No programa do dia 20/03 Sulivan França e Nélson Sartori falaram sobre os 5 erros que profissionais geniais podem cometer no trabalho. Apesar da genialidade existem situações em que o profissional deve ficar atento perante o ambiente corporativo. Nélson Sartori também dá a “Dica do Professor” falando sobre as diferenças entre o “há” e o “a”. Para finalizar o Master Coach Sulivan França lança perguntas no Minuto do Coaching.
Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching. Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. [SULIVAN] Bom dia, ouvinte Mundial. Eu sou o Sulivan França. Estamos aqui mais uma vez para o programa Acertar é Humano. Aqui do meu lado, o meu amigo Nélson. Bom dia, Nélson! [NÉLSON] Olá, minha gente! Olá, Sulivan. Bom dia! Bom dia a todo público da Mundial. Eu sou o professor Nélson Sartori. Estamos começando mais um programa Acertar é Humano. Hoje vamos falar sobre o erro. Mas já vai começar falando sobre erro? Não. Hoje vamos falar sobre os cinco erros que os profissionais mais geniais do mercado podem cometer e como isso pode comprometer o seu bom sucesso, o desenvolvimento do seu trabalho. Quem vai falar isso aí, quem vai dar a sua experiência profissional é o nosso amigo Sulivan França. [SULIVAN] É isso aí, Nélson. Vamos falar sobre esse drama. Por que muitas pessoas que são geniais acabam errando? Por que muitas pessoas extremamente capacitadas tecnicamente acabam falhando? [NÉLSON] Eu sei muito bem do que você está falando. Eu sei muito bem disso. [SULIVAN] [risos] Por que muitas pessoas que são consideradas gênios acabam falhando. Começamos a observar que nesses comportamentos específicos dessas pessoas geniais há cinco pontos que chamamos de os Cinco Erros que Profissionais Geniais Cometem no Trabalho e vamos falar sobre cada um deles. [SULIVAN] O primeiro deles é subestimar os outros. Um grande erro desses profissionais geniais muitas vezes é subestimar outras pessoas. É aquele cara que é muito esperto, aquele cara que é muito inteligente, aquele cara que é muito competente, mas o triste é quando ele acha que só ele é o esperto ou só ele é o competente. [NÉLSON] É o umbiguismo. Isso é complicado. Quando tomamos como autorreferencial de poder a nós mesmos, esquecemos o que está em nossa volta. [SULIVAN] Exatamente. Então esse primeiro ponto é subestimar os outros. O segundo é a falta de foco. A falta de foco é algo muito sério hoje nos profissionais. Muitas vezes é aquele sujeito que quer fazer tudo ao mesmo tempo e acaba não fazendo absolutamente nada. [NÉLSON] Uma grande quantidade de ideias às vezes acaba sendo um problema muito grave. Eu tenho mil ideias. Qual delas realmente é aquela que eu tenho maior afinidade? Atirar para todo lado é fácil, agora, acertar aquela que realmente bate com a minha competência, isso é um problema. [SULIVAN] É aquele ditado: menos é mais. A falta de foco tem afetado. Vamos falar de algo que ficou público e notório, foi manchete de diversas capas de revistas, manchete, tema de diversos programas de televisão, que é o nosso amigo Eike Batista. Seu amigo, né, Nelson? [NÉLSON] Sim. Muito amigo. Agora nem tanto porque a parte financeira dele diminuiu muito, então não somos mais tão amigos assim. [SULIVAN] Não está participando mais dos jogos de golfe. [NÉLSON] Dos eventos sociais que nós promovemos, ele não participa. [SULIVAN] Tá certo. Eike Batista foi um grande exemplo de falta de foco. Vamos falar um pouquinho dele nesse segundo erro que os profissionais cometem. O terceiro é a insubordinação. Por que os gênios normalmente são insubordinados. É o caso do Evaldo. É um gênio. [NÉLSON] Evaldo é insubordinado. [SULIVAN] [risos] [NÉLSON] É porque ele pertence à geração Y e nós somos da geração Z. [SULIVAN] Exatamente. [NÉLSON] É a nova geração. [SULIVAN] Legal você tocar nisso porque, se você observar, esses tópicos têm tudo a ver com o tema que trabalhamos semana passada com as gerações. [NÉLSON] Exatamente. As coisas se amarram. [SULIVAN] Exatamente. O quarto ponto, o quarto erro dos profissionais geniais e não dar importância para habilidades de