Conhecimento integral
Vamos entender mais sobre o conceito de conhecimento integral, conteúdo baseado no livro “Coaching integral: além do desenvolvimento pessoal”, de Martin Shervington. Como podemos avaliar os indivíduos, segundo os modelos de conhecimento?
Conhecimento divergente
Esse tipo de pessoa “dá profunda atenção a poucas coisas” e “determina seus valores finais sem se preocupar com o julgamento dos outros…” A não ser no ambiente profissional, pouco faz para impressionar ou dominar.
Em termos do indicador Myers-Briggs, esse é o chamado “sensitivo introvertido”.
Conhecimento assimilativo
O indivíduo é “um extraordinário inovador no campo das ideias, princípios e sistemas de pensamento… Sua fé na própria visão interior das possibilidades é de tal ordem que o faz se sentir capaz de remover montanhas – o que frequentemente acontece”.
Segundo o indicador de Myers-Briggs, esse é o “intuitivo introvertido”.
Conhecimento convergente
Esse tipo acredita que “a conduta de todos deve ser regida pela lógica, e aplica ao máximo esta ideia a si mesmo”. É “analítico, impessoal, objetivamente crítico e não se deixa convencer por coisa alguma, a não ser pelo raciocínio”.
Em termos de Myers-Briggs, este indivíduo é do tipo “pensador extrovertido”.
Conhecimento acomodativo
Esse tipo de pessoa “busca uma solução satisfatória, em vez de tentar impor as próprias opiniões… Sem preconceitos, é liberal, e costuma ser paciente, tranquilo e tolerante (inclusive consigo mesmo)”.
De acordo com Myers-Briggs, trata-se de um indivíduo “sensitivo extrovertido”.
Como compreender cada tipo?
Quando esses estilos são vistos como modos de ser, podem se tornar restritivos. Mas quando são considerados passíveis de inclusão ou integração à personalidade, significa que o indivíduo transcendeu seu tipo dominante, fazendo surgir a personalidade integral.
Segundo David Kolb, teórico educacional norte-americano, “na aprendizagem integradora, o conhecimento é refinado através de lentes dialeticamente opostas das quatro estruturas básicas, levando à ação consciente”.
A integridade surge quando o indivíduo consegue unir valor e fato, e também relevância e significado (qualidades associadas a cada um dos modos de conhecimento). Ainda de acordo com o autor, existem quatro modos de conhecimento.
São eles, a experiência concreta, a observação reflexiva, a conceitualização abstrata e a experimentação ativa. E, assim como eles se combinam para formar os tipos de aprendizagem, a mesma coisa acontece com as virtudes.
A transcendência que inclui todos os modos de conhecimento leva a uma visão baseada em saber, coragem, amor e justiça. O saber protege o fato e o significado; a justiça protege o fato e a relevância e o valor; e o amor protege o valor e o significado.
O saber faz com que não acompanhemos cegamente as implicações do conhecimento… A coragem nos manda seguir adiante, quando as circunstâncias apontam perigo e recuo. O amor nos diz para refrear nossas atitudes egoístas.
Isso até que tenhamos visto a situação pela perspectiva do outro… E a justiça exige tratamento justo e igual para todos.” Essa capacidade de integração constitui a personalidade integral, de acordo com .
Vale a pena notar que todos os “tipos” de que falamos podem existir nos níveis de consciência “como se” e “e se?”. No entanto, é o ato de uni-los que indica a transformação para o nível “e, se?”.
Personalidade integral
Indo um pouco além, a personalidade integral ocupa inteiramente os quatro quadrantes da vida, com um nível de existência que é, pelo menos “e, e se?”. Além disso, ela tem capacidade de unir o que, de outro modo, estaria dividido.
Ainda segundo a visão do coach integral, podemos acrescentar que o nível apropriado de adaptação também tem de estar presente. Em paralelo, isso ocorre com as subpersonalidades integradas em uma ordem superior.
Como Yeats disse: “A alma humana está sempre em movimento, seja em direção ao mundo exterior ou entrando em si mesma. A razão desse movimento duplo é o fato de que, não estivesse ela suspensa entre contrários, não seria consciente”.
Coach integral sistêmico
Para prosseguir, é preciso dizer que o coaching integral é uma modalidade do coaching que compreende o estudo sistêmico do cliente. Nesse processo, o coach conduz o coachee a explorar e desenvolver questões relativas à sua vida pessoal ou profissional.
Faz isso, levando o cliente a descobrir e abrir caminhos para novas possibilidades e percepções sobre a sua vida. Dito isso, lembro-me de ter conversado com um lama tibetano que me disse que os lamas precisam reconhecer as neuroses de seus alunos.
Além disso, os lamas devem ter interesse genuíno por essas neuroses. Tudo isso no sentido de perceber como os alunos contribuem para o sofrimento em suas vidas. Durante o processo de coaching integral, ocorre algo similar.
