No Programa Acertar é Humano do dia 29/05, o professor Nélson Sartori abordou o tema "Contexto", e como esse conjunto de circunstâncias é interpretado pelas pessoas. Conheça o contexto da verdadeira história de "Chapeuzinho Vermelho". E na "Dica do Professor" Nélson Sartori falou sobre o cuidade que se deve ter ao usar o pronome "seu". E para finalizar o professor deixa a pergunta do "Minuto do Coaching" para o ouvinte refletir.
Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching. Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. [NÉLSON] Bom dia, ouvintes. Aqui quem vos fala é o professor Nélson Sartori e
hoje com missão de fazer o trabalho sem o Sulivan. O nosso profissional coaching Sulivan França hoje está preso na cidade maravilhosa. Não
pode comparecer aqui. Então essa é uma missão muito difícil. É quase impossível
substituir o Sulivan, mas eu vou fazer um trabalho em cima desse novo contexto
e é justamente sobre isso que nós vamos falar hoje, sobre contexto. Contexto é o conjunto de circunstâncias da nossa
vida que interferem e de repente acabam trabalhando elementos que são
interpretados de maneira diferente pelas pessoas que estão ao nosso redor, no
nosso convívio. Há coisas que acontecem em nossas vidas e que interferem
diretamente em nosso trabalho, em nossa relação familiar e muitas vezes tudo é
uma questão de observação do que está à nossa volta, ou seja, interpretar esse
texto da nossa vida. Dentro de uma das partes do meu universo de
trabalho, que é a língua portuguesa, a interpretação de texto é a observação e
a visão daquilo que envolve a produção de qualquer tipo de informação. Um autor
quando produz um texto está submisso a todas as influências do seu exterior, ou
seja, humor, relações históricas, relações políticas de um país. Nós vivemos momentos bastante intensos, atualmente.
Nós temos Copa do Mundo, eleições, uma série de fatores que irão trabalhar
muito a nossa consciência todo esse tempo. Esses fatores vão sendo trabalhados
de duas maneiras, ou seja, um contexto natural e o mais importante, que é
aquele contexto imposto, aquele que muitas vezes nós nem percebemos que está
sendo implantado no nosso dia a dia e está servindo as pessoas. Isso aconteceu
durante toda a história do mundo, ou seja, as pessoas vão atribuindo valores às
coisas e vão reagindo em função disso. Antes de eu ficar aqui teorizando com vocês, vou
materializar, já que o nosso trabalho é o de tornar material isso tudo, ou
seja, com o trabalho do coaching nós
promovemos a sua contextualização para que você se veja dentro desse mundo, se
veja dentro da sua situação empresarial, da sua própria vida e possa tomar uma
decisão, atitude, traçar sua meta, justamente avaliando aquilo que está à sua
volta e tomando uma postura de ação. Isso já aconteceu muitas vezes e eu vou buscar uma
história antiga para poder mostrar o que é essa relação de contexto. É lógico
que é uma ilustração, mas vamos aproveitar. Como as pessoas dizem: “Quando o
gato sai de casa, os ratos fazem a festa”. Então hoje é meu dia de fazer a
festa e eu vou dar bastante ênfase a essa questão da linguagem e da
comunicação. Eu vou pegar um exemplo para vocês de como o
contexto influência em nossa vida desde que nós somos criancinhas. Vou passar
para vocês um contexto básico que é aquele que acontece dentro de histórias
infantis. Quais de nós não vivemos nossas vidas influenciados por histórias
infantis. Nas histórias infantis que existem por aí a mais forte, que mais
influenciou na vida das pessoas, foi a história da Chapeuzinho Vermelho. É uma
história simples, pequeninha, básica. É a história de uma menininha que faz
aniversário e ganha da mãe um chepeuzinho vermelho e uma responsabilidade, que
é levar doces para a avó que está doente e mora no meio da floresta sozinha. A
menina é aconselhada a ir pelo caminho mais longo, vai pelo mais curto porque lá
tem o lobo mal e ela não deveria ir, mas ela vai, encontra o lobo, o lobo quer
comer os doces, ela diz que não, foge para o caminho mais longo. O lobo vai
para a casa da vovó, devora a velha, espera a menina, devora a menina também. A
desgraça normal, porque ela grita, o caçador vem, abre a barriga do lobo depois
que ele devora as duas, tira as duas vivas lá de dentro, enche a barriga de
pedra. Moral da história, não deu ouvidos a mamãe e quase que se ferra e leva a
vovó junto com ela. Eu sou especialista nessa história. Tenho três
filhos, contei muitas vezes essa história para eles. Mas a questão é que veja
como se torna automática e muitas vezes nós não percebemos uma série de
informações que estão ali presentes. Vamos analisar. Vou mostrar para vocês uma
mostra do que é análise psicosemiológica dentro de um elemento de contexto.
