Escrito por Sulivan França - 13 de Dezembro de 2013

Em A Theory of Everything (Uma Teoria de Tudo), de Ken Wilber (um dos muitos livros de Wilber que inclui este modelo), ele explica que a existência se desenvolveu através de quatro áreas distintas, porém não separadas.

Desde o momento do Big Bang, no começo dos tempos (mostrado simbolicamente no centro), tem havido evolução em diversas áreas. O momento em que apareceram os seres humanos está expresso nas quatro áreas de “eu, nós, isto e istos”, que se manifestam assim: o que está se passando dentro de você (seus pensamentos, impressões, etc.), seu corpo (e cérebro), a sociedade em que você vive e a cultura (ou visão compartilhada do mundo).

Vamos olhar para aqueles individuais - “eu” e “isto”. A sugestão é que há uma correlação direta entre os dois quadrantes, e que, sem o cérebro, a mente não pode existir. Pense assim: “Vou ler um livro sobre coaching”. No pensamento, haverá palavras ou imagens, ou ambos. Há também uma atividade correspondente no cérebro, isto é, o estado das ondas cerebrais muda, a dopamina aumenta, etc. Nesse sentido, “eu”, num nível fundamental, faço alguma coisa (comportamento): leio.

Então, qual é a principal diferença entre o cérebro e a mente?

Como se sabe, o cérebro e o comportamento são “coisas” tangíveis que podem ser objetivamente observadas, mas no que diz respeito à mente, você tem de fazer perguntas ou experimentar o conteúdo.

Não se importa o tanto que busque e investigue em torno, você não encontrará a experiência do pensamento. (Os quadrantes de “isto” e “istos” são os reinos da ciência e da ciência social; e a tendência tem sido: “Se você não pode bater nele com um martelo, não é real!”) No entanto, a ideia é experimentada. Este é o domínio do “eu” – o mundo interior da experiência – tão válido quanto, mas experimentado internamente.

O “isto”, ou domínio do cérebro, não é separado do domínio do “eu”; porém, é diferente. Em boa parte do desenvolvimento pessoal, temos a tendência a focalizar o quadrante superior esquerdo, isto é, nos inclinamos a dar um peso maior ao domínio do “isto” – “o que posso fazer”. E isto tampouco é problema. O intento do modelo de Wilber é mostrar que existem outros domínios aos quais ow “eu” e o “isto” estão firmemente relacionados, sendo inseparáveis.

Efetivamente, “eu” e “isto” não podem existir sem os outros dois domínios, mas um indivíduo pode dar mais atenção ao estudo e à aplicação nos domínios do “eu” e do “isto”, assim como poderia, o que freqüentemente acontece, voltar-se para qualquer dos outros: “nós” ou “istos”.

As áreas coletivas

Imagine- se sentado em um banco de parque sem ver pessoa alguma – nunca -, nem no escritório ou na loja. Não é possível, porque a vida depende dos outros.

O mesmo acontece com o coaching. O quadrante cultural refere-se a valores que partilhamos com os outros em determinado momento. A maneira como o mundo “faz sentido” para nós depende da cultura na qual vivemos.

O termo “coach integral” não terá sentido algum fora de um círculo bastante limitado de pessoas; mas dentro dele, os significados são muitos. Para o Coaching Integral, por exemplo, poderia significar que as pessoas têm uma visão compartilhada: esse tipo de coach estudou psicologia, tem boas habilidades interpessoais e se esforça pelo próprio desenvolvimento.

Em outras palavras, existe. Por exemplo, para a ideia “vou atuar como coach dos meus colegas no escritório”, é preciso haver um sistema estabelecido, por meio do qual o indivíduo possa adquirir o conhecimento apropriado.

É preciso, ainda, não haver restrições à atividade, já que o sistema social inclui regras, regulamentos, etc.Por outro lado, a cultura adiciona sentido ao evento. Há um consenso geral, dentro da visão cultural de mundo, que avalia se o acontecimento é válido ou não, bom ou ruim, e assim por diante; ou seja: a cultura acrescenta “significado”, interpretação ou valor ao acontecimento. O que os seus colegas pensam quando você vai a uma sessão de coaching?

Esse texto possui informações extraídas do livro Coaching Integral de Martin Shervington, editora Qualitymark, 2006. 

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