relacionamento. [NÉLSON] É o isolamento. [SULIVAN] São pouco relacionais. Muitas vezes esses profissionais são tão focados no trabalho – e ao mesmo tempo têm falta de foco, que é um problema – e por outro ponto, ele esquece a parte relacional, seja no não trabalho, seja pessoal. Então não dar importância a habilidades relacionais também é algo extremamente complicado. E o quinto e último ponto é não aceitar o erro. Por que é tão difícil aceitar o erro? [NÉLSON] Não sei. Isso nunca aconteceu comigo. [SULIVAN] [risos] [NÉLSON] É verdade. [SULIVAN] Interessante isso, né, Nélson? [NÉLSON] Nunca aconteceu. [SULIVAN] Essa é uma experiência que você não tem, não pode compartilhar conosco. [NÉLSON] Vou aprender hoje aqui com o relato que você vai fazer porque eu não conheço, não faz parte do meu vocabulário. [SULIVAN] Perfeitamente. Então o primeiro ponto que nós colocamos lá foi subestimar os outros. O erro é subestimar. Muitas vezes quando um profissional genial em um cargo de liderança, um dos grandes erros é subestimar a própria equipe. Há aquele profissional que subestima a própria equipe e é o máximo. Eu vou contar uma frase interessante, que foi de um empresário amigo meu, que falou em um bate papo nosso. Daqui a pouco eu vou contar uma frase que ele comentou outro dia, que eu ri muito com a frase dele. É triste a frase que ele disse, mas acabamos por dar risada da frase. Esse é um grande desafio para o sujeito que subestima os outros, quando, do ponto de vista de líder, acaba subestimando a própria equipe. [NÉLSON] Até mesmo ele não é capaz nesse contexto de delegar, que é uma das coisas importantes do líder. Se eu não confio, como eu delego? [SULIVAN] Esse é um ponto crucial. Então muitas vezes ele não delega e não delega por não confiar na equipe e por subestimar a equipe. Isso é muito complicado para a organização porque muitas vezes ele perder talentos, Nélson. Há pessoas ali que são talentos na equipe dele e que ele acaba não valorizando, acaba não prestigiando essas pessoas por conta de subestimar a capacidade dessas próprias pessoas, achando que ele é o único capaz de desenvolver aquela determinada atividade. Por outro lado, você tem um líder não só centralizador mas um líder que, por subestimar os outros, faz com que muitas vezes ele acabe perdendo o foco das suas demandas, das atividades e acabe dando foco na atividade dos outros. Você vê que um erro vai impactando no outro: subestimar, gerando um problema aqui no segundo tópico, que é a falta de foco. [NÉLSON] É nessa hora que entra a importância do treinamento do líder, até para que ele saiba compreender os valores que estão ao seu lado e agregar isso a sua competência. A liderança natural é importante, só que o treinamento (e aí entra o trabalho da SLAC, que entra o trabalho de formação do profissional) é justamente para poder suprir essas deficiências. O treinamento é uma das coisas mais importantes para a boa formação de um líder. [SULIVAN] O processo de desenvolvimento desse sujeito quando líder, dentro de um processo de coaching, podem ser desenvolvidas essas competências de forma muito tranquila. Não estou dizendo que seja fácil, mas é um processo tranquilo de ser feito. [NÉLSON] É a ferramenta para isso. [SULIVAN] Exato. Isso quando do ponto de vista do líder. E quando do ponto de vista do empresário? Muitas pessoas esse ponto subestimar, quando do ponto de vista do empresário, ele acaba subestimando a própria concorrência. Quantos empresários já vimos subestimando a própria concorrência e, quando ele percebe, já foi? Eu já vi alguns empresários de dizerem assim: "Eu não tenho concorrência.". Isso é uma afirmação grosseira, o empresário que diz que não tem concorrência. [NÉLSON] É tudo que ele precisa para ganhar concorrência. Quando eu ouço isso, eu falo: "Opa! É esse que eu vou pegar.". [SULIVAN] Exatamente. Eu costumo dizer que esse é um dos maiores erros, o subestimar os outros, "eu não tenho concorrência", quando do ponto de vista do empresário, pode ser um ponto determinante, pode ser o princípio do fim. [NÉLSON] Mas é mesmo. [SULIVAN] Há até um próprio