Vamos começar a perceber alguns fatores que são, por exemplo, a Chapeuzinho
Vermelho. Qual a cor do chapeuzinho vermelho da Chapeuzinho Vermelho? Você vai
me responder é vermelho. E é importante ser vermelho? Lógico que é, faz parte do
título. Então eu faço uma segunda pergunta. Chapeuzinho
Vermelho usa um chapeuzinho vermelho? Aí você vai falar rapidamente, usa, mas
você vai lembrar bem que ela não usa um chapeuzinho vermelho. Ela usa um capuz
e uma capa. Agora por que nós chamamos de chapeuzinho vermelho? Vejam, capuz e
capa, são roupas apropriadas para um ambiente mais úmido, o que acontece na
Europa, onde a história surgiu há alguns séculos com os Irmãos Grimm, antes com
Perrault, trabalhando esse tipo de contexto, depois com os Irmãos Grimm. Dentro
daquele universo inglês britânico, na própria Alemanha, você tem um clima
úmido, de neblina, então as pessoas usam capa e capuz como é o que se vê com a
menininha usando. Quando chega aqui no Brasil, nós temos um clima
tropical. Como é que eu vou falar para a criança que ela vai usar uma capa.
Então eu vou contar para você a história da “Capuzinho Vermelho”. Aqui no Brasil
quem usa capuz é assassino, então ela já vai querer confundir tudo. Não é
capuz. Então vamos usar a capa pequena. Diminutivo de capa aqui no Brasil é
capeta. Se eu contar a história da “Capetinha Vermelha” a criançada já não
dorme à noite. Nós fizemos uma adaptação contextual. Eu trago para
o Brasil, para o nosso clima, um clima de sol, o que se usa para proteção? Um chapéu.
Pronto. Chapeuzinho Vermelho. Então essa menina usa um chapeuzinho vermelho. Agora eu vou somar todas essas informações. Vamos
juntar toda a estrutura dessa história e vamos tentar fazer uma análise em cima
desse contexto. Chapeuzinho Vermelho faz aniversário, ganha da mãe um chapéu,
que não é um chapéu, porque é vermelho, que chega no aniversário dela junto a
responsabilidade de levar os doces para a vovó. Em que momento da vida de uma
menina, já que se trata de uma menina, a cor vermelha se apresenta de forma
significativa representando uma mudança por completo nela, já que a capa cobre
o corpo dela todo e traz a ela uma nova responsabilidade. Se você for observar, normalmente nós imaginamos a
Chapeuzinho Vermelho com uma criança de 6, 7, 8, 9, 10 aninhos. Mas se nós
fossemos entender que essa cor vermelha representa na verdade a chegada da
maturidade da menina, ou seja, o símbolo da menstruação, dela se tornando
mulher, a idade dela seria um pouquinho maior. Vamos continuando. Pare um pouquinho e pense na
mãe. A mãe de Chapeuzinho Vermelho. Você teria coragem de deixar sua mãe
sozinha no meio da floresta, onde vivem lobos e ao mesmo tempo ao invés de ir
visita-la quando ela fica doente, você manda a sua filha. Vejam só. Sua mãe é
velha, está doente, mora sozinha no meio da floresta, você ao invés de visitar,
manda a sua filha e ao invés de mandar comida saudável você manda doce. O que
você tem contra a sua mãe? Deve ter alguma coisa naquele território onde ela
mora, talvez vão construir um shopping
center e você quer dar cabo da mãe e da própria filha, porque é uma
história bastante bizarra, se nós pensarmos nesse contexto. Independente de qualquer coisa, o único conselho
que a menina dá realmente de valor, que a mãe dá de valor para a menina, para
que ela pegue o caminho mais longo e não o caminho mais curto, porque o caminho
mais curto tem o Lobo Mau. A menina toma atitude contrária àquela que a mãe
propôs. Isso não é uma atitude típica de uma menina de 8, 9, 10 anos e sim uma
atitude de adolescente, que faz jus a primeira parte da análise, ou seja, essa
menina desafia a mãe e vai justamente fazer o oposto do que ela está fazendo.
