Perguntas abertas exigindo respostas descritivas promovem consciência, enquanto perguntas fechadas são absolutas demais para apresentarem precisão, e respostas do tipo sim e não fecham a porta para um exame mais detalhado. Elas em mesmo forçam alguém a engajar seu cérebro. Perguntas abertas são muito mais eficazes para gerar consciência e responsabilidade no processo de coaching.
Palavras interrogativas
As perguntas mais eficazes para aumentar consciência e responsabilidade começam com palavras que procuram quantificar ou juntas fatos, palavras como O QUÊ, QUANDO, QUEM, QUANTO, POR QUE não é aconselhável, visto que muitas vezes implica crítica e provoca reação defensiva, e POR QUE e COMO, se não qualificados, levam ao pensamento analítico, o que pode ser contraproducente.Análise (pensamento) e consciência (observação) são módulos mentais não semelhantes, cujo emprego simultâneo para se obter um efeito absoluto é virtualmente impossível. Se o que se requer é o relato preciso dos fatos, a análise de sua importância e significado é temporariamente suspensa.
Se nós realmente precisamos fazer tais perguntas, é melhor parafrasear as perguntas com POR QUE para “ Quais foram as razões...?, e as perguntas contendo COMO, para “Quais são os passos...?”. Elas evocam respostas mais factuais e efetivas.
Foco no detalhe
As perguntas devem começar abrangentes e focalizar de modo crescente o detalhe. Essa exigência de mais detalhes mantém o foco e o interesse da pessoa orientada.O argumento é bem ilustrado pelo exercício de olhar para uns centímetros quadrados de carpete. Depois de observar a fibra, a cor, o padrão e talvez uma marca ou mancha, o interesse do observador no carpete vai-se perder quase inteiramente, e sua atenção vai começar a se voltar para as coisas mais interessantes. Dê-lhe uma lente de aumento e ele vai olhar novamente, com mais profundidade e por mais tempo, antes de se entediar. Um microscópio poderia transformar aquele pequeno pedaço de carpete em um universo fascinante de formas, texturas, cores, micróbios e até insetos vivos o bastante pára manter a mente e os olhos do observador fascinados por muitos minutos.
O mesmo ocorre no coaching para negócios. O coach precisa examinar minuciosamente, ou procurar mais detalhes, para manter a pessoa treinada evolvida e para trazer à consciência desta os fatores frequente e parcialmente obscuros que podem ser importantes.
Perguntas condutoras
Perguntas condutoras, recurso de muitos coaches fracos, indicam que o coach não aceita no que está tentando fazer. Isso será rapidamente reconhecido pelo orientando, e a confiança e o valor da sessão de coaching serão reduzidos.É melhor para o coach dizer a quem orienta que ele tem uma sugestão do que tentar manipulá-lo nessa direção. As perguntas que implicam crítica também devem ser evitadas, como em “Por que diabos você fez isso?”
Tom de voz
O que nós escutamos e para quê? O tom de voz da pessoa orientada vai indicar qualquer emoção e deve ser escutado. Um tom monocórdio pode indicar repetição de uma antiga linha de pensamento, uma voz mais animada vai indicar o surgimento de novas idéias.A escolha lexical do orientando pode ser bastante reveladora: uma predominância de termos negativos, uma mudança para uma linguagem formal ou infantil, tudo isso tem significados velados que podem ajudar ao coach a entender, consequentemente, facilitar.
Linguagem corporal
Além de escutar, o coach precisa observar a linguagem corporal de quem está orientando , não com o propósito de fazer observações loquazes, mas novamente para ajudar na escolha da pergunta.O alto nível de interesse do orientando na direção do coaching pode muito bem ser indicado por uma postura projetada à frente. Incerteza ou ansiedade nas respostas podem ser reveladas pela sua mão cobrindo parcialmente a boca enquanto fala.
Braços cruzados na altura do peito frequentemente indicam resistência ou insubordinação, e uma postura corporal aberta sugere receptividade e flexibilidade. Eu não vou encontrar nos muitos aspectos da linguagem corporal aqui, mas uma dica é que se as palavras dizem uma coisa e o corpo parece estar dizendo outra, o corpo está mais propenso a indicar os sentimentos verdadeiros.
Esse texto possui informações extraídas do livro Coaching para Performance de John Whitmore, editora Qualitymark, 2006.E-BOOK GRATUITO
BAIXE O PDF DESTE CONTEÚDO SOBRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PARA LER ONDE E QUANDO QUISER.
Baixar PDF