Inicialmente, a maioria dos gerentes se vê assoberbada pelo volume de informações fornecidas no relatório sumário. Existem percentis, comentário por escrito, médias da empresa e resumos por categoria. A primeira responsabilidade do coach é ajudar o gerente e analisar as informações em busca de temas. Quais aptidões de liderança e competências centrais as pessoas visualizam como sendo os pontos fortes desse gerente? Será que se trata de uma agradável surpresa, ou é assim que a pessoa se vê? Quais áreas são vistas como oportunidades para melhoria?
Responda aos stakeholders e faça um acompanhamento
O gerente deve reunir-se com as pessoas-chave com as quais estará trabalhando nos próximos 6 a 12 meses. Numa breve reunião, o gerente deve divulgar o plano de ação e coletar sugestões adicionais sobre como melhorar nas principais áreas-alvo de melhoria. Por último, ele deve fazer o acompanhamento periódico com essas pessoas.
A Keilty, Goldsmith & Company (1996) publicou os resultados de um estudo realizado sobre o impacto do feedback e do acompanhamento em mais de 8.000 líderes de empresas da Fortune 100.
O coaching contínuo
A maioria dos programas de liderança iniciados como parte integrante de projetos de mudança organizacional têm sido abordados, tradicionalmente, segundo o seguinte ponto de vista: feedback às pessoas, identifique as áreas-alvo para melhoria, forneça treinamento (geralmente um curso de um ou dois dias), e o sucesso virá. O problema, logicamente, é que até mesmo os gerentes mais bem intencionados e motivados voltam para o trabalho e se vêem assoberbados de afazeres. Conforme Steve Covey (1996) ressalta em seu livro Primeiro o mais importante, os telefonemas urgentes, reuniões, solicitações de clientes etc. tendem a merecer prioridade em relação às questões importantes porém não urgentes. O desenvolvimento pessoal tem a sua importância, mas pode ser adiado. Antes de você se dar conta do fato, já passou um ano, e aquelas questões referentes a desenvolvimento pessoal nunca chegaram ao topo da sua "lista de providências".
Jim Bolt, presidente da Executive Development, especializada na concepção de programas de desenvolvimento personalizado de apoio a mudanças estratégicas, reconheceu esse problema. No trabalho que realizamos com Jim, durante os dois últimos anos, ele inclui o coaching contínuo nos programas que desenvolveu, Os coaches seguem o formato esboçado acima, só que em vez de dizerem "tchau, boa sorte e telefone se tiver alguma dúvida" ao encerrar-se a sessão de feedback do coaching, eles mantêm com o receptor do coaching um relacionamento contínuo. Permanecem em contato mensalmente por e-mail e por telefone. O coach se encontra disponível para responder as perguntas que invariavelmente surgem, fornecer informações adicionais, sugerir abordagens alternativas e ajudar na manutenção do enfoque sobre o plano de ação de desenvolvimento.
O custo desse coaching complementar é uma "bagatela", em geral apenas 1% a 2% adicionais, em comparação com o custo de programas sem o coaching contínuo. O impacto é enorme. Todas as organizações que incluíram o coaching contínuo como parte do processo de feedback obtiveram uma melhoria drástica na proporção de líderes que fizeram um acompanhamento e, como conseqüência disso, a percepção da eficácia na liderança melhor. A seguir, é apresentado um estudo de caso do California Public Employees Retirement System (CalPERS), onde 92% de toda a equipe executiva apresentou melhoria em liderança num estudo sobre acompanhamento com quatro meses de duração.
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