É preciso ter cuidado ao falar de competência técnica e de competência comportamental. A competência comportamental está diretamente ligada ao perfil comportamental do indivíduo.Por exemplo, quando a gente fala que um sujeito tem um potencial maior para ser um cara de execução, de interação, de comunicação, para ser um sujeito apaziguador ou analítico, todas essas são características.
Você conhece a metodologia do DISC? A primeira coisa que precisamos ter bem clara quando falamos da metodologia do DISC é que nós não estamos falando de competência, mas de perfil comportamental, o qual está diretamente conectado o que a gente chama de potencial.
Muita gente diz assim: “Sulivan, um sujeito auto D, que tem um perfil de execução, ele jamais vai conseguir desenhar uma estratégia.” Não, está completamente errado. O que a gente pode dizer é que esse sujeito não tem o perfil, mas ele pode desenvolver a competência. E muita gente diz assim: “O sujeito auto I é aquele que vai ter a característica específica para uma área comercial. ” Não necessariamente. Eu conheço excelentes vendedores “auto D”, como excelentes vendedores “auto C”, “auto S” e “auto I”.
Então, não é isso, necessariamente, que vai fazer com que o indivíduo tenha competência técnica, porque a gente divide a competência comportamental da competência técnica. Mas é claro que, se você me perguntar o seguinte: dessas quatro dimensões, qual tem o principal potencial para desenvolver as competências técnicas de comunicação? Óbvio que nós vamos dizer que é um “auto I”. Ele tem um potencial maior, mas isso não quer dizer que os outros não podem desenvolver.
Se nós dissermos que os outros não podem desenvolver, nós estamos negando a natureza humana, que o sujeito pode aprender, que pode crescer o tempo todo e desenvolver algo.
Então, a gente tem que analisar qual indivíduo tem um potencial maior, mas não quero dizer que aquele que tem o potencial menor não vai desenvolver.
O que precisa ficar claro é que competências comportamentais são uma coisa e competências técnicas são outra coisa, mas elas estão diretamente interligadas. E a gente coloca no meio desses dois conceitos um terceiro, chamado potencial. Quando nós analisamos o potencial, a gente sabe facilmente se o indivíduo tem potencial para desenvolver aquilo ou não.
Muita gente questiona a importância disso, porque o potencial está diretamente ligado ao tempo.
Vamos imaginar aqui: quanto tempo você tem para desenvolver uma determinada competência? Se o seu tempo é longo ou se o seu tempo é curto. É importante que analise se o indivíduo tem potencial. Se ele tiver potencial, o tempo vai ser menor para o desenvolvimento daquela competência. Já se ele não tiver o potencial, o tempo para o desenvolvimento daquela competência certamente vai ser maior.
Então, essa é uma análise que deve ser feita e deve ser levada em consideração todas as vezes que nós pensamos em desenvolvimento de competências.
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