Coaching e a equipe
Pioneiro da área de coaching executivo, o autor inglês Sir John Whitmore, certa vez afirmou: “quando a equipe é conduzida com coaching, o serviço sai bem-feito e ao mesmo tempo ela se desenvolve”. Convido você a refletir sobre essas palavras.
Não há uma definição aceita universalmente para o processo de coaching de uma equipe, talvez porque as equipes tenham naturezas e propósitos muito diferentes. A definição funcional que decorreu de nosso trabalho junto à organizações e equipes é a seguinte:
“Ajudar a equipe a melhorar seu desempenho, e o processo pelo qual esse desempenho, e o processo pelo qual esse desempenho é alcançado, recorrendo a reflexões e diálogos”.
Essa definição não é perfeita, mas funciona para a maioria das equipes.
Assim também não existe uma definição padronizada do papel do coach de equipes. Nos exemplos a seguir, o coach da equipe inglesa de remo, Jurgen Grobler, descreve claramente um estilo de envolvimento direto de aplicar o coaching no mundo esportivo.
Trata-se, porém, de uma abordagem muito diferente daquela desenvolvida pelo antigo coach de rúgbi, o inglês Sir Clive Woodward. Apesar disso, os dois são inquestionavelmente bem-sucedidos, com resultados conquistados em suas respectivas modalidades.
A lista de Grobler é interessante porque salienta como um coach deve exigir muito de si mesmo se espera grandes coisas de sua equipe. Na maioria das situações de coaching em empresas, é pouco provável que a reputação do coach fique muito associada à equipe.
No entanto, pode ser muito útil enxergar o relacionamento entre o desempenho do coach e o desempenho da equipe como processos entrelaçados. O papel do coach da equipe não é passivo nem indulgente; é igualmente preditivo, responsivo, solidário e rigoroso.
Regras para o coaching de equipes, segundo Jurgen Grobler
- Mostre que você ama seu trabalho.
- Observe confiança e abertura recíprocas.
- Questione a si mesmo antes de questionar a equipe.
- Não fuja das decisões difíceis.
- Lide com as pessoas como indivíduos, diferentemente.
- Ausência de críticas significa ausência de progresso.
- Escute o que a equipe lhe diz.
- Evite favoritismos.
Coaching de equipes de rúgbi
Sir Clive Woodward traça uma nítida distinção entre os papéis do coach de indivíduos e do coach de equipes. Em seu time, cada jogador tem um coach individual que trabalha com ele sobre as questões de sua motivação pessoal e de seu desempenho.
Questões relativas a conflitos ou problemas de comunicação entre os jogadores são tratadas pelo coach individual. Esse profissional, em conjunto com seus outros colegas, pode trabalhar para solucionar as pendências interpessoais.
Sir Clive enxerga seu papel como coach da equipe em termos de ajudar o time a ver com clareza as metas que quer alcançar coletivamente. Além disso, devem focalizar sua atenção no processo pelo qual todos alcançarão tais objetivos.
Ou seja, o que os jogadores têm de fazer para avançar durante o jogo e/ou para marcar gols em cada partida. Essa diferenciação de papéis oferece claros benefícios para o contexto esportivo, mas exige um nível muito alto de recursos de coaching.
Sendo assim, o modelo de Woodward só pode ser realisticamente aplicado no mundo empresarial nos mais altos escalões de uma corporação. No caso do trabalho habitual com equipes, esses papéis têm de ser combinados.
Afinal, talvez o único coach disponível seja o líder da equipe, ou, na melhor das hipóteses, um só profissional de fora. Esse conteúdo traz dados de “Coaching eficaz: como orientar sua equipe para potencializar resultados”, de David Clutterbuck.
Como transformar seu time em uma equipe de elite
Se você é um líder exemplar, colabora com o desenvolvimento individual da equipe. Além disso, assume a responsabilidade pelo treinamento de seu time de colaboradores, conduzindo as pessoas para a melhoria de performance.
Também orienta, mostra o caminho e ajuda a equipe na busca de soluções próprias. Apesar disso tudo, sempre estimula que os funcionários construam seu próprio caminho e se tornem responsáveis por suas decisões.
