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PROGRAMA ACERTAR É HUMANO

#017

No Programa Acertar é Humano do Dia dos Namorados os apresentadores Sulivan França e Nélson Sartori discutem o tema "Relacionamentos". Qual o significado do namoro para a geração de hoje? O que são os relacionamentos superficiais? Como os pais tratam as relações dos seus filhos? Para finalizar o programa o master coach Sulivan França deixa uma reflexão que envolve o Dia dos Namorados e o início Copa do Mundo!

017 - Programa Acertar é Humano: de 12/06/2014

Programa Acertar é Humano (12/06/2014)

Nélson Sartori e Sulivan França

Tempo de áudio
28 minutos e 02 segundos
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♪ [tema acertar é humano] ♪

Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching.

Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori.

[SULIVAN] Bom dia, ouvinte Mundial. Eu sou o Sulivan França, mais uma vez para apresentar o Programa Acertar é Humano e do meu lado o nosso amigo Nélson Sartori.

Estamos aqui bem juntinhos nesse Dia dos Namorados.

[NÉLSON] Bom dia, ouvintes. Evaldo, depois de 5 meses o pessoal se revela.

Hoje nós vamos falar sobre toda essa atividade, justamente para falar sobre o dia de hoje.

RELACIONAMENTOS

Hoje é o Dia dos Namorados e tanto Sulivan quanto eu, temos uma característica bem parecida: nós temos filhos com uma idade bem parecida, próximo dos 16, 17 anos, que estão namorando. E o que será que passa pela cabeça dessa moçada? Nós vamos falar sobre isso hoje.

[SULIVAN] E mais do que ter filhos, nós temos especificamente filhas.

[NÉLSON] Ah meu Deus! Qual é a preocupação em ter filhas?

Às vezes é a mesma preocupação em ter filhos. Brincamos aqui, mas falamos sobre namoro e temos uma série de preocupações.

Não é a questão de com quem a sua filha está, quem ela está namorando, mas é aquilo que envolve esse primeiro passo, essa liberdade, que representa ter uma intimidade com alguém fora dos olhos e de controle paterno.

É uma coisa que faz parte da natureza. Nós não temos como fugir disso. Mas temos que orientar bastante sobre isso.

[SULIVAN] E cada vez mais vem a necessidade dos pais de orientar os seus filhos para o mundo, para como as coisas que estão acontecendo.

Eu lembro de nossa época de namoro, quando nós começamos a namorar com 11 anos, 12, 13, 14, a coisa era completamente diferente do que acontece hoje. Hoje a molecada está muito mais atenta, ligada e as coisas estão acontecendo aí. E muitas vezes em baixo do nosso nariz.

[NÉLSON] Na verdade, você tem um foco muito grande na diversidade, hoje em dia. Não que isso também seja algo que mereça grande preocupação. Não é nenhum aspecto da opção, sexualidade, que é preocupante. Esse não é o ponto em questão.

O ponto é esse aspecto que gera um compromisso, ou então uma simples aventura, porque você está desenvolvendo e despertando um conceito de responsabilidade de vida. Por mais que se veja o namoro como uma aventura superficial, um encontro eventual na vida, são pessoas que estão se relacionando. É o início de um relacionamento social.

E aí nós perguntamos: o que é isso? É apenas uma aventura ou será que é um compromisso? Esse tipo de relação se dispõe a uma responsabilidade ou será que existe a permissividade de uma relação leviana?

Nós passamos por uma série de fases, principalmente o nosso ouvinte que é geralmente um pouquinho mais velho, que se identifica um pouco mais conosco, vê algumas fases dentro desse contexto.

Eu, como professor, cheguei a acompanhar uma fase em que entrava em uma sala de aula de adolescentes e era muito comum encontrar duas ou três meninas grávidas.

O que representa essa gravidez para a menina naquela época?

É uma falta de orientação, de cuidado, de compromisso e esse é o grande problema, porque não é o namoro em si, mas é o que pode representar essa aproximação.

É importante que eles se aproximem de outras pessoas, conheçam outras pessoas? Não tem nem dúvida.

Ninguém vai ficar com um moralismo tolo, ou então com um protecionismo, a ponto de dizer: "A minha filha não vai namorar ninguém" ou então sair trazendo aqueles relatórios tolos e machistas que nós vemos na internet, no Facebook, em "o que é preciso para namorar a minha filha?" ou então tem de ter renda mínima, altura, peso certo. Uma série de tolices.

