada de decisão e criatividade são exemplos e facilitam o desempenho de um determinado comportamento ou tarefa.
Em nível organizacional, as capacidades relacionam-se com as infra-estruturas disponíveis. Desse encontro nasce o suporte à comunicação, inovação, planejamento e tomada de decisão entre os integrantes da organização.
Outros níveis do processo são formados por valores e crenças. Esses componentes fornecem a motivação e as linhas mestras atrás das estratégias e capacidades usadas para atingir os resultados do comportamento no ambiente.
Desse modo, isso explica por que as pessoas fazem as coisas da maneira como as fazem, num determinado tempo e lugar. Nossos valores e crenças fornecem o reforço (motivação e permissão) que suportam ou inibem as capacidades e comportamentos em particular.
Os valores e crenças determinam como os eventos recebem significado, e estão no âmago do julgamento e da cultura. Além disso, os valores e crenças dão suporte ao senso de identidade dos indivíduos e da organização.
Isso abrange quem está por detrás do por quê, do como, do que, do onde e do quando. Os processos de nível de identificação envolvem o senso de função e missão das pessoas. E isso se refere à sua visão e aos sistemas superiores aos quais elas pertencem.
Tipicamente, uma determinada identidade ou papel é expresso em termos de diversos valores e crenças. Estes, por sua vez, são suportados por uma gama maior de habilidades e capacidades, necessárias para manifestar determinados valores e crenças.
Capacidades eficazes produzem um conjunto ainda mais amplo de ações e comportamentos específicos. Com isso, expressam e adaptam valores a respeito de muitos contextos e condições ambientais particulares.
A importância da motivação no trabalho
Ao longo da história, o ser humano sempre funcionou melhor quando se sentiu motivado. Toda a evolução é fruto de algum tipo de estímulo. E quando pensamos nos dias atuais é preciso ter consciência da importância da motivação no ambiente de trabalho.
Tanto para buscar bons resultados como para encontrar verdadeiro sentido para cumprir rotinas que, muitas vezes, são desgastantes. Além disso, é sabido que a falta de motivação pode gerar impactos no dia a dia das empresas.
Por isso, no universo corporativo é fundamental buscar meios de manter os colaboradores motivados. Independentemente da área de atuação, para qualquer empresa é essencial desenvolver um processo de motivação consistente que envolva todos os colaboradores.
Algo que pode ajudar com que cada peça na engrenagem se sinta valiosa e queira sinceramente fazer parte do todo. Por tudo isso, é hora de a motivação organizacional entrar definitivamente no radar dos líderes.
É necessário, no entanto, que seja uma motivação intrínseca, verdadeira, real. Para os recursos humanos é vital que isso não seja algo apenas dito, mas praticado de forma concreta. A motivação no trabalho é como um combustível.
É ele que faz com que o colaborador se empenhe para produzir mais. Por exemplo, dividir o tempo de forma equilibrada entre lazer, trabalho e estudos é o primeiro passo para se manter motivado e satisfeito, mas é preciso ir além.
Na profissão, por mais que o trabalho seja gratificante e bem remunerado, uma hora o desgaste pode fazer mal. É neste momento que se faz necessário refletir e encontrar mecanismos que tragam de volta a inspiração e a vontade de ir além.
Um estudo sobre força de trabalho, realizado pela Willis Towers Watson, indicou que 30% dos profissionais brasileiros se sentem insatisfeitos com as funções exercidas, e somente 28% se declararam altamente motivados. São dados expressivos.
O problema é que, em certo ponto, não é mais possível encontrar, sozinho, motivações no trabalho. E as grandes organizações estão atentas a isso, tanto que cresce, cada vez mais, os investimentos em material humano.
Para empresários, está claro que apenas fornecer boa infraestrutura não é mais garantia de sucesso. Com a concorrência acirrada, as diferenças que fazem as organizações faturarem mais, em comparação a outras do mesmo segmento, são mínimas.
Profissionais com excelentes currículos todas elas podem ter, o que não significa que eles darão o melhor de si. Eles precisam ser estimulados. Prova disso é que estudos mostram resultados semelhantes quando as motivações no ambiente corporativo são pesquisadas.
Ou seja, o colaborador precisa ter um bom relacionamento com os colegas. Necessita ainda ser reconhecido pelo chefe como um bom profissional. Por fim, é importante gostar de cumprir atividades que o desafiem a ir mais além.
Como ter motivação
Encontrar o foco e se manter motivado no trabalho se torna mais fácil se algumas atitudes forem adotadas. Entre as dicas estão:
- Aceite que existe falta de motivação. Reconhecer o problema é o primeiro passo;
- Trabalhe naquilo que te faça bem. Algo que exige reflexão e autoconhecimento;
- Entenda que perder o foco ao longo do caminho é normal, e pode ser restabelecido;
- Mas considere que será difícil gostar da atividade se a profissão nunca o agradou;
- Busque ter momentos de lazer. Dinheiro nada adianta se não existir vida social;
- Descanso e ter prazer são essenciais para que o trabalho faça sentido.
