A transformação é o processo natural para o surgimento de uma nova maneira de ser, e já aconteceu várias vezes na vida de todos nós. Comecemos por explicar a razão da atual importância da transformação.
Muita gente tem chegado à conclusão de que o modo como entendemos a vida é simplesmente inadequado para tanta complexidade. Precisamos equilibrar os interesses de marido e mulher com os interesses dos filhos; filhos e trabalho; trabalho e lazer; relacionamentos com os amigos, e assim por diante.
As mudanças nas áreas econômica e social impuseram à vida um nível crescente de complexidade, o que fica evidente nas discussões de âmbito cultural sobre as diferentes perspectivas da visão “correta” do mundo.
O que menos tem mudado, porém, é o modo como pensamos sobre o que pensamos. Isso é diferente do conteúdo das ideias, imagens e palavras – é nossa maneira de pensar.
Uma vida mais complexa exige um nível de raciocínio mais complexo; sem isso, como este capítulo explica, as pessoas podem sentir-se como peixes fora d’água. Quando isso acontece, o indivíduo fica como que desamparado, sem apoio (internamente) para encarar a vida de modo apropriado.
Pode parecer exagero, mas não há nada de novo nesse fato, e provavelmente já aconteceu a todos nós; talvez o primeiro dia de aula aos quatro anos de idade, a primeira experiência sexual na adolescência ou o primeiro dia de trabalho em uma grande empresa. A sensação é de perder o chão, ou – para continuar a analogia – de estar em águas mais profundas, sem segurança.
Não se trata de falta de preparação nem de excesso de expectativas. Simplesmente, a experiência exige um novo nível de compreensão da realidade, o que não é uma transição fácil nem rápida. O difícil é operar uma mudança no modo de pensar, para que haja adequação ao novo modo de ser às novas expectativas. O que muda não é apenas o objeto dos pensamentos ou o comportamento, mas o modo de pensar.
A própria consciência (mente) exige um reajuste radical e uma expansão, de modo a lidar com um novo nível de complexidade.O peixe tem de aprender a voar. Não se trata mais de competência, mas de consciência.
Martin Shervington, em Coaching Integral: além do desenvolvimento pessoal, editora Qualitymark, 2006.
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