A história do Coaching remonta a idade média, quando a palavra começou a ser utilizada para descrever os cocheiros, que eram os profissionais que conduziam as carruagens (coche) até seu destino.
O conceito de Coaching mais próximo do atual surgiu por volta de 1830 na Universidade de Oxford para definir um tutor particular, alguém que ajudava o aluno a se preparar para um exame de uma determinada matéria.
Ao longo da história e da literatura, não faltam exemplos do conceito da palavra Coaching. Na década de 1960, nos Estados Unidos, surgiu o Coaching Esportivo, que expandiu-se para além das linhas das quadras e dos campos e começou a ser adotado cada vez mais pelo mundo dos negócios e no ambiente de trabalho.
A questão econômica tornou-se aparente com a desaceleração da economia na década de 1990, quando as organizações descobriram que não podiam mais se dar ao luxo de percorrer esse caminho dispendioso e começaram a exigir soluções personalizadas de quem fornecia treinamento. E para isso, passou-se a surgir a necessidade de programas personalizados que visavam abordar questões organizacionais específicas e até mesmo gestão de pessoas, em oposição à abordagem mais generalizadas.
Embora habilidades genéricas pudessem ser ensinadas, havia uma série de questões que variavam de assuntos complexos a altamente pessoais ou confidenciais, que exigiam um treinamento voltado também para o desenvolvimento humano.
As pessoas precisavam de algo que permitisse que as questões fossem discutidas em profundidade e as soluções obtidas pelo debate, reflexão e descoberta ao longo de um período de tempo. Isto estava em contraste com as soluções pré-embaladas, típicas da maioria dos programas de treinamento.
Sócrates era apontado como mero vagabundo, devido a vida pessoal e vida profissional que tinha, pelos defensores do status da época e sempre foi um crítico aos costumes vigentes da Grécia naquele período. E para realizar isso, ele utilizava uma técnica extremamente peculiar e significativa: ele apenas perguntava. Ao ser acusado, pelo governo de Atenas, por desordem e insubordinação, Sócrates acabou condenado à morte. Só poderia ver-se livre da sentença se negasse todas as suas crenças.
O filósofo baseou sua vida em contestar por um motivo muito simples: é preciso conhecer para poder falar. A primeira estrutura colocada sob a mira da dúvida quando os questionamentos são feitos é relacionada às crenças e aos valores do próprio contestador.
Contestar a si mesmo é um processo doloroso, que Sócrates propôs em uma sociedade cheia de convicções pautadas, segundo o que o filósofo entendia, em afirmações inconsistentes. Seu trabalho foi propor o diálogo do homem consigo mesmo em um nível completo e profundo de modo a mudar o ser humano e, em seguida, a sociedade.
“Não tenho ensinamentos propositivos a oferecer, mas apenas perguntas a fazer.”
O método socrático é a mais poderosa ferramenta para promover o pensamento crítico. Seu foco está em colocar o ser humano para desenvolver o questionamento sobre si mesmo e o mundo, contestando os mais profundos valores acumulados ao longo da história. Para isso, cada resposta encontrada deve ser contestada por uma nova pergunta.
No processo de Coaching, o coach procura fazer com que o coachee abandone o chamado estado da dúvida, por meio de questionamentos consecutivos e profundos. Isso não quer dizer que ele resolverá todas as dúvidas, já que a inteligência humana é limitada e sempre haverá pontos cegos na sua percepção da realidade.
Como tática de abordagem, o questionamento socrático é altamente disciplinado. A pergunta socrática funciona como o equivalente lógico da voz crítica interior, colocando a mente para desenvolver habilidades de pensamento crítico. As contribuições de terceiros no levantamento de dúvidas são tão indispensáveis quanto as perguntas que a nossa própria mente traz à tona.
Para isso, é preciso que o coach acompanhe todas as respostas do coachee (cliente) com mais perguntas e selecionando quais questões devem ser levantadas para avançar na discussão. A pergunta socrática dá força à classe de coaches para pensar de forma disciplinada e intelectualmente responsável, enquanto os alunos são estimulados a ajudar a si mesmo e aos facilitadores levantando mais questões.
O questionamento socrático é o centro do pensamento crítico. As perguntas e proposições, a seguir, foram organizadas por RW Paul, em sua obra “Critical Thinking” (1992), e procuram apontar um norte para o coach aplicar os métodos introdutórios de questionamentos com seus coachees e começar o processo de autodescoberta.
Os alunos devem ser exortados a fazer exercícios reflexivos. Ou seja, é preciso que aprendam a pensar sobre o que estão pensando, levantar dúvidas sobre suas convicções e seus desejos, para, dessa maneira, compreender os conceitos que foram formados em sua mente e que hoje moldam suas vontades, seus medos e suas potencialidades.
Com o desenvolvimento do processo de Coaching, as organizações começaram a empregar psicólogos para entender as necessidades de motivação e desenvolvimento dos funcionários, bem como para recrutamento, seleção e avaliação. Como já colocado, o esporte também teve uma forte influência na ascensão do Coaching. O livro de Tim Gallwey, "O Jogo Interior do Tênis", de 1974, relaciona-se com uma abordagem mais psicológica do desempenho máximo.
Em 1992, Sir John Whitmore, um campeão de automobilismo, publicou "Coaching para Performance", livro no qual desenvolveu o modelo mais influente de Coaching – o modelo GROW (objetivo, realidade, opções e caminhos, na sigla em inglês). Gurus como Stephen Covey e Anthony Robbins também alimentaram o apetite por desenvolvimento pessoal e conscientização.
Na década de 2000, os EUA entraram em recessão e o enxugamento corporativo se tornou um intenso desejo. Pode ter parecido algo bom, em teoria, mas não levou em conta as necessidades humanas. Isso deixou gerentes e líderes em ambientes altamente estressados e sem apoio, o que, por sua vez, aumentou a necessidade de indivíduos e organizações desenvolverem-se continuamente. Essa necessidade de maximização do desempenho também contribuiu para o aumento e o fortalecimento do Coaching.
Pesquisas realizadas pela International Coach Federation (IFC) revelaram que o Coaching cresceu mais de 300% no Brasil, isso somente em quatro anos. Além desse dado, o número de profissionais que passaram a atuar com o Coaching entre os anos de 2009 e 2012, no Brasil subiu de 350 para 1.100 pessoas.
Venha se juntar a esse número de brasileiros que adotaram o Coaching como a mudança para transformar suas vidas!
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