Escrito por Sulivan França - 10 de Outubro de 2017

Leve o seguinte questionamento a um grupo de executivos: “qual o papel de um líder?”. Como resposta você ouvirá: líderes definem estratégias, motivam a equipe, criam e seguem culturas empresariais. Após essas perguntas, volte a questionar: “qual o verdadeiro papel de um líder?”. Se estiver diante de um grupo experiente, a resposta será a seguinte: a única função de um líder é obter resultados.

Mas como obter esses resultados? O mistério sobre o que líderes podem e devem fazer para encorajar o melhor desempenho de seus liderados é antigo.

Nos últimos anos esse segredo tem despertado a curiosidade de milhares de gestores, todos à caça de pessoas criativas que possam transformar objetivos em realidade através de métodos assertivos. 


O que é Inteligência Emocional?

A definição de Inteligência Emocional sugere a capacidade de compreender as emoções dos outros, capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e comportamentos e de administrar estados sentimentais. Qualidades como empatia, controle emocional, motivação e habilidades sociais formam parte de um espectro de capacidades compreendidas dentro do nicho da inteligência emocional.

Além disso, é um conceito relacionado à chamada "inteligência social", a qual diz que um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade.

Com Inteligência Emocional, a pessoa se torna capaz de liderar com mais assertividade um grupo de pessoas, além de começar a ser bem-sucedido com relacionamentos de modo geral.


Inteligência emocional segundo Daniel Goleman

De acordo com Daniel Goleman, psicólogo e escritor americano, Inteligência Emocional pode ser interpretada como uma maneira de entender os processos cognitivos indo mais além do que os pensamentos lógico e racional. Em sua interpretação, ele define 5 principais elementos da Inteligência Emocional: 

Autoconsciência emocional: capacidade de compreender você mesmo e seus estados e ânimo

Autorregulação emocional: habilidade de controlar condutas baseadas em impulsos emocionais e, desse modo, se adaptar melhor as dinâmicas sociais

Motivação: capacidade de orientar sua energia rumo ao alcance de uma meta ou um objetivo

Habilidades sociais: tendência a dar a resposta mais adequada as demandas sociais do entorno

Empatia: qualidade de interpretar e não julgar o comportamento de outras pessoas ao seu redor 


Emoção e felicidade

O modo como gerenciamos as emoções, tanto as nossas como as dos outros, pode ter um papel decisivo na busca pela felicidade e pelo sucesso.

Autoconsciência, autorregulação, motivação, habilidades sociais e empatia são pré-requisitos para a Inteligência Emocional. As pessoas podem ser fortes em algumas dessas áreas e deficitárias em outras, mas todas têm o poder de melhorar em qualquer uma delas.


Desenvolvimento de competências emocionais em líderes 

Já se passou mais de uma década desde a primeira pesquisa que relacionou aspectos da Inteligência Emocional aos resultados do negócio. O autor da pesquisa, David McClelland, um famoso psicólogo da Universidade de Harvard, verificou que líderes com força em uma massa crítica de seis ou mais competências de Inteligência Emocional foram mais longe do que seus pares que não possuíam tais competências

Por exemplo, quando ele analisou o desempenho de líderes de divisão de uma companhia mundial de alimentos e bebidas, ele descobriu que entre os líderes com esta massa crítica de competência, 87% estavam entre os três primeiros lugares para receberem bônus anual de salário baseado no seu desempenho nos negócios. Ainda mais significante, suas divisões ultrapassaram as metas em quase 20%.

Para motivar pessoas, é preciso estar emocionalmente bem. Do contrário, sentimentos e impulsos irão atrapalhar nos relacionamentos e prejudicar o andamento das atividades laborais.

O desenvolvimento de competências comportamentais inteligentes não acontecerá apenas por compartilhamento entre as pessoas. 

O primeiro passo para os líderes é reconhecer como eles são vistos pelos seus colaboradores. Mudanças comportamentais ocorrem após o estabelecimento de um plano de aprendizagem autodirigido e a concessão de permissão para um associado de forma que estabeleça confiança. 

Um líder que segue os cinco itens que integram a Inteligência Emocional engaja de uma forma diferente e mais assertiva que os demais. Além disso, passa a receber feedbacks positivos de quem está a sua volta, pois, demonstra empatia e complacência. 

A construção de um relacionamento com os colaboradores baseada na empatia e reconhecimento é o caminho mais assertivo a seguir. Para motivar pessoas, é preciso estar emocionalmente bem. Do contrário, sentimentos e impulsos irão atrapalhar nos relacionamentos e prejudicar o andamento das atividades laborais.


Liderança e autoconhecimento

Para ser um líder eficiente é imprescindível ser autoconsciente, ou seja, conhecer a si mesmo e a influência que exerce sobre os outros para que, dessa maneira, seja desempenhado papel importante na condução dos liderados.

Um líder deve, necessariamente, ser emocionalmente inteligente. Caso contrário, sua autoridade será meramente fruto da hierarquia imposta pela empresa, nunca algo natural.


Liderança: o que é?

Liderança é a capacidade que um ou mais indivíduos possuem de conduzir um ou mais grupos de pessoas, transformando esses grupos em equipes (com pessoas que atuam juntas, como uma unidade) capazes de gerar resultados.

É também a habilidade de motivar e influenciar os liderados de forma ética e positiva para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo na busca de objetivos coletivos que favoreçam o coletivo de pessoas e a empresa. Liderar é, portanto, uma tarefa complexa, pois o bom líder, além de habilidades técnicas para gerir colaboradores e a equipe, é capaz de desenvolver seus liderados, atendendo expectativas pessoais e profissionais, alinhando-as aos interesses da organização.

Conduzir e gerir pessoas de forma eficaz exige inteligência emocional, ou seja, muito controle, autoconfiança, visão de futuro e planejamento estratégico, dentre muitas outras habilidades fundamentais.

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