Um modelo de comunicação em coaching
Em um ambiente de coaching, é vital que o coach saiba elaborar o mapa do coachee. A elaboração desse mapa e a distribuição das atividades pelos quatro quadrantes, com as linhas de desenvolvimento, etc., são sustentadas pelas habilidades de relacionamento do coach. Em um contexto de coaching convencional, as habilidades são: capacidade de ouvir, capacidade de fazer as perguntas-chave, motivação e empatia, entre outras. Embora no Coaching Integral o aspecto ligado ao relacionamento atinja um nível muito mais profundo do que essas habilidades superficiais, considero essencial, apresentar um modelo de comunicação que ajude a compreensão.
Visão geral
Quando duas pessoas se relacionam, operam como indivíduos, cada uma com seu nível de consciência (“como se”, “e se?”, “e se? completo” e “e, e se?”), seu perfil de linhas de desenvolvimento, suas adaptações e percepções, e um estado determinado. Cada um dos envolvidos – no caso, coach e coachee – possui uma estrutura interna única, que é vital para o relacionamento. É como na dança: quando um dos parceiros conhece os movimentos e adapta-se sem esforço a todo tipo de música, o resultado é muito melhor do que quando ambos têm “dois pés esquerdos”, por assim dizer. Quando o coach leva a dança com habilidade, é muito mais provável que a sessão de coaching e o próprio relacionamento evoluam bem.
Os quatro quadrantes e os resultados
O objetivo da sessão é dar suporte ao crescimento e ao desenvolvimento do coachee, inclusive em relação às metas por ele estabelecidas. O modelo GROW – Goal (Meta), Reality (Realidade), Options (Opções), What next? (E agora?) – será então utilizado, para chegar aos resultados. Cabe ao coach dar feedback acerca da diferença e os resultados alcançados. A partir daí: – O coachee pode decidir quanto às mudanças necessárias naquilo que fazem. – O coach decidirá com o coachee sobre as mudanças necessárias e como fazê-las do jeito dele. Esses dois elementos são os quadrantes superiores (“eu” e “isto”) do modelo dos Quatro Quadrantes de Wilber. Quando o coachee assume a ação e existe apreciação nos domínios “eu”, “nós”, “isto” e “istos”, há uma possibilidade maior de que ele alcance os resultados desejados. Por exemplo: um homem de negócios pretende abrir uma empresa de importação, mas parece provável que, dentro de alguns meses, fique proibido de importar determinado produto; essa mudança no sistema (“istos”) afetará os potenciais resultados da empresa. Se, no entanto, o empecilho for uma rejeição cultural ao produto comercializado (“nós”), sem qualquer ligação com sua legalidade (“istos”), por melhores que sejam suas intenções (“eu”) e sua capacidade (“isto”), o negócio vai fracassar. O feedback através das lentes dos quatro quadrantes nos oferece uma visão do mundo inteiramente nova. Neste ponto, o papel do coach é analisar os resultados e fazer os ajuste necessários em suas atitudes, de modo a contribuir positivamente para os resultados pessoais do coachee. Em muitos casos, isso pode significar uma conversa sobre temas ainda não considerados, ou sobre os quais havia pouca informação. Se o coachee acredita compreender a situação, mas não percebe a influência que uma mudança no sistema social teria sobre ela, cabe ao coach indicar material que lhe possa “abrir os olhos”. Sem acrescentar à sensibilidade (“feeling”) da cultura os potenciais fatores políticos e sociais, provavelmente faremos julgamentos equivocados, com apenas meio foco nas quatro lentes.
Estruturas internas
De acordo com o pensamento integral, os resultados alcançados por um indivíduo estão diretamente relacionados à sua estrutura interna. O nível de consciência (“como se”, “e se?” e “e se? completo” ou “e, e se?”) influi sobre nossa maneira de ver o mundo. As adaptações existentes em cada um deles determinam com frequência nossos relacionamentos e o grau de liberdade de que desfrutamos internamente. As linhas de desenvolvimento fluem através desses níveis de consciência, definindo em qual deles nos encontramos e que tipos de habilidades possuímos. Os estados e subpersonalidades então, com frequência, relacionados ao modo como nos “sentimos” por dentro. Juntando tudo isso, temos o self, que comanda o espetáculo. Com um pouco de sorte aqui e ali, a estrutura do self determina nossas mudanças e nosso progresso na vida. Os resultados, para alguém que estabeleça metas realistas, são sinal de sucesso, e sinal de um self em movimento. E sem movimento, é muito difícil manter o sucesso. Martin Shervington, em Coaching Integral: além do desenvolvimento pessoal, editora Qualitymark, 2006. Sulivan França Atual Presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching, Sulivan França é Master Coach Trainer por meio da International Association of Coaching Institutes, possui licenciamento individual conferido pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e credenciamento individual junto a International Association of Coaching (IAC) além de Master Trainer por meio da International Association Of NLP Institutes.
Evolução que Conecta Pessoas ao Sucesso
Com mais de 23 anos de experiência, Sulivan França é referência em gestão de pessoas e desenvolvimento humano. Fundador da SLAC Educação e líder de empresas como Human Solutions Brasil, ele já impactou mais de 98.000 pessoas no Brasil e na América Latina, transformando vidas e negócios.
Formação e Especialidades
Sulivan combina expertise em Neurociências, Psicanálise e Gestão de Recursos Humanos, com uma visão estratégica apoiada por um MBA em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alinhando crescimento sustentável, bem-estar e estratégia.