Escrito por Sulivan França - 05 de Dezembro de 2013

Antes de começar esse artigo, é importante esclarecer que o coaching integral é uma modalidade do coaching que compreende o estudo sistêmico do cliente.

Isso quer dizer que ele é um processo no qual o coach conduz o coachee a explorar e desenvolver questões relativas à sua vida pessoal ou profissional, levando-o a descobrir e abrir caminhos para novas possibilidades e percepções sobre a sua vida.

Dito isso, lembro-me de ter conversado com um lama tibetano que me disse que os lamas precisam reconhecer as neuroses de seus alunos e interesses por elas – no sentido de perceber como os alunos contribuem para o sofrimento em suas vidas.

Da mesma forma, durante o processo de coaching integral, o coach deve reconhecer e avaliar o atual nível de personalidade do coachee e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a alcançar o próximo nível (durante o coaching).

Acredito que o nível de interesse do coach seja um fator crucial. É esse interesse que inspira o coachee a explorar suas opções enquanto se sente “amparado”. Há três condições importantes e necessárias a este tipo de relacionamento: ser genuíno, aceitar e compreender.

Ser genuíno

Significa preciso estar consciente dos meus próprios sentimentos... em vez de apresentar uma fachada diante do outro, guardando uma outra atitude num nível mais profundo ou inconsciente. Não é, certamente, uma tarefa simples.

Aceitar

Significa um respeito por gostar dele (o coachee) como uma pessoa em separado, um desejo de que ele possua seus próprios sentimentos, do seu próprio jeito. Trata-se de uma aceitação e uma consideração por suas atitudes do momento, sejam elas negativas ou positivas, sem julgar o quanto possam contradizer outras atitudes demonstradas por ele no passado.

Compreender

Significa uma profunda compreensão do mundo do coachee, como se o enxergasse através dos olhos dele; visualizar os pensamento e sentimento do coachee como ele os vê e, então, aceitar o que é visto. “Não existe qualquer avaliação... de ordem moral.

Quero enfatizar, mais uma vez, que o coaching integral não é o mesmo que terapia, mas um relacionamento entre duas pessoas que mudam definitivamente.

Quando um carro percorre uma estrada, a tendência é pensarmos que o carro é que está agindo sobre a estrada. Essa é a visão de uma relação unilateral,e pode ser análoga à do professor que continua a ensinar da mesma maneira, qualquer que seja o aluno.

Se no entanto pensarmos que o carro, além de afetar a estrada, é irremediavelmente afetado por ela, encontramos uma relação de reciprocidade.

Ao passar todo dia pela estrada, passando nos mesmo buracos, o próprio carro começa a ser afetado: os pneus se desgastam e a suspensão fica cada vez mais comprometida. O carro, por sua vez, afeta os buracos da estrada ao passar por eles, tornado-os mais fundos e maiores.

O mesmo acontece no relacionamento entre coach e coachee – como afeta a ambos, não pode ser unilateral.

Esse texto possui informações extraídas do livro Coaching Integral de Martin Shervington, editora Qualitymark, 2006.

E-book

E-BOOK GRATUITO

BAIXE O PDF DESTE CONTEÚDO SOBRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PARA LER ONDE E QUANDO QUISER.

Baixar PDF