Este artigo é o segundo de uma série de sete sobre Marketing Pessoal. No texto de abertura dessa série citamos um discurso do vice-presidente José Alencar. Simples, interessante e a plateia atenta o tempo todo. Em nossos cursos nos deparamos com pessoas que acreditam que falar bem significa “fazer um tour” pelo dicionário e usar palavras eruditas e rebuscadas em um discurso, roda social ou nos negócios. Engano total.
O mais importante é conhecer bem o perfil do público para o qual irá falar. Em uma reunião de negócios o vocabulário é um, no bar com os amigos é outro totalmente diferente. Aqueles que não conseguem diferenciar esses momentos não são bem quistos. Taxados de chatos e inconvenientes desmancham rapidamente os bate-papos.
Certa vez perguntaram a um pastor americano como conseguia falar de maneira tão organizada e interessante, e ele respondeu o seguinte: “Primeiro eu falo o que vou dizer, depois eu digo e para encerrar eu digo o que disse”.
O que ele fazia muito bem era estruturar as apresentações de maneira que tivessem começo, meio e fim. E um dos grandes diferenciais daquele homem era considerar que a maioria dos seus ouvintes era pessoas humildes. Por isso usava vocábulo simples, de fácil acesso a todos e utilizava exemplos da própria comunidade para ilustrar suas pregações.
No mercado de trabalho o cenário é exatamente o mesmo. Para sermos agradáveis e efetivos não devemos destoar dos outros. Mesmo os altos executivos de uma empresa não irão querer ouvir falas complexas de negócios durante uma festa, por exemplo. Em uma de minhas palestras alguém perguntou: “Mas, e se for a única oportunidade de abordar ‘aquele’ diretor? Não devo falar sobre meu currículo e pedir uma oportunidade?” A resposta para essas questões certamente é não.
Se for apresentado a ele, entre no ritmo da
conversa. E para isso é interessante que esteja sempre bem informado, pois conseguirá desenvolver o assunto. Seja alegre, extrovertido e certamente você será marcante.
Depois de conquistar o seu espaço, o assunto profissional poderá surgir naturalmente. Manifeste o interesse, mas de maneira sutil. Entregue um cartão seu e peça um dele dizendo que o procurará em um momento oportuno. Voltando ao tema da fala, nesses momentos todos estarão conversando informalmente e por isso mesmo não cabe nenhum “eruditismo”.
Ressalto que falar de maneira simples não é falar errado, e sim utilizar palavras adequadas à situação. O mais importante é se fazer entender. Isso significa enviar códigos (mensagens) que possam ser interpretados com facilidade. Somente assim haverá o “feedback”.
Já reparou que algumas pessoas fazem questão de conversar difícil? Preocupam-se muito mais em aparecer do que em passar a mensagem, e você já deve ter observado também a reação dos ouvintes diante dessas situações.
Não se esqueça de alguns cuidados na hora de se manifestar. Pensar bem no que vai dizer, falar com boa dicção, colocar emoção nas palavras e evitar vícios de linguagem são alguns deles.
Jamais interrompa a fala do interlocutor. Facilmente percebemos a bola fora neste sentido. Se a pessoa voltar ao assunto do mesmo ponto em que parou quando você começou o seu, pode ter certeza que houve a interrupção inoportuna.
Costumo dizer que a comunicação eficaz é a chave que abre as portas que dão acesso ao sucesso pessoal e profissional. Ao utilizar, por exemplo, a
metodologia coaching, você aprenderá a ter uma escuta atenta, trabalhando a escuta estruturada para entender o que está sendo dito e encaixar o que você deseja transmitir, sem parecer forçado.
Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade do autor identificado abaixo.