Estrutura do coaching
Muitas sessões de coaching integral não seguem uma estrutura muito rígida. Mesmo assim é útil pensarmos na aplicação prática de um processo de coaching existente e sólido. Isto é, o modelo GROW de Tim Gallwey.
Este modelo é uma moeda corrente para o desenvolvimento pessoal e profissional, e inclui o Coaching Integral na prática adotada por muitos coaches. O modelo “GROW” de Gallwey, ao qual fiz uma ligeira adaptação, possui quatro estágios. Vamos vê-los em detalhes.
O G (Goal) corresponde à “Meta”, o R (Reality), à “Realidade”, o O (Options) são as “Opções”, e, por fim, o W ( What next?) significa “E agora?” Esse modelo funciona muito bem porque muito do coaching tem-se baseado, historicamente, no comportamento.
O coaching integral está fundamentado no indivíduo e em seu comportamento dentro dos contextos do sistema cultural e social. No entanto, não são as qualificações do modelo GROW que devem nos levar a vê-lo como integral.
Ele é integral somente no contexto de suas trocas e interações com outros fatores, dentro deste livro. De fato, eu poderia ter escolhido qualquer modelo GROW que deve nos levar a vê-lo como integral; ele é integral somente no contexto de suas trocas e interações.
De fato, eu poderia ter escolhido qualquer modelo de coaching, dentre os diversos modelos existentes. Afinal, a abordagem é simplesmente usada como veículo para tornar os fatores integrais, de alguma forma, explícitos e tangíveis.
Como leitor, porém, recomendo que você evite pensar demais no veículo, já que o mais importante são os passageiros. O conteúdo acima traz dados do livro “Coaching integral”, de Martin Shervington (Editora Qualitymark, 2006).
Como ser um bom coach?
Seja como primeira ou segunda carreira, o coaching tem atraído muitos profissionais e é uma das atividades em franca expansão no mundo corporativo. No entanto, uma das coisas que mais deixa os futuros profissionais da área em dúvida é: como ser um bom coach?
E quais as qualidades necessárias para isso? Pensando nisso, elaboramos esse conteúdo para explicar o que é essencial para entrar no mundo do coaching. Além de fazer bons cursos de coaching, há alguns requisitos básicos para ser um profissional competente.
Ser paciente, imparcial, incentivador, interessado, bom ouvinte, perceptivo, alerta, autoconsciente, atencioso são exemplos. Ter boa memória, competência de especialista, conhecimento, experiência, credibilidade e autoridade também é muito importante.
Além dessas competências básicas, veja a seguir o que é necessário para ser um bom profissional de coaching. Por exemplo: Será que um coach precisa ter experiência ou conhecimento técnico na área em que atua? A resposta é não. Vamos saber mais.
O coach como especialista em comportamento
De maneira geral, o coach precisa ser um cultivador imparcial de consciência. Não deve ser um técnico ou muito menos um generalista. Ou seja, ele não tem que agir como alguém que finge conhecer tudo a ponto de dar conselhos às outras pessoas.
No entanto, o coach deve acreditar piamente no que ele defende, ou seja, no potencial do orientado e no valor da responsabilidade. Caso isso não ocorra, ele achará que precisa ter um conhecimento profundo da área para ser capaz de orientar.
Não estou sugerindo que não haja espaço para que exista o estímulo de um especialista, mas o bom coach tende a usá-lo o mínimo possível. Desse modo, ele não reduz o valor de sua orientação.
Afinal, toda vez que um estímulo é oferecido, a responsabilidade de quem está sendo orientado fica reduzida. Portanto, embora exista um ditado que afirma que “o conhecimento não ocupa lugar”, o coach deve compreender que seu trabalho tem particularidades.
As armadilhas do conhecimento técnico
O ideal parece ser um coach especialista com um vasto conhecimento técnico. Contudo, é muito difícil para especialistas conter suficientemente sua sabedoria para orientar bem.-me ilustrar melhor isso com um exemplo extraído do universo do tênis.