[SULIVAN] "Tem de saber que eu não gosto de você".

[NÉLSON] É só porque eu não gosto de você.

[SULIVAN] "Tem de saber também que o você fizer com ela, eu faço com você".

[NÉLSON] Isso. "Tudo o que você fizer com ela, eu faço com você". É o lado pai falando. Mas nós também já fomos filhos, namoramos e já tivemos todo o tropeço na vida.

Então a preocupação que vem nessa hora é com isso. Namorar, encontrar pessoas durante a sua vida que fazem parte da sua vida.

[SULIVAN] Ou que farão parte da sua vida.

[NÉLSON] Fazem ou farão. Só que as coisas não são tão superficiais. Todo mundo que passa pela nossa vida tem importância e deixa alguma coisa. Então existe uma responsabilidade em cima disso.

[SULIVAN] Nem que seja um aprendizado. Como essa garotada pode, por mais que exista essa liberalidade nesses relacionamentos que vão surgindo, tirar um aprendizado disso.

É muito o que nós falamos no coaching. Quando nós olhamos para situações com foco na solução e como você pode tirar um aprendizado desse relacionamento que está vivendo. Muitas vezes parecem relacionamentos de brincadeira e tal. Parece coisa de adolescente o que está acontecendo.

Mas você tocou em um ponto muito sério e é uma coisa que acontece, cresce muito em nosso país: o número de adolescentes, de crianças cuidando de crianças. Nós costumamos dizer que são aquelas adolescentes grávidas e cada vez mais adolescentes pais.

Como que se pode tirar um aprendizado de toda essa situação e que sirva de lição para esses adolescentes?

Mas esse tópico relacionamento é polêmico, porque não é só entre os jovens, é entre os adultos também.

[NÉLSON] Lógico. Veja, não é só a jovem que namora, nós namoramos. Você não namora, Sulivan?

[SULIVAN] Com certeza.

[NÉLSON] E muito. Namorar é bom. Namora, Evaldo? Muito, sim. Você tem namorado?

[EVALDO] Namorada.

[NÉLSON] Não, eu usei o verbo no particípio. Se você tem namorado ultimamente. Eu já aproveito para fazer antecipadamente o minuto do professor, o momento do professor. Eu já vou fazer mesmo. Eu vou aproveitar.

DICAS DO PROFESSOR

[NÉLSON] Nós usamos o verbo no particípio e muitas vezes ele traz algumas ambiguidades. Eu posso dizer assim:

— Você tem feito suas compras ultimamente?

— Você tem ajudado as pessoas?

— Você tem trabalhado muito?

E aí você me pergunta.

— E você, tem namorado bastante?

Ou melhor:

— Você tem namorado ultimamente?

E a pessoa fala:

— Não, eu tenho namorada.

Não é isso. Você tem praticado o ato de namorar? Veja a ambiguidade.

— Você namora?

— Você tem namorado?

Ou seja, você tem praticado a ação.

Nós perguntamos para o Evaldo se ele tem namorado e ele já se defendeu todo. Ele falou: "Eu tenho namorada.". Eu sei disso, Evaldo. Dá para ver essa pinta de galã. Isso destrói corações o tempo inteiro.

Esse namoro é uma relação. Nós colocamos esse conceito de namoro como uma aventura rápida e passageira, como se isso fosse uma relação unilateral. É aí que entra a responsabilidade com o outro. Porque muitas vezes algo que é superficial para você, tem bastante valor na vida do outro.

Então da mesma forma como é importante saber como as pessoas influenciam a sua vida, é como você influencia a vida dos outros.

Nós podemos projetar isso para o casamento, porque existe uma fusão de culturas. Quanto nós não absorvemos da cultura da nossa esposa? Quanto nós não passamos a cultura? E outra, nós vamos formar outros caráteres depois dos nossos filhos com base nessa fusão.

Isso significa que todo o encontro que nós temos, sem pensar em filosofar nesse momento, ele influencia em nossa vida, ele está dando valor, comprometendo a nossa relação, influenciando os nossos passos.

Então nós não podemos levar como uma questão leviana. A leviandade, por mais que você associe a uma questão de sexualidade, traz um vínculo muito forte.

Existe sempre a responsabilidade por trás de qualquer relacionamento.

