A liderança é um tema desafiador para cada gestão, devido ao papel que os lideres representam como referência a suas equipes e a eficácia para com os mesmos na organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso e insucesso de toda a equipe, pois a arte de liderar não é algo tão simples, porque exige uma certa maturidade para gerir sentimentos e emoções em um cotidiano muitas vezes robotizado e sem limites. Mas quando encaramos todos os processos de forma consciente e madura, podemos perceber que a equipe se torna mais leve e produtiva, levando assim toda a empresa a resultados bastantes satisfatórios. A inteligência emocional é um fator de extrema importância    na condução de pessoas, através dela podemos mensurar clima, resultados, interpretações e traçar perfis de comportamentos de todos envolvidos no processo organizacional. Vale salientar que em um mercado cada vez mais competitivo sobrevive aquele que conseguir melhor gerir as suas emoções, levando assim ao equilíbrio emocional de cada gestão.

Segundo Goleman (2001, p.337) – IE (Inteligência Emocional) “é a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”. Ou seja, resume nos conceitos de duas grandes inteligências: a pessoal e a intrapessoal, que fazem referência respectivamente à identificação dos nossos sentimentos, pois nos motivamos e gerenciamos nossas emoções em nossos relacionamentos diários ou de toda uma vida.

Neste trabalho o termo liderança assumiu um papel de extrema importância para o desenvolvimento de comportamento de cada liderado, equilibrando assim os aspectos técnicos e os comportamentais. Tendo como vertente o processo da gestão das emoções e como a inteligência emocional   influencia na performance de cada liderado.

Welch (apud SLATER, 1943. p, 2), diz que o líder deve “encontrar ideias ótimas, exagerá-las e espalhá-las como fogo pela empresa, com a velocidade da luz.”

Analisando está afirmativa, pode-se perceber que o líder é agente de incentivo para qualquer equipe, pois o seu comportamento é reflexo da aprendizagem de cada colaborador, sabendo que a postura adotada para cada equipe poderá gerar também o desenvolvimento da inteligência emocional de cada indivíduo, pois a forma na qual agimos e gerimos as nossas emoções, retrata a realidade de cada gestão.

A metodologia empregada na presente pesquisa foi de natureza bibliográfica na abordagem qualitativa, num estudo exploratório descritivo (VERGARA,2005). Onde tal abordagem na trajetória metodológica justifica-se, pois se percebeu que isso contribuiria ainda mais aos propósitos da pesquisa.

No trabalho a apresentação do tema pesquisado, irá abordar os conceitos referentes à inteligência emocional e suas competências, uma análise geral sobre a inteligência emocional e a gestão das emoções, a motivação e a liderança  como chave propulsora para o desenvolvimento das equipes, boa parte do conteúdo estão baseados principalmente nos estudos do autor Daniel Goleman, Apresentando o problema, que consiste na pergunta a importância da inteligência emocional no ambiente organizacional e os objetivos da pesquisa, que são descobrir como a inteligência emocional influencia no seu sucesso pessoal e na sua trajetória profissional e convivência dentro do ambiente organizacional. Apresentando o problema, que consiste na pergunta a inteligência emocional: sua contribuição para a gestão de equipes e os objetivos da pesquisa, que são apresentar a contribuição da inteligência emocional na gestão de pessoas, para a consecução dos resultados.


O termo “inteligência emocional” parece ter originado com Wayne Payne (1985), mas foi popularizado por Daniel Goleman (1995). A pesquisa principal sobre o conceito originou com Peter Salovey e John “Jack” Mayer e que começa no final da década de 80. 

Segundo Goleman (2001, p.337) – IE (Inteligência Emocional) “é a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”. Ou seja, resume nos conceitos de duas grandes inteligências: a pessoal e a intrapessoal, que fazem referência respectivamente à identificação dos nossos sentimentos, pois nos motivamos e gerenciamos nossas emoções em nossos relacionamentos diários ou de toda uma vida.

