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PROGRAMA ACERTAR É HUMANO

#030

No Programa do dia 02/10, o apresentador Nélson Sartori bateu um papo com a Master coach Tália Jaoui que também é apresentadora do programa Conexão Comportamento pela TV UOL. Tália falou sobre sua experiência como formadora de novos coaches e como apresentadora. Na “Dica do Professor” Nélson Sartori explicou de onde surgiu o termo “rodar a baiana”.

030 - Programa Acertar é Humano: de 02/10/2014

Programa Acertar é Humano (02/10/2014)

Nélson Sartori

Tempo de áudio
25 minutos e 07 segundos
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♪ [tema acertar é humano] ♪

Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching.

Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori.

[NÉLSON] Bom dia, ouvinte Mundial. Aqui quem fala com vocês é o professor Nélson Sartori em mais uma edição do nosso Programa Acertar é Humano.

Hoje, mais uma vez, estamos com um desfalque aqui, com o Sulivan. O Sulivan e os seus programas mirabolantes. Hoje ele não veio, mas mandou uma representante digna para fazer a entrevista conosco, que é a Tália Jaoui. E aí Tália? Bom dia!

[TÁLIA] E aí, Nélson? Bom dia!

[NÉLSON] Bom dia.

[TÁLIA] Ele faltou por uma boa causa: foi o aniversário dele ontem. Parabéns, Sulivan!

[NÉLSON] É verdade. Ontem foi o aniversário do Sulivan. 58 anos. Que coisa fantástica. Só de rádio 42 anos.

[TÁLIA] Sim, com certeza.

[NÉLSON] Quando ele começou, ele era uma criança aqui, não é mesmo? Quando ele começou, ele ainda tinha todos os cabelos. Faz muito tempo.

[TÁLIA] Muito tempo.

[NÉLSON] Parabéns, Sulivan! Um grande abraço nosso aqui e de todos os ouvintes.

E hoje nós trouxemos aqui a Tália para poder falar um pouquinho, já que ela é filha do Sulivan.

[TÁLIA] Nossa, é verdade. Agora eu gostei.

Você sabia que ele me chama de jovem senhora. Eu quero matar ele.

[NÉLSON] Mas é uma jovem senhora. É verdade.

Como filha do Sulivan, ela veio da formação da SLAC. Foi lá que começou.

Fale um pouquinho como foi o início da sua carreira, você que é uma coaching profissional. Diga para nós como foi.

A NOSSA PROFISSIONAL DE HOJE

[TÁLIA] Eu sou filha da SLAC. Sim, já são dez anos de uma carreira que começou muito humilde, mas agora está bem promissora. Ainda bem.

[NÉLSON] Hoje nada humilde. Esse é o meu sonho: deixar de ser humilde.

[TÁLIA] Hoje nada humilde.

[NÉLSON] É uma coisa fabulosa.

[TÁLIA] Começou de uma forma bem modesta mesmo, aprendendo. Porque você sabe, Nélson. Você é coaching, você sabe do que eu estou falando.

O processo de coaching para um coach acontece por meio da experiência, por meio de sessões e sessão. Assim você adquire o know-how para chegar e falar assim: "Agora eu tenho uma empresa. Agora eu posso contratar pessoas. Agora eu posso comandar pessoas.".

E tudo começou, realmente, com os cursos da SLAC, onde eu conheci essa figura que é o Sulivan.

[NÉLSON] Grande figura.

[TÁLIA] Passei por todo o processo. Eu fiz primeiro o Professional Coach Certification, depois o Executive, fiz o Leader, fiz o Master, fiz o MBA.

[NÉLSON] Hoje você tem uma função importante ali dentro, de destaque.

[TÁLIA] É uma função que eu espero atender as expectativas. Eu sou treinadora. Hoje em dia eu formo pessoas que querem ser coach, que querem seguir com essa profissão. E ao mesmo tempo querendo formar massa crítica. Ajudando o Sulivan nessa missão (porque é uma missão).

[NÉLSON] É uma missão.

[TÁLIA] Porque hoje em dia todo mundo é coaching, né, Nélson?

[NÉLSON] É verdade. Hoje em dia todo mundo pensa que é coach.

[TÁLIA] Todo mundo é coaching.

[NÉLSON] A pessoa fala assim: "Eu vou dar conselho sobre a minha experiência profissional.". Pronto, ele já se intitula coaching e sai fazendo barbaridades por aí em nome de coaching.

[TÁLIA] Exatamente. E nós vemos spiritual coaching. Um outro dia eu vi coaching de Feng Shui.

[NÉLSON] Ah sim! Coaching de Feng Shui.

[TÁLIA] Aí eu falei: "Como é que deve ser coaching de Feng Shui?". A pessoa chega e fala assim, pergunta: “Onde você acha que deve ser?".

[NÉLSON] Se você fosse colocar um vaso de água para energizar tudo, onde você colocaria?

[TÁLIA] A zona da amizade na sua casa, onde seria?

[NÉLSON] Tem de tudo. Veja só. E até mesmo por causa do sucesso do que é o trabalho de coaching nós percebemos isso. Às vezes as pessoas tentam a ir ali, um pouco no rastro desse sucesso e acabam pervertendo. É um serviço muito sério, de muita responsabilidade e que exige o trabalho profissional. Mas fale mais sobre você, a nossa profissional de hoje.

[TÁLIA] É uma palavrinha que vende, viu, Nélson?