[SULIVAN] E quando nós falamos da questão desse relacionamento e olhando para ele cada vez mais precoce, eu vejo que existem quatro fatores que de certa maneira acabam influenciando muito hoje para que nós vejamos essa certa liberalidade, por parte do jovem, no que diz respeito a relacionamentos e muitas vezes não os levar a sério.

É claro e evidente que a mídia tem um poder muito forte, exerce esse poder em cima disso e certamente ela participou muito dessa evolução dos nossos jovens, do que aconteceu em nossa juventude, no que diz respeito ao relacionamento e o que acontece na juventude de hoje. A mídia tem um poder muito forte com relação a isso. Combinada à mídia, uma outra forma de mídia são as redes sociais que também acabam contribuindo com isso.

REDES SOCIAIS

[NÉLSON] É importante deixar claro que nós falamos bastante sobre as redes sociais, porque hoje é um meio de comunicação e de contato muito grande. E como toda a forma de comunicação, ela precisa ser responsável, séria.

[SULIVAN] Eu estava conversando esses dias com alguns caras estrategistas de negócio. E os caras, além de estrategistas de negócios, olham muito para a parte marketing do negócio. Então é a estratégia voltada para o marketing.

Onde está o público alvo? Como acessar?

Por que eu estou trazendo essa questão?

Estamos falando de Dia dos Namorados, os relacionamentos, os jovens e estamos chegando a negócios. Olha como as coisas se interligam. E uma das coisas que nós estávamos conversando é justamente sobre essas questões das redes sociais.

Já existem projeções e pesquisas que mostram o quanto a TV aberta tem perdido espaço para a TV fechada, principalmente em uma camada da sociedade. E também como a TV aberta tem perdido espaço para as redes sociais que hoje é uma outra forma de mídia. Nós estamos falando do computador especificamente.

Existem algumas projeções de que se essa velocidade continuar e ela tem acontecido na última década. Certamente a TV aberta na próxima década vai perder mais do que 50% do espaço dela para as redes sociais. Não importa se são as redes sociais de hoje ou se surgirão outras, como nós tínhamos o Orkut há um certo tempo e que hoje é praticamente uma ferramenta inutilizável, você tem outras redes que foram substituindo isso, como é o caso do Facebook.

Então se formam outras mídias que geram conexões entre esses jovens.

Nós vimos a questão dos benditos rolezinhos que estavam fazendo em São Paulo e tudo mobilizado através das redes sociais. A rede social exerce uma função muito forte hoje e além de conectar esse jovem, muitas vezes mostra para ele que aquilo que era impossível se torna possível e aquilo que parecia ser complicado é muito simples.

Então essa liberalidade que acaba acontecendo com os jovens vai influenciando na parte comportamental que diretamente influencia na forma como eles se relacionam entre si. E aí nós estamos entrando nessa questão de namoro, relacionamento, propriamente dito. É uma liberalidade generalizada que combina também com o perfil da geração que nós temos hoje.

NAMORO

[NÉLSON] O Facebook surgiu com essa proposta, que era aproximar as pessoas para gerar um relacionamento. Eu conheço, namoro você, tenho uma aproximação de pessoas conhecidas, vou ampliando o meu rol de amizades.

[SULIVAN] Exatamente.

[NÉLSON] Ou seja, é algo que nasceu a partir de um relacionamento.

E o que é o namoro que nós estamos falando?

É um relacionamento.

E até que ponto nós podemos trabalhar esse conceito de relacionamento?

Dentro desse universo de responsabilidade e até mesmo dentro de responsabilidade social.

[SULIVAN] Exatamente. Além da questão de responsabilidade social, nós não estamos pregando nem para um lado e nem para o outro.

[NÉLSON] E nem podemos.

[SULIVAN] E nem podemos, exatamente. E se nós pudéssemos pregar alguma coisa aqui, seria que os namorados de nossas filhas ficassem bem longe delas.

[NÉLSON] Pregá-los na parede, o que é uma coisa um pouco mais radical.

[SULIVAN] Seria essa a ideia.

[NÉLSON] Pessoal, é só brincadeira.

[SULIVAN] É brincadeira.

[NÉLSON] Senão daqui a pouco vai chover crítica contra o machismo. Não é nada disso.

[SULIVAN] Eu sei, mas de qualquer maneira, se você estiver com o seu genro do lado, olhe para ele e diga: "Ordinário. Larga a mão dela".

[NÉLSON] Esse pai está falando mais forte pelo coração, do que por outra coisa.