conceito do marketing que diz: concorrente é todo aquele com quem o meu cliente me compara. Não importa se ele é pequeninho ou é grande demais. Se o meu cliente me compara com ele, ele é sim meu concorrente. Cuidado líderes, cuidado empresários porque vocês podem ser geniais, mas subestimar os outros pode ser um princípio do fim ou do seu negócio ou da sua carreira. O segundo tópico que falamos, que é o segundo erro, qual é, Nélson? [NÉLSON] Falta de foco. Falta de um ponto, algo importante a ser conquistado. Ou seja, eu tenho de saber aquilo para que realmente eu me disponho, tenho competência e pretendo trabalhar. Ou seja, se eu atirar para todos os lados, posso acertar muito, mas é um jogo de sorte. Estamos falando de competência e não de sorte. [SULIVAN] A grande verdade é que temos o seguinte. Muitas vezes a crença desse sujeito brilhante é que ele é capaz de abraçar o mundo. Isso pode ser um perigo. Ele não é capaz de abraçar o mundo. Muita gente também tem um paradigma com a questão do foco, que é o seguinte. Muitas vezes eu ouço as pessoas dizerem assim: "Nossa! Eu não sei fazer uma coisa só.". Ninguém disse que ter foco é fazer uma coisa só. [NÉLSON] É dar atenção àquele ponto importante. [SULIVAN] Exatamente. Eu posso ter duas ou três atividades ao mesmo tempo, não tem problema, o que eu não posso é executar as três atividades ao mesmo tempo. Isso é a falta de foco. Já há aquela máxima, que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Então, quando eu tenho um foco, eu estou trabalhando com cada atividade em um momento diferente. Enquanto eu estiver trabalhando aquela atividade, eu estou extremamente focado naquela atividade. Eu falei que íamos entrar no caso do nosso... Do nosso não, do seu amigo. [NÉLSON] Meu amigo. [SULIVAN] O Eike Batista e a profusão das empresas dele, das Xs, que todos nós vimos. O Eike foi um grande exemplo de falta de foco. Você pega ele como empresário que tinha time de vôlei, tinha joalherias, tinha empresas de chip, petroleiras, mineradoras e tantas outras atividades, que, se não me engano, acumulava 16 atividades em um todo. Isso é uma falta de foco. Ele começa a atender uma demanda que é humanamente possível ele conseguir abraçar todo esse processo que ele está querendo implantar. O que aconteceu? Falta de foco, podemos dizer que acarretou no segundo erro, foi subestimar os outros, muitas vezes quem sabe até a equipe, o que acabou levando para o que levou. É inegável dizer que ele é um cara brilhante. [NÉLSON] Sim. Mas ele deixa de atender as necessidades porque falta a ele muitas vezes justamente um objetivo. Como eu vou ter vários objetivos ao mesmo tempo sendo focados no mesmo contexto sendo trabalhados? Cada hora eu tenho de trabalhar um ponto para que seja positivo trabalhar todos ao mesmo tempo. Primeiro, eu não supervisiono, eu não avalio, eu não verifico, aí eu acabo não tendo o feedback necessário para poder dar continuidade ao me trabalho. [SULIVAN] Isso do ponto de vista empresarial. Do ponto de vista do líder, o líder com falta de foco. Quantas vezes eu não vi dentro de organizações o líder se envolvendo em determinadas atividades que ele não tem de ser envolver? Isso tira o foco totalmente da atividade dele e vem justamente por conta do primeiro tópico. [NÉLSON] Ele subestima os outros, assume as funções e acaba... [SULIVAN] ...Perdendo o foco. [NÉLSON] E comprometendo também a sua performance. [SULIVAN] Toda uma estrutura. O terceiro grande erro dos profissionais geniais é a insubordinação. [NÉLSON] Olha a sua geração falando novamente. [SULIVAN] De novo estamos falando da geração. Um ponto importante. Muita gente fala: "Mas por que insubordinação?". A insubordinação nada mais é do que um fator comportamental. O sujeito tem tantos paradigmas, está tão acostumado a atingir resultados, ele tem tantos resultados brilhantes e ele sabe que é considerado brilhante, sabe que é considerado uma mente diferenciada, sabe que ele é considerado um ponto fora da curva que muitas vezes ele não dá crédito para ninguém que lhe diga alguma coisa e ele acaba sendo insubordinado. Então