Vejam que é um novo contexto na vida da menina. O que a leva para esse caminho mais curto? Você
pode falar que ela está com pressa, mas com pressa de que, de chegar a algum
lugar? Ela está curiosa. Curiosa em relação ao perigo. E o que representa o
perigo? O Lobo Mau. Pergunto. O que o Lobo Mau quer fazer com a
Chapeuzinho Vermelho no meio do caminho? Ele quer comer os doces. Como é que a
Chapeuzinho Vermelho sabe que ele quer comer os doces? Porque eles conversam. O
Lobo Mau pergunta o que ela leva. Ela responde que leva os doces para a vovó. Agora eu pergunto a vocês. Lobo fala? Fica de pé?
Come doces? Dialoga com criança? Não. Esse lobo aparenta ser um lobo? Não
aparenta. As atitudes dele lembram as atitudes de um homem. E agora, mais novo
ou mais velho que ela? Mais velho. As atitudes dele são de um homem mais velho.
Não seria isso talvez que tivesse despertado a curiosidade da menina? E ela vai
até lá. Agora outra pergunta. Essa menina entrega ao lobo o
que ele quer? O Lobo Mau quer comer o doce da Chapeuzinho Vermelho. E
Chapeuzinho Vermelho não dá o doce. Pergunto mais uma vez. Se chapéu não é chapéu, se o
vermelho é mais do que vermelho, se o lobo não é lobo, será que o doce é doce?
Lembrem, o lobo quer comer o doce da Chapeuzinho Vermelho, sem levar em
consideração que o verbo comer tem mais de um significado. O próprio verbo
comer pode ter um significado sexual. Nós sabemos disso. Não vamos ficar
enrolando muito para chegar nesse contexto. Se é uma proposta sexual, pergunto.
É por isso que Chapeuzinho Vermelho não sede a Lobo Mau? Sim. Nessa hora ela
foge do caminho. Ela vai para o caminho mais longo. Lembram que a mãe tinha
dito do caminho mais longo. Qual a razão de a Chapeuzinho Vermelho ter ido? Ela
ficou com medo do Lobo Mau, com certeza. Ela tinha curiosidade, mas tinha medo.
O medo a leva a lembrar do conselho que a mãe deu, para ela pegar o caminho
mais longo. E o Lobo Mau desiste? Desiste nada. O Lobo Mau não desiste porque
não é papel do homem desistir quando uma mulher diz não. Se quando a mulher diz
não o homem desiste, a humanidade acaba. Porque o papel do homem é insistir.
Ele vai atrás buscando um outro caminho. O Lobo Mau vai para casa da vovó. Será que a
Chapeuzinho Vermelho orientou direitinho como seria a chegada na casa da vovó?
Não. Então como é que o lobo sabe onde a vovó mora? Será que a vovó sabe que
onde ela mora tem lobo mau? Sim, ela mora na floresta. O Lobo Mau mora na
floresta. Se a vovó sabe que na floresta tem lobo mau, certamente o Lobo Mau
sabe que na floresta tem vovó. Então ali não há segredos. Ela vai até a casa da vovó. Chegando lá ele bate à
porta e imita a Chapeuzinho Vermelho. Vejam, o Lobo Mau que bate à porta, que
fala, lembrem-se que esse lobo nunca tem atitude de lobo. Ele bate à porta, a
vovó simplesmente abre a porta. A vovó é ingênua, tola, ela não sabe que existe
lobo mau, ela não conhece lobo mau? Lógico que conhece. Afinal de contas ela
não está ali à toa. A vovó conhece o lobo há muito tempo. E por que a vovó abre a porta? Porque ela não tem
medo de lobo. Ela sabe quais são os riscos que existe se o lobo a encontrar. O
lobo pode comer a vovó. Ela não tem medo disso. Então ela a abre a porta. O
lobo come a vovó. Algum trauma em relação ao lobo comer a vovó? Nunca. Ninguém.
Feliz da vovó. Chega a Chapeuzinho Vermelho. Perceberam que
Chapeuzinho Vermelho chegou pelo caminho mais longo onde estava o lobo.