Há muitos anos, vários dos nossos cursos de Inner Tennis ficaram tão lotados que corremos atrás de coaches de Inner Tennis. Trouxemos dois coaches habilitados, pusemos uniformes de coaches de tênis neles, uma raquete em suas mãos e os deixamos livres.
Adicionamos a promessa de que eles não tentariam usar a raquete sob nenhuma circunstância. Não foi uma grande surpresa para nós que o trabalho de orientação que eles realizaram não tenha se diferenciado muito daquele realizado por seus colegas tenistas.
Porém, em alguns momentos notáveis, eles foram ainda melhores. As razões são claras. Os coaches de tênis estavam vendo os participantes em termos de suas falhas técnicas. A ineficiência do corpo resulta da dúvida e de uma consciência corporal inadequada.
Por outro lado, os coaches de esqui, tendo que se basear nos diagnósticos dos próprios participantes, foram atingindo a causa dos problemas, enquanto os coaches de tênis só estavam atacando o sintoma, a falha técnica.
Isso nos obrigou a treinar mais os coaches de tênis a fim de prepará-los para se desvencilhar de sua sabedoria. Ou seja, quanto mais um daqueles técnicos dominava o conhecimento de sua área, mais desafiador era desenvolver seu trabalho.
Coaching em um nível mais profundo
Vamos examinar a mesma coisa com um simples exemplo de um contexto comercial. Um gerente via que seu subordinado, George, não se comunicava com seus colegas do departamento, e sabia que um relatório de processo semanal era a solução.
Tal relatório, entretanto, conteria informações inadequadas se a resistência de George em se comunicar com eles persistisse. Em vez de ficar satisfeito por George ter concordado em mandar relatórios, o gerente o orientou a encontrar sua resistência e desfazer-se dela.
A falta de comunicação era o sintoma, mas a resistência era a causa. Os problemas só podem ser resolvidos em um nível abaixo daquele em que se manifestam. Nesse sentido, o coaching é uma ferramenta de grande valor. Conte com a SLAC para
Conclusão
A estrutura do coaching, exemplificada pelo modelo GROW, destaca-se como uma abordagem prática e sólida para o desenvolvimento pessoal e profissional. O coaching integral se baseie no comportamento individual
Porém, apesar disso, é crucial perceber que a verdadeira integralidade surge das interações entre o modelo e outros fatores. A escolha do modelo é menos significativa do que o seu papel em tornar os fatores integrais tangíveis.
Ao embarcar nessa jornada, é vital focar nos passageiros (fatores integrais) em vez de se perder no veículo (modelo GROW). Para ser um bom coach, é essencial adotar qualidades como paciência, imparcialidade, incentivo, empatia e atenção.
Além disso, é necessário ter habilidades específicas como boa comunicação e conhecimento do comportamento humano. A expertise técnica, embora valiosa, pode se tornar uma armadilha, prejudicando a capacidade do coach de orientar efetivamente.
O coach, ao contrário de ser um especialista, atua como um cultivador imparcial de consciência, buscando compreender e eliminar resistências subjacentes para resolver problemas em um nível mais profundo.
O coaching eficaz transcende os modelos e conhecimentos técnicos, destacando-se como uma jornada de compreensão, empatia e orientação. É evidente que o poder do coaching está na capacidade de explorar, compreender e aprimorar as complexidades individuais.
Em paralelo, trata-se de ir além das soluções superficiais para abordar as causas fundamentais dos desafios. Ao adotar uma abordagem integral, o coach se torna um catalisador para o desenvolvimento genuíno e duradouro.
Evolução que Conecta Pessoas ao Sucesso
Com mais de 23 anos de experiência, Sulivan França é referência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano. Fundador da SLAC Educação e líder de empresas como Human Solutions Brasil, ele já impactou mais de 98.000 pessoas no Brasil e na América Latina, transformando vidas e negócios.
Formação e Especialidades
Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.