quem pode ir contra esse sujeito, quem pode dizer que ele está errado? Ele tem tantos paradigmas de excelentes resultados, de grandes conquistas que muitas vezes faz com que ele seja um péssimo ouvinte também. [NÉLSON] Ele se torna muito prepotente. [SULIVAN] Isso não tem a ver necessariamente com caráter. [NÉLSON] Não. É o resultado que ele conquistou da vida profissional dele, que agora se volta contra ele. [SULIVAN] E vai se manifestar em forma de insubordinação. Muitas vezes gera um profissional, como você disse, prepotente, gera um profissional que não ouve, não acredita muitas vezes em benchmark, não faz pesquisa de mercado e aí vem de novo a subestimar a sua própria concorrência e acaba se tornando, quando líder, insubordinado e, quando empresário, é aquele que foca tanto nos resultados dele que não acredita que existem fórmulas diferentes de alcançar outras coisas. [NÉLSON] Ele renova, ele não ouve, ele não recicla. Ou seja, ele, que é dessa geração moderna, contemporânea, acaba tendo uma atitude retrógrada, até por causa da postura que ele assume. [SULIVAN] Costumamos dizer uma coisa muito dentro do processo de coaching, você sabe disso, Nélson, que é aquela máxima: o que te trouxe aqui não te leva até amanhã. Você empresário que está nos ouvindo, você líder que está nos ouvindo, saiba: o que te trouxe até aqui, o que te fez ter sucesso até aqui não necessariamente vai te levar até amanhã. Talvez seja hora de inovar, talvez seja hora de fazer diferente, talvez seja hora de deixar de subestimar as pessoas que estão ao seu lado e muitas vezes ouvi-las, deixar a insubordinação de lado e verificar onde você pode melhorar, onde você pode fazer diferente do que você tem feito até agora. [NÉLSON] Apesar do jargão "o sucesso não é o primeiro passo, é uma caminhada que você tem de traçar". Isso exige de você preparo. A sua competência compreende o preparo, o treinamento e o trabalho com aqueles que estão a sua volta. Você não vai chegar sozinho porque também não chegou até esse ponto aqui sozinho. Por maior que tenha sido a sua competência, houve uma série de fatores concorrendo a seu favor e contra. Os contra vão continuar existindo sempre. [SULIVAN] E o quarto grande erro, Nélson? Qual é o grande quarto erro dos profissionais considerados geniais? É não dar importância para habilidades de relacionamento. [NÉLSON] Sim. É a autossuficiência. Aquele que convive comigo, aquele que está ao meu lado é visto como inferior e a minha relação com ele é de não ouvir, não existe afinidade, não existe afetividade, tudo aquilo que é necessário na convivência profissional também. [SULIVAN] Quando falamos de não dar importância para habilidades de relacionamento, é um grande equívoco acreditar que o conhecimento técnico ou uma formação diferenciada é suficiente. Muitas vezes esquece que nós não vivemos sós, nós precisamos de pessoas, temos pessoas ao nosso lado o tempo todo. E o bom relacionamento é extremamente importante. A habilidade de se relacionar com pessoas é algo fundamental. Falar desse tópico da importância de habilidades para relacionamento me traz uma lembrança. Em 2007, eu e um grupo de amigos fizemos uma pesquisa em algumas organizações que estávamos atendendo. Eram seis empresas ao todo na época. Nós trabalhamos com 30 executivos específicos. Desses 30 executivos, nós pegamos, dessas seis empresas, pessoas que tinham tido cargos de liderança, tinham histórico de cargo de liderança e que não tinham sido bem-sucedidas. Ele até podia ser líder, mas quem sabe ele já estivesse lá atrás um trauma ou alguma dificuldade de liderar pessoas. E nós começamos a observar. O mais curioso de tudo isso, que me remeteu a esse tópico, a importância para habilidade de relacionamento é que nós identificamos que 85% dessas 30 pessoas que trabalhamos tinha excelentes habilidades e competências técnicas. Tudo isso muito bem desenvolvido. E excelentes formações. Havia pessoas que, para se recolocar no mercado, eles tiravam alguma coisa do currículo para não assustar os contratantes muitas vezes. Só que todos eles tinham um histórico de fracasso