Vamos aproveitar e trazer isso, porque nós falamos de namoro.

Nós temos o nosso referencial de namoro. O namoro é quando nós conhecemos alguém, é uma possibilidade sempre interessante em novos relacionamentos, é um relacionamento mais íntimo, afetivo, que é importante para a vida de todo mundo. Isso é bom, faz bem para nós. Ninguém vai ficar rejeitando agora, só colocando moralidade em namoro. Namorar é muito bom, beijar também. Estar com alguém que você gosta é sempre muito bom e isso não deve parar jamais.

Mas, como tudo em nossa vida, é importante que haja uma visão também dos dois lados dessa situação. Hoje em dia nós, um pouquinho mais velhos, temos a possibilidade de olhar para essa mesma relação como pais falando com os nossos filhos. Então isso tem um aspecto mais educativo, orientador.

E lógico, eu saio hoje daqui, é o meu dia do namorado também, eu vou levar a minha namorada, ou seja, a minha esposa, a Luciane, para jantar. Vai haver o meu momento de namoro também.

Mas eu tenho que lembrar que existe uma questão muito forte ligada ao seguinte. Eu também sou pai e eu sou, supostamente, um sogro. Eu estou recebendo, de repente, dentro de minha vida um novo filho que eu não posso desprezar. Por mais que a fila seja controlada pela 7.65 ou então pela escopeta que tem lá em casa, ainda assim é preciso que haja um pensamento afetivo em relação de quem está se aproximando.

Esse namoro é uma aproximação mais forte do que uma simples amizade. Ele veio realmente motivado por um sentimento.

E esse sentimento pode ter sido uma atração física?

Gente, também não adianta ficar questionando, porque isso acontece o tempo inteiro. Nós nos aproximamos das pessoas por atração física.

[SULIVAN] Exatamente. E uma coisa interessante, Nélson, quando nós brincamos. É claro que nós estamos aqui em um tom de humor brincando com essa questão do namorado, mas é como você falou. Eu tenho uma filha de 15 anos fazendo 16 agora, uma de 8 e uma de 7 meses. Três meninas.

Aí vem com aquela piadinha de fornecedor. Não tem nada de fornecedor. Eu só faço o que eu gosto. É diferente.

[NÉLSON] Foi você quem falou. Eu tenho dois moleques de 13 anos.

[SULIVAN] Não tem nada de fornecedor. Nós brincamos com essa questão de pai, mas falando de uma forma e relembrando de um passado muito próximo de 15 anos.

Quando a minha primeira filha nasceu, eu pensava na hipótese de um dia ela namorar, isso era um absurdo e como nós vamos amadurecendo, crescendo, ao longo do tempo, nós vemos que isso é possível sim. Mas uma coisa que eu acho que é importante, é quando você constrói.

[NÉLSON] Não adianta nada você achar que é impossível.

[SULIVAN] Exatamente. O importante é você achar que não há nada impossível.

[NÉLSON] Admita isso e aceite.

[SULIVAN] Mas uma coisa interessante, falando muito sério com relação a essa questão da permissividade do pai e observar essa questão do relacionamento, eu acredito que sim, sem pregar machismo, não é nada disso, mas para o pai é muito mais difícil aceitar o namoro de uma filha. Isso historicamente é verdade, mas quando você ver que a coisa está se aproximando e que está acontecendo, uma lição que eu tive e que talvez sirva de exemplo para alguns pais.

Quando você tem isso muito bem conversado, bem falado, as coisas muito claras e mais do que isso, você não tem a sua filha distante de você, onde você tem um relacionamento próximo, isso se torna possível e também se torna uma coisa saudável. É algo que pode acontecer quando existe uma boa linguagem, uma relação de confiança, entre pai e filha. Isso é possível sim.

[NÉLSON] É a educação.

[SULIVAN] Educação. Então é possível sim e dá para fazer a administração desse relacionamento, de uma certa maneira conversando tanto com ela quanto com o agregado. Não é?

[NÉLSON] Eu estou achando muita graça aqui, porque tem um coração doendo aqui do meu lado.

Nós temos que avaliar outros elementos que fazem parte não só dos jovens, mas de nós também, todos aqui, que é essa nova relação que surge com um novo caso e o que representa a questão de independência e muitas vezes de submissão, porque dentro de um relacionamento, nós acabamos assumindo algumas posturas.