Lembrem, o lobo foi pelo caminho mais curto da floresta. Chapeuzinho Vermelho
mudou, foi pelo caminho mais longo. Vamos tentar lembrar o que foi que a mãe
falou. Para ela pegar o caminho mais longo, que era mais seguro e não o caminho
mais curto. O que ela disse foi: “Pois é, minha filha, lobo mau
existe. Ele vai estar no nosso caminho. Você pode simplesmente procurá-lo muito
rápido ou então esperar o momento certo”. Não é esse o conselho que a mãe dá a
filha? Ela num primeiro momento não ouve, mas na hora H muitas acabam caindo
com o bom juízo e indo para o caminho que ela quer. Muito bem. Lá vai Chapeuzinho Vermelho para a casa
da vovó. Quando ela chega na casa da vovó bate à porta. Você já viu neto bater
à porta da casa da avó quando chega? Acho que duas portas nunca estão fechadas
na casa da vovó, a da própria casa e a da geladeira. Isso daí está sempre
aberto para o neto o tempo inteiro. Vamos dizer que Chapeuzinho Vermelho seja uma
menina educadinha. Ela bate à porta. O lobo mais uma vez usa sua habilidade,
não o lobo, ele simplesmente finge que é a vovó e manda ela entrar. Chapeuzinho
Vermelho entra e encontra o lobo na cama. Pergunto a vocês. Chapeuzinho Vermelho era míope?
Tinha algum tipo de debilidade mental? Não. É como uma neta confundir a avó com
um lobo. Por mais feia e peluda que a avó fosse. Será que Chapeuzinho Vermelho
desconfia de algo? Desconfia. Ela começa a fazer perguntas. Ela pergunta: “Que
olhos grandes são esses?”. Ele fala: “São para te ver melhor”. Fala assim: “Que
nariz grande é esse?”. “É para te cheirar melhor?”. “Que orelhas grandes são
essas?”. “São para te ouvir melhor”. Pessoal, isso daí são perguntas que se faça a uma
avó? Pergunta estranha. Percebam que existe um jogo de sensualidade dentro
dessa brincadeira, dentro da pergunta que a Chapeuzinho Vermelho faz e o Lobo
Mau responde você percebe que ele diz o seguinte: “Eu quero te deixar, eu quero
te ouvir, eu quero te ver”. Existe todo um jogo de sentido nesse contexto. Mas Chapeuzinho não esmorece. Ela continua,
continua com esse joguinho. Vejam que jogo malandro a Chapeuzinho Vermelho faz.
Ela continua com essa brincadeira até a hora que ela fala da boca do lobo. Ela
diz que a boca do lobo é grande. Resposta dele: “A boca é para te comer”. Muito bem. Nós já vimos que chapéu não é chapéu,
vermelho não é vermelho, lobo não é lobo. Agora, será que boca não é boca? Eu
não vou entrar na questão para ficar perguntando o que será que a Chapeuzinho
Vermelho falou para o Lobo Mau naquele momento, mas é o momento em que o lobo
ataca. Ele vai para cima. Vai para cima com tudo. Ela aceita aquilo que está
acontecendo? Não. Ela grita. O lobo não desiste. A investida do lobo continua.
O lobo vai mais uma vez para cima dela e ela grita. Pergunto. Por que ela
grita? Será que ela está com medo? Será que ela quer chamar a atenção? Ou será
porque tem alguma coisa doendo? O que será que está doendo? Vejam. Imagine se todas as insinuações que nós
fizemos nos conduz a um contexto sexual, por que será que essa menina está
gritando? Nós estamos falando que está havendo um ato sexual dentro desse
contexto, mas será que ele é recíproco, ou seja, que existe aceitação das duas
partes? Não por parte de Chapeuzinho Vermelho. Então nós percebemos que o que
está acontecendo é na verdade uma violência sexual. Chapeuzinho Vermelho está
sendo estuprada, por isso ela grita. Os gritos chamam a atenção de um caçador que passa
por perto. Ele entra na casa, mas só depois do ato ser consumado. Quando ele
entra, não pode mais reverter a situação. Ele simplesmente vai lá e abre a
barriga do lobo. Quando ele abre a barriga do lobo, a duas saem de lá mortas?
