O conhecimento do valor pessoal é algo essencial para o alcance das suas metas. Muitas vezes, temos metas específicas, mas sem perceber, as mesmas estão voltadas diretamente para o modelo mental que outra pessoa, querendo ou não, construiu em nossa mente ao longo da vida, podendo ser um familiar, um grupo do qual somos parte, relacionamento amoroso...
Vamos usar como exemplo, aquele marido que hoje sem perceber trata os filhos como o pai o tratava na infância. O (a) adolescente que segue o objetivo de ser médico, devido a uma imposição do pai, mas que na sua essência, tem um desejo diferente para si mesmo.
Uma pergunta poderosa para si mesmo seria: quais são os meus valores?
Podemos dividir os valores 8 grandes grupos: Valores individuais, que se referem a certos aspectos profundos de nós mesmos. Valores espirituais que nos traz inspiração e elevação. Qualidades pessoais, aquilo que consideramos nossos pontos fortes. Valores referente a imagem, como você gosta que os outros o vejam. Os valores aos quais recorre como ajuda, da onde retira energia. Valores referentes ao estilo de vida, que respondem a pergunta: “Como viver melhor a minha vida”. Valores que conferem poder, que o fazem se sentir livre, dinâmico, forte e poderoso e valores referentes a atitudes, que são suas preferências quanto as atitudes básicas da vida cotidiana.
O moral e o imoral
Quando uma meta não está de acordo com nossos valores, parece que tentamos subir uma montanha (que representa uma meta) mas paramos no mesmo nível. Cansados, descemos, nos fortalecemos de alguma maneira e voltamos a escalar, mas paramos logo acima ou logo abaixo. Nos questionamos, porque não consigo? Eu pergunto: quais são seus reais valores? Será que a meta que está lá no pico desta montanha, realmente, é uma meta que está de acordo com os teus valores reais? Se estivesse e fosse uma meta que preencheria de energia todos os teus valores, será que você não subiria uma outra montanha (que representa uma meta) em muito menos tempo?
O autor Ernest Hemingway escreveu o livro: Morte à tarde. Numa passagem do livro ele traz a ideia de que "Moral é o que te faz bem depois de tê-lo feito, e imoral o que te faz sentir mal”. Quando temos uma meta totalmente alinhada com nossos valores, a perseguimos e concluímos com uma motivação sem limites, quando finalizada, a sensação de missão cumprida, realização e orgulho próprio é maior que qualquer barreira que possa aparecer no caminho. Se caímos, levantamos. Se erramos, tentamos novamente e melhor. Se ninguém acredita, nós acreditamos, pois, o cume da montanha (objetivo) é tão atrativo que o desafio tem um sabor especial, e lá de cima, um mundo novo é visto e este se torna nosso novo mundo.
Quando uma meta não está alinhada com nossos valores acabamos nos auto sabotando, como uma fuga da mente, gerando estados emocionais que acabam sendo mais fortes que nosso desejo de realização e somos assim imorais com a gente mesmo, criando comportamentos do qual não nos orgulhamos depois de certo tempo. E sabe porquê? Porque estamos tratando como uma atitude moral algo que no fundo, para nossos valores íntimos é imoral. Então acreditamos ser moral algo que na verdade não nos faz bem, ou que não está alinhado com aquilo que verdadeiramente alimenta nossa alma e pior, nos iludimos ao nos forçar acreditar que aquilo é o certo, por uma imposição externa desligada do interno.
Não devemos ser imorais com nós mesmos. Devemos conhecer e respeitar nossos valores e deixar que os mesmos nos guiem numa escalada sem limites de autodescoberta, realização e evolução, atingindo a meta e transformando cada um dos nossos dias numa oportunidade única de nos conhecermos e progredirmos cada vez mais.
E num determinado momento alguém questiona: eu sei quais são os meus valores, mas mesmo assim tenho muito medo, raiva ou julgo algo e geralmente crio imagens negativas de coisas, comportamentos, pessoas e de mim mesmo e acabo acreditando em tudo isso, será que pode ser uma crença que eu tenha e ela esteja me limitando? Respondo: Pode ser sim, e este é o tema de um próximo artigo denominado “A crença e o eu”.
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