A Inteligência Emocional é a capacidade de perceber, avaliar e expressar emoções com precisão; a capacidade de acessar e/ou gerar sentimentos quando estes facilitam o pensamento; a capacidade de entender as emoções e o conhecimento emocional e a capacidade de regular emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (MAYER; SALOVEY,1997, p.401 apud VALLE, 2006, p.33)

Partindo deste pressuposto, percebe-se que a IE é uma das grandes vantagens na vida das pessoas, pois através dela o ser humano pode se automotivar e seguir em frente, mesmo diante de problemas, frustrações e desilusões e ao mesmo tempo saber ser resiliente em momentos de grandes dificuldades. Vale salientar que o processo da gestão das emoções de cada indivíduo está ligado ao seu equilíbrio emocional, fazendo com que cada pessoa possa administrar bem cada emoção proporcionando assim o seu crescimento pessoal e profissional.  
Segundo Goleman (2001), a inteligência emocional é a capacidade de se automotivar e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante.

A inteligência emocional e suas competências

Segundo Goleman (2001,p.38) a IE possui cinco competências emocionais e sociais básicas, que são classificados como: autopercepção, auto-regulamentação, motivação, empatia e habilidades sociais. 

De forma bem clara e objetiva, a autopercepção está no aspecto onde a pessoa possa compreender e manipular suas emoções, através do comportamento correto em cada situação enfrentada. Auto-regulamentação está ligado ao nosso autocontrole e como administramos as nossas emoções em nosso dia a dia. A motivação é a forma de como agir em cada situação imposta na vida do ser humano para o alcance de metas e objetivos. Empatia é percepção própria de cada ser na busca de seus anseios e a forma no qual os mesmos possam cultivar o maior número de envolvimento de pessoas e a habilidade social está conectada aos relacionamentos interpessoais do cotidiano.

E ainda de acordo com Salovey (1999), a inteligência emocional envolve a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.

Saber gerir as emoções em um ambiente corporativo onde a cada dia é bastante competitivo é fator de extrema importância para o nosso dia a dia, por isso a Inteligência emocional contribui na evolução e nos benefícios para o ser humano.

No mundo da emoção as palavras-chaves são “treinamento” e “educação”. Você precisa treinar sua emoção para ser feliz. Você precisa educá-la para superar as perdas e as frustrações. Caso contrário, sua emoção nunca será estável [...]. (AUGUSTO CURY, 2009, p.13). Com isso podemos perceber que cada pessoa pode diretamente ou indiretamente treinar os seus impulsos, educando-os e podendo chegar assim a um estado pleno de equilíbrio e paz interior. A inteligência emocional é capaz de trazer benefícios para as pessoas que decidem desenvolver verdadeiramente, principalmente aos líderes que possuem autocontrole e empatia, os mesmos terão maiores capacidades para encontrar soluções para os problemas organizacionais e na administração de conflitos, e isso resultaria em benefícios mensuráveis de produtividade para a organização. Um profissional que sabe dosar a razão e a emoção, criará condições para se sentir seguro, motivado e satisfeito, com ele mesmo, com as pessoas em seu redor e com o status e posição pessoal e profissional.

Inteligência emocional X Gestão das emoções

Atualmente em um mercado onde a competição é acirrada a todo momento, há necessidade de que os profissionais possuam competências técnicas, aliadas à competências em gerir comportamentos e emoções, baseando-se na realidade de que a quebra de vários paradigmas, vem sendo quebradas, por consequência das grandes transformações que estão sendo realizadas pela busca da evolução humana. Fator este que muitas pessoas buscam desenvolver-se para galgar cargos maiores, gerindo emoções e promovendo melhor condição de trabalho para todos os liderados quando o objetivo é alcançado.

Uma gestão emocional eficaz, permite que a empatia e sensibilidade estejam devidamente expressadas para que o sucesso nas ações do cotidiano ocorra, contudo, investir somente no estudo tradicional não é viável. Tem-se que existir o trabalho em equipe, um bom relacionamento Inter e intrapessoal, uma vez que a chave para obtenção do sucesso está em saber se comunicar e relacionar, para com isso obter eficácia e eficiência em todas as relações e alcançar os resultados esperados pela organização onde se trabalha. 

Os profissionais devem possuir habilidades para conciliar os objetivos pessoais com os objetivos profissionais e isso só ocorre por meio da motivação, que é a melhor fonte de energia e a de maior produtividade, por se tratar da força que move o indivíduo, produzindo um impulso mental que dá início a uma ação física para obtenção do resultado. 