Não. Chapeuzinho Vermelho saí viva e a vovó também saí viva. Em que momento da vida um ser saí da barriga de
outro vivo? No momento do nascimento. Chapeuzinho Vermelho está nascendo? Não
está nascendo. Ela está renascendo. Veja que Chapeuzinho Vermelho passa por
duas fases. A primeira fase é quando ela ganha a sua roupinha vermelha, quando
ela se torna de menina para mocinha. Virou mocinha. Agora vem uma segunda fase.
O que aquela vermelhidão diz para a Chapeuzinho Vermelho? Quando a menstruação
vem para a menina ela diz o seguinte: “Você já está com o organismo maduro para
ser mãe”. Mas não a cabecinha madura ainda. Ela precisa de experiência na vida.
Agora ela aprende a ser mulher. Então ela renasce,
de menina ela renasce mulher. E a vovó que vinha atrás, era virgem também?
Porque Chapeuzinho grita porque foi violentada e foi violentada sendo que isso
nunca tinha acontecido antes, logo ela grita e chora porque está sendo
violentada e porque está perdendo a virgindade. Mas a vovó não era virgem. Então porque a vovó
renasce? Por uma razão bem simples, sexo é vida. Enquanto nós tivermos a nossa
função sexual na nossa vida, nós ainda estamos biologicamente ativos. Então
esse é o contexto que vai se desenrolar. Vamos fechar essa história. Quem é o lenhador? O
caçador, seja lá quem for aquele que vem acudir quando a menina grita. Pensa
comigo um pouquinho. Quem é aquele que chega quando o fato está consumado, só
fica sabendo quando o fato está consumado e tem de administrar tudo o que está
acontecendo? Esse é o pai dela. Adianta matar o Lobo Mau? Adianta nada. Porque
deve ser difícil quando ele ver a Chapeuzinho Vermelho saindo lá de dentro, a
própria filha, mas logo atrás vem a vovó. A avó não é a mãe dos pais. Então
quem é aquele velhinha que vai saindo? É a mãe dele. Ele pensa que se está vivo
hoje foi porque um dia meu pai foi lobo e a minha mãe foi Chapeuzinho Vermelho.
Se a minha filha hoje está vida é porque um dia eu fui lobo e a minha esposa
foi Chapeuzinho Vermelho. Alguma coisa fora do padrão de a minha filha se
tornar fora do padrão, de a minha filha se tornar Chapeuzinho Vermelho e
encontrar o lobo? Não. Está dentro da normalidade. Mas isso não significa que o
lobo simplesmente vai sair dessa impune. Você fez o que fez lobo, só que agora
é hora de carregar o peso da responsabilidade disso tudo. É por isso que o
caçador enche a barriga do lobo de pedras e costura em seguida, ou seja, já que
você fez a responsabilidade toda é sua. Já tinha ouvido essa versão da história? Essa é a
versão real. Mas como ela é fantasiada da maneira que nós vimos? Por uma razão
bem simples, imagine como era a primeira noite das moças aí há alguns séculos.
Será que as meninas se casavam com qual idade? Se casavam com 12, 13 anos.
Assim se tornavam mocinhas, assim que menstruassem. Nesse contexto como que elas iriam conhecer o
marido? Será que a mãe explicava direitinho o que aconteceria na noite de
núpcias? Logicamente que não. Então essa menininha conheceu o sexo na hora.