O coach deve reconhecer e avaliar o atual nível de personalidade do coachee e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a alcançar o próximo nível (durante o coaching). Acredito que o nível de interesse do coach seja um fator crucial para o processo como um todo.
É esse interesse que inspira o coachee a explorar suas opções enquanto se sente “amparado”. Existem três condições importantes e necessárias a este tipo de relacionamento: ser genuíno, aceitar e compreender. Vamos ver em detalhes.
Ser genuíno
Significa “preciso estar consciente dos meus próprios sentimentos…” em vez de apresentar uma fachada diante do outro, guardando uma outra atitude num nível mais profundo ou inconsciente. Não é, certamente, uma tarefa simples.
Aceitar
Significa um respeito por gostar dele (o coachee) como uma pessoa em separado, um desejo de que ele possua seus próprios sentimentos, do seu próprio jeito. Trata-se de uma aceitação e uma consideração por suas atitudes do momento.
E isso sejam elas negativas ou positivas, sem julgar o quanto possam contradizer outras atitudes demonstradas por ele no passado.
Compreender
Significa uma profunda compreensão do mundo do coachee, como se o enxergasse através dos olhos dele; visualizar os pensamento e sentimento do coachee como ele os vê e, então, aceitar o que é visto. Não existe qualquer avaliação… de ordem moral.
Quero enfatizar, mais uma vez, que o coaching integral não é o mesmo que terapia, mas um relacionamento entre duas pessoas que mudam definitivamente. Quando um carro percorre uma estrada, a tendência é pensarmos que o carro é que está agindo sobre a estrada.
Essa é a visão de uma relação unilateral e pode ser análoga à do professor que continua a ensinar da mesma maneira, qualquer que seja o aluno. Se, no entanto, pensarmos que o carro, além de afetar a estrada, é afetado por ela, achamos uma relação de reciprocidade.
Ao passar todo dia pela estrada, passando em buracos, o carro começa a ser afetado: os pneus se desgastam e a suspensão fica cada vez mais comprometida. Já o carro afeta os buracos da estrada ao passar por eles, tornando-os mais fundos e maiores.
Algo similar acontece no relacionamento entre coach e coachee – como afeta a ambos, não pode ser unilateral. O conteúdo acima possui informações de “Coaching Integral”, de Martin Shervington (Editora Qualitymark, 2006).
Nichos de coaching
Vale lembrar que existem apenas dois tipos de coaching:
Life Coaching – Processo desenvolvido para a pessoa ter uma melhor qualidade de vida, tanto para o desenvolvimento pessoal como para o planejamento de vida. Em geral, é solicitado por qualquer pessoa que pretenda alcançar determinado objetivo.
Executive Coaching – Destinado a alcançar objetivos corporativos, alta performance de gestores e necessidades de negócios. Costuma ser solicitado por empresários, diretores, executivos, entre outros profissionais.
Há ainda o que pode ser chamado de subcategoria entre o coaching de vida e o coaching executivo:
Coaching de Carreira – Orienta carreiras profissionais, desenvolve e encaminha a pessoa para novas oportunidades.
Divisões do coaching executivo
Leader Coach – Desenvolvido para que as competências de um coach fossem transmitidas para líderes de equipes. Entre elas estão: empatia, perguntas estratégicas, feedback, condução de processos, liderança servidora e escuta atenta e estruturada.
Team Coach – Treinamento e desenvolvimento para desenvolver e maximizar a performance de uma equipe. Desenvolve uma meta que deve ser alinhada ao cenário, cultura e valores da organização, bem como planejada com o modelo de competências.
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Conclusão
O conhecimento integral, conforme a visão de Martin Shervington, transcende a limitação de estilos cognitivos e integra diversas formas de processar informações. A personalidade integral ocupa os quatro quadrantes da vida.
Além disso, ela representa um nível avançado de existência, capaz de unir o que está dividido. O coaching integral, modalidade que incorpora o estudo sistêmico do cliente, vai além do ensino unilateral, envolvendo uma relação de reciprocidade entre coach e coachee.
Essa abordagem não terapêutica requer do coach autenticidade, aceitação e compreensão, elementos cruciais para inspirar o coachee a explorar suas opções e evoluir. Além disso, o texto destaca a importância do interesse do coach.
O profissional tem papel fundamental na orientação do coachee para alcançar o próximo nível de personalidade durante o processo de coaching integral. A compreensão dos nichos de coaching ressalta a diversidade e a especialização necessárias nesse campo dinâmico.
Estamos falando de áreas como life coaching e executive coaching, bem como as respectivas subcategorias. Por fim, a certificação em Team Coach é apresentada como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de equipes de alta performance.
Isso evidencia a crescente demanda por profissionais capacitados no cenário empresarial. O texto enfatiza que a aprendizagem contínua e a adaptação às mudanças são cruciais para se destacar e alcançar resultados significativos no campo do coaching integral.
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Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.