E, às vezes, o que afeta quem está de fora, por mais que não seja um ato direto contra nós, ligado a nós, é nós ficarmos avaliando o que acontece dentro da relação dos nossos filhos.

Muitas vezes nós vemos o reflexo de coisas que não gostaríamos que acontecesse conosco. Coisas que muitas vezes levam um casamento a não dar certo. Ou seja, uma aceitação absoluta sem a colocação do seu ponto de vista.

Aquela relação que surge de submissão, em que as pessoas dentro desse relacionamento se anulam. E você se anular significa ser muito passivo dentro de um relacionamento que tem dois lados.

Então é importante que quando nós falamos sobre o namoro, saibamos que a coisa vai um pouco além de um evento ocasional. Como você disse, Sulivan, nós podemos ter um namoro como um fato que está acontecendo temporariamente, mas pode ser algo que vai perdurar. Quem vai garantir que aquele menino que pega na mão de sua filha, namora, a beija, não vai ser o futuro marido dela, o pai dos seus netos e assim por diante. Então não cabe a nós ficar avaliando, julgando, ou escolhendo lugar para delas, apesar de isso ter sido feito muito no passado.

Mas era justamente uma criação de protecionismo. Nós não vamos conseguir proteger os nossos filhos, filhas, a vida inteira. Então isso não é algo que seja importante, ou melhor, dentro desse contexto.

Mas é importante sempre ter alguns pontos que devem ser discutidos, apresentados, entre nós. Não é agora só voltado para o adolescente, mas essa questão do compromisso e da aventura que eu falei no começo. É importante nós entendermos, porque todo o relacionamento, por mais que você entre nele com mais superficialidade, não necessariamente a outra pessoa entrou com essa mesma superficialidade.

Responsabilidade e limites

E aí entra uma questão de responsabilidade com o outro. Uma responsabilidade que existe dentro de todos os relacionamentos é o relacionamento de pai com o filho, do filho com o pai, porque existe uma relação de respeito entre as pessoas, os colegas de trabalho. Todo esse tipo de relacionamento exige respeito. Não é simplesmente algo leviano.

Mas quando você percebe um envolvimento afetivo, a coisa toma proporções maiores. Então é lógico que a própria visão tem de ser amplificada. Até mesmo quando você estabelece a relação prazer e amor. Porque é importante que isso fique claro, para aqueles que estão em um relacionamento, do que representa.

O jovem, adolescente, está descobrindo uma série de coisas ali e essa descoberta traz muitos conhecimentos, só que as vezes o conhecimento vem pela dor. Isso é algo que não sabemos muito bem.

[SULIVAN] E a importância de limites nessa relação.

[NÉLSON] Nós mesmos colocamos limites.

[SULIVAN] Perfeitamente. Não só limites para você, mas há limites para os outros e limites para a relação também.

Quando você tem limites e são saudáveis, automaticamente eu vejo que você tem um respeito dentro da relação e quando esse respeito acontece, em diversas situações você tem um relacionamento muito saudável.

Esse foi o nosso tema de hoje, namoro. Dia dos Namorados. E surgiu uma corrente nas redes sociais essa semana que disse que esse é o melhor Dia dos Namorados da história. Você viu algo sobre isso, Nélson?

[NÉLSON] Algumas coisas.

[SULIVAN] Viu. Disse que tinha um muito legal que dizia o seguinte: "Hoje é um Dia dos Namorados que será um dia inesquecível para os homens. Hoje é um Dia dos Namorados onde os homens terão churrasco, futebol e a mulher do lado torcendo junto com ele.". E não terá outro. Não se repetirá isso.

[NÉLSON] E hoje é dia de torcer pelo Brasil. Não só pelo futebol, é de torcer pelo Brasil em tudo. É importante nós termos o dia de hoje, já que nós fizemos o momento do professor no meio do nosso programa, vamos aproveitar também para finalizar, falando sobre essa responsabilidade com o nosso país.

Porque são milhões de brasileiros juntos gritando o avante Brasil, só que não é apenas no futebol. Nós temos eleições pela frente e essa é uma realidade dentro do nosso país que nunca pode ser esquecida, porque sempre depois dos jogos vem a eleição.

[SULIVAN] Perfeitamente.

[NÉLSON] E isso traz uma responsabilidade que muitas vezes fica maquiada por todo esse trabalho do jogo.

Então a coisa tem de ter responsabilidade do começo ao fim.