Pessoas de vários níveis de uma empresa desempenham papéis importantes para sustentar a vantagem competitiva da corporação. Esses indivíduos são, na maioria das vezes, mais próximos do cliente e têm a melhor compreensão da dinâmica do setor externo.
Em razão disso, sabem como realmente resolver os problemas. Por isso uma liderança estratégica não é apenas para as pessoas. Pode, além disso, ser para uma equipe de elite, onde todos trabalham em conjunto para fazer sentido a partir de informações complexas.
Esse grupo de profissionais se comporta como uma equipe campeã. Mas como será que atua o gestor desse time? Como deve proceder aquele que tem a responsabilidade de conduzir cada talento individual rumo à conquista dos resultados almejados?
Como age um líder estratégico?
Um líder estratégico eficiente deve compreender as várias partes do sistema de trabalhar em parceria, ajudando os outros a ver seu papel na consecução dos objetivos. Também precisa agir conforme as mudanças de mercado.
Afinal, elas podem ter implicações substanciais na capacidade da organização para criar e sustentar sua vantagem competitiva. Mas, sozinho, um líder não consegue alcançar os resultados, obviamente. Vamos ver a importância do trabalho colaborativo para isso.
Líderes individuais
O trabalho de liderança estratégica raramente é um esforço individual. Na verdade, equipes de vários tipos são frequentemente críticas para a função. Como acontece com os líderes individuais, a mentalidade do time é fundamental para o sucesso da empresa a longo prazo.
Isso também vale para as habilidades e comportamentos da equipe. Por ter papel estratégico, o líder deve utilizar as ferramentas que tem à disposição para atingir seus objetivos. Isso envolve implementar processos financeiros e guia de produtos, por exemplo.
E vai além. O desenvolvimento de serviços, sempre com foco no mercado e atendendo a cultura organizacional, é outro exemplo importante, entre outros aspectos. Portanto, quem ocupa um cargo de liderança deve ter visão macro, mas sem subestimar os detalhes.
Conclusão
O coaching de equipes é crucial para o aprimoramento do desempenho e desenvolvimento contínuo de todos. Como destacado por Sir John Whitmore, liderar uma equipe por meio do coaching resulta em serviços bem-feitos e contribui para o crescimento coletivo.
Não existe uma definição universalmente aceita para o coaching de equipes. Apesar disso, a abordagem funcional concentra-se na melhoria do desempenho por meio de reflexões e diálogos. Jurgen Grobler e Sir Clive Woodward oferecem insights valiosos sobre o tema.
Falam, por exemplo, das regras e abordagens no coaching de equipes. Grobler enfatiza a importância do amor pelo trabalho, confiança mútua e abordagem individualizada, destacando que a ausência de críticas pode indicar falta de progresso.
Por outro lado, Woodward diferencia os papéis do coach individual e do coach de equipe. O especialista sublinha a clareza nas metas coletivas e a atenção ao processo para alcançar esses objetivos. Trata-se de algo que precisa ser considerado, segundo ele.
A aplicação dessas abordagens no contexto empresarial exige uma combinação equilibrada de papéis, especialmente quando um líder da equipe é o único coach disponível. David Clutterbuck destaca a importância da liderança exemplar.
Além disso, destaca a relevância do desenvolvimento individual e da responsabilidade compartilhada no treinamento da equipe. O líder estratégico, conforme descrito por Clutterbuck, compreende o sistema de trabalho em equipe.
Em paralelo, ajusta-se às mudanças de mercado e promove uma mentalidade coletiva. O verdadeiro poder do coaching de equipes reside na capacidade de unir esforços individuais para formar uma equipe coesa e de elite.
Deve ainda desenvolver uma mentalidade colaborativa, estimular a responsabilidade individual e ajustar-se dinamicamente às demandas do mercado. Com isso, o coaching de equipes surge como uma ferramenta essencial para impulsionar o sucesso organizacional.
Evolução que Conecta Pessoas ao Sucesso
Com mais de 23 anos de experiência, Sulivan França é referência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano. Fundador da SLAC Educação e líder de empresas como Human Solutions Brasil, ele já impactou mais de 98.000 pessoas no Brasil e na América Latina, transformando vidas e negócios.
Formação e Especialidades
Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.