“Sem gestão da emoção. Ricos se tornam miseráveis, profissionais competentes sabotam sua eficiência, pais e professores se convertem em péssimos educadores, amantes implodem seus romances, jovens destroem seu futuro. Sem gerir a emoção, esgotamos o cérebro: o céu e o inferno psíquico ficam muito próximos”.(Cury, Augusto 2015)

A Inteligência Emocional e a arte de gerir as suas emoções são fatores que diferenciam um profissional do outro, fazendo não só com que esse profissional desempenhe suas funções de forma a equilibrar ou gerir a sua a emoção com a razão. Saber que qualidade e produtividade implicam em assumir novos desafios e traçar novas metas e objetivos, onde atender as necessidades das partes interessadas, tendo o compromisso com os resultados, criar oportunidades para auto realização e cultivar as relações no ambiente de trabalho determinam o crescimento de uma organização. 

As organizações deste novo cenário globalizado, começam a demandar muito mais do que gerências técnicas e metódicas. Elas estão carentes de líderes competentes emocionalmente, que saibam gerir suas emoções e de todos os seus liderados ou seja, líderes que utilizam a união de competências pessoais e sociais, além da competência técnica, para construir ou conduzir as organizações.

Motivação: Chave propulsora para o desenvolvimento da equipe

Um dos principais desafios de qualquer gestor para a organização certamente encontra-se na capacidade de construir um ambiente harmonioso e satisfatório para a empresa, com isso cabe ao gestor estimular cada colaborador a conscientizarem da necessidade de desenvolvimento pessoal, para que o mesmo possa alcançar o objetivo final.

Segundo Maximiano (2000, p. 297), “a palavra motivação é usada com diferentes significados. Pode-se falar em motivação para estudar, ganhar dinheiro, viajar e até mesmo para não fazer nada.”

Kwasnicka (1936, p. 167), define motivação como “uma das principais responsabilidades gerenciais. A influência gerencial sobre os subordinados exige liderança eficaz e uma contínua motivação da equipe. ”

O que as definições de Maximiano e Kwasnicka, têm em comum é o aspecto lógico mediante a definição de motivação, termo este fundamental na iniciativa do ser humano em criar algo e realizá-lo com o objetivo de desenvolvimento pessoal. A mobilização de energia explicita a iniciativa de construir e adquirir formas e técnicas para propor soluções e solucionar problemas. Já Chiavenatto (2002), aponta a motivação como algo de responsabilidade gerencial, onde o mesmo tem a obrigação em gerir pessoas de forma clara, objetiva e precisa para o alcance de objetivos finais.

Partindo das necessidades humanas e suas diversas teorias, Maslow propôs a teoria motivacional perfeita onde a mesma presume-se que as pessoas possuem um estado motivacional permanente, mas a sua natureza de motivação pode ser diferente de grupo para grupo ou de pessoa para pessoa, em determinadas situações.

Os indivíduos inseridos na organização devem ser estimulados e desenvolvidos com intuito de integrar os seus objetivos pessoais com os objetivos organizacionais, contribuindo para o aumento da produtividade e consequentemente a competitividade da indústria. Uma equipe motivada, reconhecida e desenvolvida produz conhecimentos necessários para que o gestor seja bem sucedido nas tomadas de decisões, tendo como ferramentas a de gestão a inteligência emocional e todos os seus benefícios.Com isso podemos afirmar que para a IE ser desenvolvida dentro de qualquer equipe a mesma necessita está motivada e ter como fonte de progresso uma liderança eficaz onde a valorização humana seja fator primordial na construção de uma gestão emocional cada vez mais eficiente e eficaz.

Liderança, uma habilidade gerencial para o estímulo do desenvolvimento da inteligência emocional

O tema liderança é de grande importância para o desenvolvimento organizacional, pois através dele mede-se o comportamento e as atitudes, mediante os problemas a serem solucionados em qualquer empresa. O líder deve trazer consigo características e estilos flexíveis para que o mesmo possa adequar às exigências do mercado e adquirir técnicas e métodos eficientes para lidar com as pessoas em cada organização e através disso saber gerir a emoção de cada ser.

Teixeira e Mink (2000, p. 7), define liderança como um “fenômeno tipicamente social, caracterizado pela influência interpessoal exercida numa determinada situação ou momento histórico por alguém competente para tal.”

Segundo Hunter (2006, p. 18), liderança é definida como “a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter”.

