O Coaching tem uma longa tradição na promoção do desenvolvimento humano, utilizando ferramentas, técnicas e estratégias que potencializam e amplificam a capacidade perceptiva dos indivíduos.

Neste processo de autoconhecimento é comum que o coachee perceba uma incongruência entre seus valores e seus comportamentos ou entre as suas metas e os recursos, bem como as habilidades que ele possui naquele momento. 

Inicialmente, pode ser desesperador notar que não dispomos daquilo que é necessário para alcançar determinada meta. É justamente nesse momento que as ervas daninhas se desenvolvem nos jardins da nossa vida.

As ervas daninhas geralmente crescem rapidamente e, quando não combatidas com celeridade, podem sugar a água e os nutrientes necessários para o desenvolvimento das flores ou quaisquer outras plantas do jardim.

Como a maior parte dos leitores deve ter percebido, nessa metáfora as ervas daninhas representam nossas crenças limitantes, já as flores representam nossas metas. A prosperidade das crenças limitantes em nossa vida é substancialmente antagônica ao alcance de nossas metas, e, assim como nos belos jardins, é preciso combater nossas crenças limitantes logo quando identificamos que elas estão tolhendo o nosso crescimento. 

Agora, vamos retomar a questão anterior, quando notamos que não possuímos os recursos e habilidades necessários. No ambiente educacional esse fenômeno, angustiante por natureza, geralmente precede a aprendizagem. Entretanto, ao contrário do que se imagina, esta crise pode ser fundamental para iniciar o processo de mudanças, cognitivas e comportamentais, na vida do estudante. 

Quando o indivíduo está em um processo de Coaching, certamente o coach irá identificar o que está acontecendo e conduzir esse processo para que não haja uma paralisação nesse estágio ou uma regressão para o estágio anterior, ao qual o coachee já estava adaptado. Mas, e quando o indivíduo não está passando por um processo de Coaching?

Nesse último caso, é preciso que os pais, colegas e a equipe de ensino atuem em parceria, pois, pode acontecer de o estudante projetar nas pessoas próximas a responsabilidade pelo sofrimento momentâneo que está vivenciando. Porém, embarcar nessa busca por culpados não atrairá resultados positivos, apenas em frustração. 

Desse modo, nos momentos de crises, como as abordadas nesse artigo, carecem de rupturas, mas não com pessoas. As rupturas aqui destacadas são referentes às crenças limitantes que estão atuando e distorcendo a percepção do estudante, de modo que ele passa a acreditar que não é capaz de alcançar sua meta, já que não dispõe dos recursos necessários.

Para evitar a estagnação e frustração do estudante, o ideal é o enfrentamento desse desafio, ampliando os horizontes de possibilidades acadêmicas com novas estratégias e técnicas de ensino/aprendizagem que facilitam o processo de assimilação e acomodação. Só assim a aprendizagem de novas habilidades será consolidada.

Mas, atenção, pais e educadores, as mudanças não interferem apenas na vida do estudante, elas impactam em todo o ambiente, pois, um ser dotado de novos conhecimentos passa a habitar aquele espaço. Por isso, é necessário que todos tenham coragem para enfrentar esses desafios do processo de ensino e aprendizagem. Por fim, deixo um questionamento para futuras reflexões: 

Além das crenças limitantes, será que há professores ou os pais que limitam o desenvolvimento dos estudantes pelo medo da mudança, seja da rotina ou do indivíduo? 




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