Afinal, o que é motivação?
Em sua experiência, você já conheceu alguma pessoa que, apesar de enfrentar obstáculos, nunca perdia o foco em seus objetivos? Ou já viu alguém que sempre consegue manter o esforço para chegar aonde quer?
O que diferencia esses indivíduos de outros, que se perdem diante das dificuldades ou não avançam por absoluta falta de empenho? Acertou quem disse motivação, ou seja, aquilo que motiva uma ação. Motivo, do latim motivus, é “relativo ao movimento”.
Por isso, a motivação pode ser compreendida como o combustível que faz uma pessoa manter seus esforços em atividade. A motivação é ainda definida como a energia que faz com que o indivíduo permaneça com a sua mira apontada para o que é relevante.
Mas como será que a automotivação funciona? Segundo especialistas, a motivação flui no cérebro num processo de três etapas: planejamento, aceleração e impulso. O ponto de partida consiste em mapear a rota que você irá percorrer até a meta, o destino final.
Para isso, o cérebro analisa informações, considera todas as hipóteses possíveis atrás da que é mais benéfica, avalia os riscos envolvidos e calcula os resultados prováveis. Por fim, a mente se detém ao melhor objetivo diante das circunstâncias.
Quando essa primeira etapa é concluída, ou seja, o alvo está definido, você está pronto para acelerar com sua motivação. Neurotransmissores, como a dopamina, entram em cena. É ela que age no cérebro e se traduz como a “vontade de fazer alguma coisa”.
Ao mesmo tempo em que isso convoca outras áreas da sua mente para a atividade. Regiões cerebrais são motivadas por uma antecipação da recompensa relacionada ao resultado bem-sucedido. Você está pronto para se movimentar da intenção à ação.
Estudos usando ressonância magnética mostraram como o cérebro motivado se comporta e quais áreas são acionadas. Por fim, a terceira e última etapa é o impulso. Com a rota estabelecida e o combustível verificado, é hora de partir para a ação.
Porém, você não sairá correndo de qualquer jeito ou para qualquer lado. Pelo contrário, você irá caminhar por uma direção específica, orientado pela meta escolhida. Sempre que você elaborar um novo objetivo em sua vida, um novo ciclo motivacional terá início.
Durante este processo, você pode avançar ou recuar entre as fases. Mas será necessário passar por todo o trajeto de planejamento, aceleração e impulso para conseguir encontrar seus objetivos. Isso vale para tudo e ocorre diariamente, sem que seja percebido.
Seja perder peso, aprender um novo idioma ou dar um passeio no final de semana. Por isso, fique atento às fases da sua motivação para chegar aonde quer.
Conclusão
Em um mundo complexo e em constante mudança, a interação entre os elementos que moldam uma organização é essencial para a sua saúde e sucesso. O ambiente em que a organização opera determina o contexto e as contingências que a cercam.
As ações e criações das pessoas dentro da organização também têm impacto sobre o ambiente. Valores e crenças desempenham um papel central na motivação e no direcionamento das ações.
Essa interligação de visão, valores, habilidades e comportamentos forma a identidade de uma organização e das pessoas que a compõem. Ela define, por exemplo, o “porquê”, o “como”, o “o quê”, o “onde” e o “quando”.
Em paralelo, a motivação intrínseca é o combustível que impulsiona a realização das ações. Manter os colaboradores motivados é essencial em um ambiente empresarial competitivo. A importância da motivação no trabalho é clara.
Em um ambiente empresarial competitivo, ter excelentes recursos humanos e infraestrutura não é mais suficiente. A verdadeira motivação é o que impulsiona os colaboradores a se destacarem e contribuírem de maneira significativa para o sucesso da organização.
Para manter os colaboradores motivados, é essencial criar um ambiente em que todos se sintam valorizados e conectados. Reconhecer a falta de motivação, trabalhar em atividades que tragam satisfação e buscar inspiração são etapas importantes.
A motivação é o que diferencia as pessoas que alcançam seus objetivos daquelas que desistem diante das dificuldades. Ela é o combustível que mantém os esforços em atividade, direcionando as ações em direção ao que é relevante.
A automotivação envolve um processo de planejamento, aceleração e impulso, que orienta o indivíduo rumo a suas metas. Durante o processo, é normal enfrentar momentos de falta de motivação, mas passar por todas as fases é fundamental para alcançar os objetivos.
A automotivação não se aplica apenas a grandes metas, mas também a tarefas diárias. Portanto, entender e gerenciar seu próprio ciclo motivacional é essencial para alcançar o sucesso em todas as áreas da vida. É isso que faz a diferença entre o fracasso e o êxito.
Evolução que Conecta Pessoas ao Sucesso
Com mais de 23 anos de experiência, Sulivan França é referência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano. Fundador da SLAC Educação e líder de empresas como Human Solutions Brasil, ele já impactou mais de 98.000 pessoas no Brasil e na América Latina, transformando vidas e negócios.
Formação e Especialidades
Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.