A segunda sessão de coaching
Objetivo: Progredir em direção aos objetivos do programa.
O coach esclarece o propósito da sessão e pergunta ao coachee o que ele quer alcançar com a sessão. Enquanto um dos princípios do coaching é “seguir o interesse”, é importante que o(s) assunto(s) da sessão seja(m) considerado(s) perante o programa como um todo.
Normalmente, é muito constrangedor para o coachee escolher um tópico que, literalmente, é a última coisa que tenha mente – uma descoberta ou preocupação recente – e não lidar com assuntos que podem levá-lo a maior proximidade dos objetivos. Uma vez de acordo com os assuntos da sessão, as ações da reunião anterior são revisadas.
Feito isso, cada um dos tópicos identificados é trabalhado utilizando o modelo GROW.
O penúltimo passo da seção é juntar tudo num plano de ação.
O passo final em qualquer sessão de coaching é pedir retorno do coachee. Isso é importante não só para o aprendizado do coach, mas porque demonstra um compromisso com a abertura, constrói confiança e desenvolve o relacionamento, tornando possível para o coachee, por sua vez, estar aberto e confiante.
Avaliação parcial do programa
Objetivo: Verificar o progresso em direção e rever o relacionamento do coaching.
É ideal que a avaliação parcial ocorra na primeira parte de uma sessão típica, deixando algum tempo para o coaching. Avaliam-se o progresso na direção dos objetivos, as regras básicas, discute-se a eficiência do coaching pedindo o feedback do player.
Algumas vezes, os coachees são relutantes em dar o feedback, muito provavelmente porque não querem aborrecer o coach e correr o risco de estragar uma relação importante. Para ultrapassar isso, descobri que se eu refletir sobre as sessões anteriores, antes do encontro posso identificar algumas questões que me deixam desconfortável sobre o meu próprio desempenho.
Se o coachee estiver muito reservado quanto ao feedback, então posso fazer perguntas específicas para sair do impasse. Num programa mais longo, pode ser conveniente pedir retorno sobre o progresso do coachee sobre outros assuntos, como o cliente, o supervisor, seus subordinados ou colegas. Se o tempo permitir, outros tópicos são identificados e trabalhados por meio de um plano de ação já aceito.
Avaliação final e finalização
Objetivo: Avaliar o progresso quanto aos objetivos do programa e completar o relacionamento.
Na sessão final, é importante reservar o tempo para rever o programa. Isso permite que tanto o player quanto o coach maximizem seu aprendizado sobre o evento e completem o relacionamento.
Relacionamentos incompletos, que ficam à deriva na separação, retêm parte da energia emocional investida. Essa energia fica indisponível para outros relacionamentos ou atividades. Por exemplo, se o coachee cancela uma sessão por razões de trabalho ou, por qualquer razão, ela não é remarcada, o coach pode gastar uma considerável energia tentando descobrir o que deu errado ou se ele realmente fez um bom trabalho. Pode até minar a sua confiança. O coachee, por outro lado, pode se sentir envergonhado ou sentir-se culpado e gastar um bom tempo se perguntando o que dizer quando deparar com o coach. O perfil dessa sessão é similar à avaliação parcial do programa, como já explicado.
Relação coach x coachee
Se o cliente e o player são pessoas diferentes, então o cliente deve ser incluído no processo de conclusão. O coaching pode então terminar aí ou um relacionamento diferente pode surgir, como reuniões trimestrais, nas quais se deve retornar ao primeiro passo e recomeçar o programa.
Gosto de terminar meus relacionamentos de coaching apoiando o coachee na identificação daquilo que ele aprendeu especificamente no decorrer do relacionamento do coaching, pois são essas lições que tipificam o legado que o coaching deixará, em lugar dos objetivos atingidos. Lute contra a dependência do coachee com relação ao coach.
Esse texto possui informações extraídas do livro “Coaching Eficaz” de Myles Downey, editora CENGAGE Learning, 3ª edição, 2010.
Evolução que Conecta Pessoas ao Sucesso
Com mais de 23 anos de experiência, Sulivan França é referência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano. Fundador da SLAC Educação e líder de empresas como Human Solutions Brasil, ele já impactou mais de 98.000 pessoas no Brasil e na América Latina, transformando vidas e negócios.
Formação e Especialidades
Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.