O que as definições de Teixeira/Mink e Hunter, assim como diversos autores contemporâneos possuem em comum, encontra-se na capacidade de que o líder tem em influenciar pessoas, a fim de alcançar resultados satisfatório para a empresa e gerar confiança aos colaboradores, para que os mesmos possam produzir e desenvolver cada vez mais técnicas de aperfeiçoamento do conhecimento.

Welch (apud SLATER, 1943. p, 2), diz que o líder deve “encontrar ideias ótimas, exagerá-las e espalhá-las como fogo pela empresa, com a velocidade da luz.”

Analisando esta afirmativa, pode-se perceber que o líder é agente de incentivo para qualquer equipe, pois o seu comportamento é reflexo da aprendizagem de cada colaborador, sabendo que a postura adotada para cada equipe poderá gerar também o desenvolvimento da inteligência emocional de cada indivíduo, pois a forma na qual agimos e gerimos as nossas emoções, retrata a realidade de cada gestão.

Para Caravantes (2005, p. 505), liderança é definida como “[...] um processo de influenciar dirigido para modelar o comportamento de outras pessoas [...]”.

Partindo da premissa que o líder é a peça fundamental de uma equipe, pode-se perceber que ambos os autores possuem uma visão semelhante no aspecto de influenciar e modelar as pessoas e gerir as suas emoções, fatores estes essenciais no desenvolvimento humano. O líder deve ser visto como objeto de reflexo e confiança para cada equipe, pois sua postura servirá de base para o desenvolvimento do capital intelectual da organização.

Considerações finais

O presente trabalho teve a necessidade de mostrar a importância que a inteligência emocional tem em contribuir na gestão de pessoas, iniciando na construção da inteligência emocional, suas competências, o processo da inteligência emocional e a gestão das emoções de cada ser humano, a motivação como chave propulsora no desenvolvimento de equipes e o líder tendo como ferramenta gerencial o estimulo do desenvolvimento para a inteligência emocional.

O desenvolvimento de cada ser humano nas organizações, é de responsabilidade de cada líder, pois sobrevive ao mercado cada vez mais competitivo aquele que consegue gerir suas emoções e propor soluções baseadas não somente em técnicas ou métodos e sim em ações comportamentais que possam permitir a cada gestor um diferencial competitivo para a organização. O desafio do gestor está na solução de diversos problemas, propondo soluções e melhorias para a organização, pois o ser humano deve ser gerido de forma humana e capacitada, não ferindo valores e nem princípios. O capital humano desenvolvido uma vez e tendo uma manutenção continua, o mesmo será ferramenta estratégica para o alcance dos objetivos e metas organizacionais.

A inteligência emocional é a capacidade de se automotivar e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante. Trazendo consigo cinco competências emocionais e sociais básicas: autopercepção, auto-regulamentação, motivação, empatia e habilidades sociais. 

Vale salientar que a Inteligência Emocional e a arte de gerir as suas emoções são fatores que diferenciam um profissional do outro, fazendo não só com que esse profissional desempenhe suas funções de forma a equilibrar ou gerir a sua a emoção com a razão. Saber que qualidade e produtividade implicam em assumir novos desafios e traçar novas metas e objetivos, onde atender as necessidades das partes interessadas, tendo o compromisso com os resultados, criar oportunidades para auto realização e cultivar as relações no ambiente de trabalho determinam o crescimento de uma organização.

A postura de cada líder, será fundamental para influenciar a vida das pessoas e como as emoções de cada liderado, será gerida pelos mesmos, mostrando assim resultados cada vez mais satisfatórios para as organizações e na vida de cada um.

Mediante isto o presente trabalho nos mostra que a inteligência emocional é fonte de influência interpessoal em cada ser humano, é através dela que emoções são geridas, comportamentos são mensurados e que a postura de cada líder será de extrema importância no desenvolvimento de cada liderado nas organizações. A inteligência emocional vem para somar as emoções dos indivíduos e permitir ao líder em contribuir no processo de gerir pessoas e construir elos cada vez mais desafiadores.

*Este artigo foi escrito para a Faculdade do Sul – FACSUL, mantida pela UNIC EDUCACIONAL LTDA. Seu título original é "A inteligência emocional: sua contribuição para a gestão de pessoas", escrito por Ernando Mangueira dos Santos Júnior.



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