Será que o homem naquela época era gentil, delicado e sensível a ponto de ter
paciência com a menina? Lógico que não. Imagine essa menina assustada com 12 anos e homem
muito mais velho que ela vindo para cima e invadindo o corpo dela. Será que
aquilo ela aceitava pacificamente? Lógico que não. Ela tentaria lutar contra
aquilo. E o que o homem faria naquele momento? Forçaria até conseguir o que ele
quisesse, ou seja, na verdade ela seria estuprada na noite de núpcias. Lua de
mel é um eufemismo, uma forma bonita de apresentar o que a realidade construía. Então vejam só o que os Irmãos Grimm fizeram nesse
contexto. Eles apresentaram para as meninas, já que essa é uma história feita
para menina, uma espécie de estrutura subliminar, uma informação que ficaria
implantada na mente dessas meninas para que quando elas tivessem que passar por
essa experiência traumática, já que todas passariam praticamente por essa experiência,
aquilo não fosse algo inédito em suas vidas, mas sim um fato que elas já
tivessem pelo menos dentro de uma historinha vivenciado. Então entendam o que é contexto. Essa foi uma
história feita dentro de um contexto do passado em que a vida sexual das meninas
era muito complexa, muito difícil. Eles tentaram oferecer a elas simplesmente
alguma coisa para poder sustentá-la. Vale a pena nós conhecermos um pouquinho
sobre essa história e perceber como é possível nós desvendarmos todo um
contexto e encaminhar os resultados de uma estrutura através do processo que
foi feito de perguntas, buscando respostas que solucionem essa estrutura que é
na verdade o trabalho que nós fazemos dentro da postura coaching, ou seja, questionamento para que você se oriente e desenvolva
ferramentas para que você construa o seu próprio contexto. Essa foi a nossa
apresentação de hoje sobre o que é contexto. E para não deixar barato, eu vou falar para vocês
um pouquinho sobre uma outra estrutura de contexto no nosso momento do professor,
ou seja, quando nós falamos da dica do professor. Eu vou falar sobre um elemento que traz muito
problema no contexto que é o pronome possessivo, o seu. Essa palavrinha traz uma expressão muito forte
dentro do contexto e acaba gerando ambiguidade, porque muitas vez nós não
percebemos bem o que estamos falando. Imagine que eu dissesse o seguinte: — O professor pediu para o aluno levar seu livro à
biblioteca. Dependendo de quem está ouvindo isso daí, ele vai
pensar de quem é o livro. Do professor. Outro vai falar que não, o livro é do
aluno. Perceba que quando eu digo: — O professor pediu para o aluno levar seu livro a
biblioteca. Esse “seu” não determina se o livro é do professor
e do aluno. Isso é um dos aspectos muito comuns em nossa fala e nós erramos
bastante. Para que você pense nisso, lembre-se. Não use o
pronome “seu” sem você perceber em que você está construindo para não dar
ambiguidade. O melhor seria você dizer simplesmente que: — O livro do professor foi entregue pelo aluno à
biblioteca a pedido do primeiro. Pronto. Já sabemos quem pediu e quem entregou e nós
evitamos a ambiguidade. Então cuidado com o seu trabalho dentro dessa
estrutura. E eu vou fazer a vez do Sulivan, finalizando tudo
isso com o Minuto do Coaching, deixando
para vocês uma pergunta bem simples: O QUE VOCÊ TEM FEITO PARA MUDAR O CONTEXTO
DA SUA VIDA PARA QUE ELE SE TORNE POSITIVO E TRAGA OS RESULTADOS QUE VOCÊ
REALMENTE ESPERA ATINGIR? Eu sou o professor Nélson Sartori e deixo a vocês o
nosso site, que é o site do programa acertarehumano.com.br e o meu site
sartoriprofessores.com.br. Um grande abraço a todos e até semana que vem. Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.Programa Acertar é Humano (29/05/2014)
Nélson Sartori e Sulivan França
26 minutos e 07 segundos
... ➔ pausa ou interrupção do discurso
[...] ➔ palavra/trecho incompreensível
[comentário] ➔ comentários do transcritor
♪ [tema acertar é humano] ♪
CONTEXTO
DICA DO PROFESSOR
MINUTO DO COACHING
♪ [tema acertar é humano] ♪
No Programa Acertar é Humano do dia 25/06 o professor Nélson Sartori comentou sobre “Acreditar em si mesmo para realizar algo”. Você sabia que o maior sabotador das suas conquistas é você mesmo? Autossabotagem é quando você coloca as próprias barreiras em volta de você. Ouça o Programa e saiba mais!
Neste Programa Acertar é Humano o professor Nélson Sartori abordou a questão do "Tempo" – Você conhece alguém que diga que tem muito tempo e que o tempo tem demorado a passar, que o dia a dia tem sido muito longo? Dificilmente. O tempo é a grande preocupação de todos. Todos temos a sensação de que o tempo tem passado cada vez mais rápido. Qual a justificativa da ciência sobre essa percepção?
Exemplos de como algumas ideias consideradas absurdas que se tornaram negócios de sucesso. Empreendedorismo, negócios, uma situação profissional diferenciada depende da sua ousadia, disposição e uma boa ideia. O professor Nélson Sartori aborda algumas ideias “estranhas” que deram muito certo como negócio.
De segunda a sexta
9:00 - 18:00
0800 885 5604
info@slacoaching.org
Conteúdo Registrado ®
Todos os Direitos Reservados
Cópia Proibida.
Curso
Entraremos em contato!
Faltou alguma informação?
Convidar amigo para o curso
Curso