perante uma equipe. [NÉLSON] Até mesmo talvez porque, nessa hora, o segundo ponto que nós falamos funcionasse ao contrário. Eles tinham foco... em si mesmos. [SULIVAN] Exatamente. [NÉLSON] Eles eram o centro da atenção. Resultado disso aí: ficaram isolados e os resultados eram cobrados dele, sendo que você toda uma equipe de trabalho que deve estar participando. [SULIVAN] E aí você tinha uma grande dificuldade com eles porque a capacidade de se relacionar com pessoas era mínima. Quando eles começaram a entender isso... Aí é um tópico que pode ser trabalhado também dentro do processo de coaching, cada vez mais vemos executivos trabalhando essa questão. Muitas vezes ele é um gênio, ele é brilhante (como o tópico do nosso programa diz), mas essa dificuldade em se relacionar com pessoas é algo que traz para ele uma grande dificuldade e que acaba impactando diretamente e negativamente no desempenhar das suas atividades, por mais que ele tenha excelentes formações e excelentes capacidades técnicas. [NÉLSON] E isso daí até mesmo na vida, não é só dentro do mundo dele, porque ele projeta isso daí dentro das suas relações, do foco do que ele quer para ele mesmo. Isso se estende para tudo, porque os comportamentos não são tão divididos, "eu sou uma pessoa aqui, sou outra pessoa fora do relacionamento". Não é assim. [SULIVAN] Perfeitamente. Aí impacta tanto do ponto de vista pessoal quanto do ponto de vista profissional. E o quinto grande erro desses profissionais considerados geniais é o não aceitar que errou. [NÉLSON] Eu não sei comentar a respeito disso porque me faltam subsídios para mim. [SULIVAN] Está certo, Nélson. Falar sobre erro não é o seu forte. [NÉLSON] Eu não sei. É uma coisa estranha. Mas vamos lá. [SULIVAN] Foi aqui que eu disse que eu ouvi a frase de um empresário uma vez em uma sessão de coaching. Se estiver ouvindo agora, ele vai até lembrar dessa situação. Eu brinco. Eu pedi autorização para ele para comentar essa fase e ele falou assim: "Pode falar.". Eu falei: "Vou contar o milagre, mas não vou contar o nome do santo.". Em uma sessão, ele olhou para mim e falou assim: "Eu não erro, porque, até quando eu erro, eu acabo acertando.". [NÉLSON] Mais uma vez o foco em si. Isso é interessante. [SULIVAN] Ele é um querido. Hoje é um grande amigo. Nós trabalhamos durante um ano em processos de coaching, ele desenvolveu uma série de competências, ele sabe do que eu estou falando, inclusive competências de relacionamento, que foi algo que ele trabalhou muito. Hoje, quando comentamos dessa frase, que foi uma frase marcante dentro de uma das nossas sessões de coaching, ele diz: "Nossa! Quanto eu era fechado dentro do meu mundo. Eu vivia o meu mundo, tinha excelentes resultados, mas não olhava para relacionamento, não olhava para as pessoas.". Então muitas vezes esse não acertar que errou é uma das grandes dificuldades dos profissionais geniais. Eles têm aquele paradigma de grandes resultados, de resultados brilhantes e assumir ou pelo menos pensar na possibilidade de estar errado para eles é um transtorno absurdo. É o caso do nosso amigo Nélson aqui, que não sabe falar sobre isso. [NÉLSON] Não. Não sei. Já me avaliou, que pelo menos eu fiz aqui o que é importante. O que se busca aqui? É a avaliação, se autoavaliar e fazer com que constantemente esse reconhecimento reflita sobre a sua conduta, sobre o seu trabalho. É uma postura a ser assumida e que muitas vezes precisa ser trabalhada. [SULIVAN] Perfeitamente. E lidar com o próprio erro, saber que errou, reconhecer o erro e verificar principalmente o que aprendeu com o próprio erro é uma das habilidades mais fundamentais e importantes para os profissionais. Então você que está nos ouvindo que um gênio, que é considerado uma mente brilhante no seu ambiente de trabalho, na sua atividade... [NÉLSON] ...Sim, sim. Estou ouvindo. [SULIVAN] É você, Nélson? [NÉLSON] Estou ouvindo. [SULIVAN] Tem um aqui do meu lado. Você que é esse gênio fique atento a esses cinco pontos, que são normalmente os grandes erros que profissionais brilhantes cometem. Recapitulando. Subestimar os outros, falta