Nós estamos recebendo muita gente de fora. Nós vamos ver essas pessoas. Elas vão procurar. É importante que nós as recebamos muito bem, mas também é importante que não se coloque um manto sobre o mundo para que as coisas fiquem simplesmente obscuras e todos pensem "esse mundo é maravilhoso", sendo que nós temos problemas.

[SULIVAN] Uma coisa legal, Nélson. Eu acho que ironia do destino ou não, o Brasil tem hoje a possibilidade de rescrever uma página muito interessante na sua história.

Em 2016 nós temos as Olimpíadas. E um ponto para ficar de reflexão é o seguinte: será que em 2016, antes das Olimpíadas, passaremos pelas mesmas coisas que estamos passando hoje, de manifestações contra a nossa política?

Nós podemos fazer isso de forma diferente.

Como nós podemos fazer diferente? Passando uma borracha em tudo isso agora em outubro. Nós podemos passar uma borracha agora em outubro e mudar a Olimpíadas de 2016 para que ela seja um exemplo, ou quem sabe a melhor Olimpíada que já existiu no mundo.

Então não chegarmos em 2016 reclamando das mesmas coisas que estamos reclamando desde o final do ano passado e reclamando de copa do mundo.

Será que vamos em 2016 ficar levantando faixas e dizendo: "É Olimpíada para quê? Gastou para quê? E isso para quê?"?

Será que vão ter as histórias: Agora eu quero hospitais padrão FIFA? Teremos hospitais padrões COB? Será que nós teremos isso, hospitais padrões olímpicos? Será que nós teremos essa história?

[NÉLSON] É. Nós precisamos ter hospitais padrão Brasil.

[SULIVAN] Exatamente. Nós precisamos ter hospital padrão Brasil.

O Brasil precisa assumir uma identidade e essa identidade tem de ser feita pelos seus eleitores. Isso pode ser feito em outubro. Não é agora avacalhando a Copa do Mundo. Falando de forma coerente.

[NÉLSON] Toda a manifestação pacífica é importante, pode acontecer a qualquer momento. Mas a mais importante das manifestações vai acontecer no dia das eleições. É aí que a manifestação do brasileiro vai surgir. E o que é importante nós estejamos torcendo pelo Brasil, hoje e todos os dias até o dia das eleições.

[SULIVAN] Perfeitamente. Então acesse o nosso site, acertarehumano.com.br.

MINUTO DO COACHING

[SULIVAN] E para finalizar o programa, eu vou deixar a pergunta.

COMO QUE VOCÊ PODE FAZER HOJE PARA PEGAR O SEU NAMORADO OU A NAMORADA, CURTIR A NOSSA SELEÇÃO, TORCER PELO NOSSO BRASIL E FAZER DESSE DIA, QUE PODERIA TER SIDO UM DIA MUITO POLÊMICO, E QUE PODE AINDA SER UM DIA POLÊMICO, EM UM DIA QUE NÓS POSSAMOS APROVEITAR E CURTIR COM AS NOSSAS FAMÍLIAS A REALIZAÇÃO DA NOSSA SELEÇÃO?

É ou não é, Nélson?

[NÉLSON] Exatamente.

[SULIVAN] Um bom jogo a todos. Boa sorte aos nossos jogadores. Boa sorte a nossa seleção. E que venha uma goleada aí. Eu arrisco um palpite aqui, 4 a 0, Nélson.

[NÉLSON] Oi, 4 a 0? Está bom para começar. Não é não?

[SULIVAN] Está bom para começar? Arrisque o teu palpite. Vamos ver quem chega mais próximo.

[NÉLSON] Eu acho que vai ficar no comecinho 2 a 1, porque tudo começa devagarzinho.

[SULIVAN] 2 a 1. Eu vou para o 4 a 0. Eu sou extravagante.

[NÉLSON] O politicamente correto, olha o Evaldo, 3 a 1.

[SULIVAN] Evaldo, 3 a 1. Então o Evaldo 3 a 1, eu 4 a 0, o Nelson 2 a 1. Vamos ver o que vai acontecer. Na semana que vem, nós veremos quem se aproximou mais. Quem está mais próximo de acertar o nosso bolão aqui.

[NÉLSON] Exatamente. Um feliz Dia dos Namorados a todos os nossos ouvintes. Muito amor no dia de hoje. É isso minha gente. Um grande abraço.

[SULIVAN] Um grande abraço. Tchau.

♪ [tema acertar é humano] ♪

Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.

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