de foco, insubordinação, não dar importância para habilidades de relacionamento e não aceitar que errou. Esses são cinco erros que profissionais geniais cometem no trabalho. E agora, para completar o nosso programa ou parte do nosso programa, vamos entrar agora na Dica do Professor. [NÉLSON] Muito bem. Hoje vamos falar rapidinho sobre um erro. Já que estamos falando de erro, vamos falar do erro alheio. Um erro que é bastante comum de ser cometido, principalmente quando nos reportamos a relações de tempo. É muito comum a pessoa falar assim — Isso aconteceu há muitos anos atrás. Vejam, a nossa expressão já traduz a ideia de tempo. Quando você vai escrever, existe uma diferença básica. Toda vez que eu me reporto ao passado e digo "eu não vejo você há cinco anos", esse "há" que eu falo é do verbo "haver", tem o "a" com "h", acentuadinho, bonitinho. Quando eu me reporto ao futuro, eu digo "eu verei você daqui a cinco minutos". Quando a fala é representada, o som é o mesmo, não percebemos essa estrutura porque não existe diferença de grafia no som, mas isso gera uma redundância, principalmente quando eu digo "eu não vejo você há muito tempo", a própria construção já determina essa relação no passado. Quando você escreve então, a coisa se agrava porque está ali representada a expressão que indica passado, que é o verbo "haver", a colocação do "eu não vejo você há muito" ou "isso aconteceu há muito tempo atrás", esse "atrás" está levando mais uma vez por passado, que já foi representado. Então é importante termos consciência porque é uma forma de apresentação. Quando eu me reporto ao passado e vou reestabelecer relações de tempo, eu estou usando o verbo "haver". "Eu não vejo isso há muito tempo". Vou me reportar ao futuro. "Eu falarei com você daqui a cinco minutos". Esse "Azinho" tem "H" porque ele não está fazendo a mesma referência de resgate. Então ele só demonstra relação de tempo futuro. É importante lembrar isso principalmente quando você for escrever e, na fala, não ser redundante. É só isso. [SULIVAN] Perfeito. Está aí a Dica do Professor. [NÉLSON] Agora, com vocês, o nosso Minuto do Coaching, com o Sulivan França. [NÉLSON] Já que estamos falando de erros, vamos deixar as duas perguntas falando sobre erros. QUAL É O ERRO QUE VOCÊ PRECISA ADMITIR QUE COMETEU ESSA SEMANA PARA QUE, COM ESSA ADMISSÃO, VOCÊ SE APROXIME DA SUA META? E a segunda pergunta. O QUE AS PESSOAS ESTÃO NORMALMENTE DIZENDO SOBRE VOCÊ QUE VOCÊ AINDA NÃO QUER ACEITAR, MAS QUE, SE ACEITASSE, FARIA MUITA DIFERENÇA NA SUA VIDA? Fica para vocês pensarem ao longo dessa semana. Nos encontraremos na próxima quinta-feira, às sete da manhã. [NÉLSON] Grande abraço, Sulivan! [SULIVAN] Grande abraço, Nélson! Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.Programa Acertar é Humano (20/03/2014)
NÉLSON SARTORI e Suliva França
25 minutos e 14 segundos
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♪ [tema acertar é humano] ♪
CINCO ERROS QUE PROFISSIONAIS GENIAIS COMETEM NO TRABALHO
DICA DO PROFESSOR
♪ [tema acertar é humano] ♪
No Programa Acertar é Humano do dia 25/06 o professor Nélson Sartori comentou sobre “Acreditar em si mesmo para realizar algo”. Você sabia que o maior sabotador das suas conquistas é você mesmo? Autossabotagem é quando você coloca as próprias barreiras em volta de você. Ouça o Programa e saiba mais!
Neste Programa Acertar é Humano o professor Nélson Sartori abordou a questão do "Tempo" – Você conhece alguém que diga que tem muito tempo e que o tempo tem demorado a passar, que o dia a dia tem sido muito longo? Dificilmente. O tempo é a grande preocupação de todos. Todos temos a sensação de que o tempo tem passado cada vez mais rápido. Qual a justificativa da ciência sobre essa percepção?
Exemplos de como algumas ideias consideradas absurdas que se tornaram negócios de sucesso. Empreendedorismo, negócios, uma situação profissional diferenciada depende da sua ousadia, disposição e uma boa ideia. O professor Nélson Sartori aborda algumas ideias “estranhas” que deram muito certo como negócio.
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