[NÉLSON] É. Tem isso.

[TÁLIA] Eu chamo o Nélson de Nérson. Sabe por quê? Porque ele é professor.

[NÉLSON] Então somos agora. Aqui só são professores. Eu, você e o Sulivan.

[TÁLIA] Mas você é de Português. Deve ser muito duro para você ouvir determinadas coisas. Eu acho que o seu ouvido deve doer.

[NÉLSON] Ele é treinado pela dor.

[TÁLIA] "Pra mim fazê.".

[NÉLSON] Tem de tudo.

[TÁLIA] "Quando você vai VIM para esses lados?". Eu fico imaginando.

[NÉLSON] "Tem" muita coisa linda assim.

Quando entra em uma parte de comunicação, você está se comunicando com as pessoas, isso daí é bonito, é a nossa língua. O problema é que as pessoas transportam isso para um ambiente que não pode, que não deve.

Então você vê hoje em dia, em debates políticos, a pessoa se apresentando dentro de uma estrutura, de uma competência fantástica, mas não se preocupa com alguns aspectos dessa competência, como a comunicação, que é uma das ferramentas importantes que nós temos no coaching.

[TÁLIA] Com certeza.

[NÉLSON] No trabalho da comunicação, como você conquista as coisas através de uma comunicação ineficiente?

[TÁLIA] Exatamente. E coaching falando: "Para MIM fazer". Não vai rolar na vida dele.

[NÉLSON] Você é uma comunicadora também, não é, Tália? Fale para nós sobre isso aí.

[TÁLIA] Eu sou uma comunicadora. Eu tenho um programa na TV Geração Z.

[NÉLSON] Você faz programas?

[TÁLIA] Eu sou garota de programa.

[NÉLSON] Fantástico.

[TÁLIA] Sempre foi o sonho da minha vida.

[NÉLSON] É o sonho da sua vida? Então fale para nós sobre isso.

[TÁLIA] Olha, se o Sulivan já queria me demitir, a partir desse programa ele vai.

[NÉLSON] Então estão abrindo vagas lá? Tá bom. Como vai ser?

[TÁLIA] É um programa que se chama Conexão Comportamento.

É um programa voltado a mudanças de hábitos e comportamentos, histórias de sucesso.

Como veio essa ideia, Nélson? (O Sulivan já foi lá duas vezes inclusive). Essa ideia veio a partir da escuta atenta de várias situações, de várias pessoas reclamando. É um povo que reclama sem levantar a poupança da cadeira e sem fazer alguma coisa efetiva.

[NÉLSON] É a coisa mais fácil hoje em dia.

[TÁLIA] É. Ele reclama e aí as outras pessoas sentadas ficam falando assim: "Não, seja o que Deus quiser. Deixa a vida me levar.". Sabe, Zeca Pagodinho? Não dá. Não rola. Na minha mente não rola.

Então eu comecei a convidar pessoas com histórias de sucesso, com viradas de paradigma, com histórias maravilhosas e que conseguiram construir coisas valiosas, que evoluíram.

Eu acho que estamos em constante evolução.

[NÉLSON] Sim, desde que se tome uma atitude. O que falta muitas vezes para a pessoa é a atitude positiva. Nós falamos muito sobre isso aqui no programa.

A mudança de postura, a mudança de paradigma que você falou, que é uma atitude mental, é uma atitude de postura. Você assume essa postura e, a partir do momento em que você se organiza, você consegue evoluir.

A grande dificuldade às vezes é a pessoa fazer isso sozinha, não é mesmo?

[TÁLIA] Exatamente.

Você sabe que 90% dos alunos que fazem os cursos na Sociedade Latino-Americana comigo, na SLAC, falam assim:

— Olha, a mudança do meu modo de pensar. Esse curso já serviu para a mudança do meu modo de pensar. Mesmo que eu não seja um coaching profissional, mesmo que eu não use isso para ganhar dinheiro, a minha vida já mudou.

Nós temos depoimentos de pessoas, que são depoimentos emocionantes.

[NÉLSON] Mas são. Nós já trouxemos aqui pessoas formadas.

[TÁLIA] A Carla?

[NÉLSON] Foi.

[TÁLIA] É, a Carla. É essa.

[NÉLSON] Já foi feita uma entrevista com ela aqui e emocionante. Aquilo sim foi uma mudança de vida fabulosa. Alguém que saiu de uma condição de vida bastante humilde e atingiu um status profissional e, ainda, está mais evoluindo agora com o trabalho de coaching, se profissionalizando, somando à carreira dela.

Eu acho que esse é um dos aspectos importantes para o trabalho aqui.

[TÁLIA] Você começa a pensar fora da caixinha, fora da casinha, fora do planeta. É uma outra forma de pensar e de enxergar o outro.

[NÉLSON] É. E treinar as pessoas para isso é uma outra coisa também fantástica.

Me explica essa experiência, porque nós não deixamos o Sulivan falar sobre isso, senão precisaríamos de uma sequência de uns 12 ou 13 programas para realmente conseguir permitir que o Sulivan fale humildemente sobre esse trabalho.

[TÁLIA] É que ele ama.

[NÉLSON] É lógico que ele ama. Ele é um dos mais competentes profissionais na área, senão o referencial nessa área no Brasil.

[TÁLIA] É referência mesmo.

Que experiência que eu tenho tido?

Quando eu comecei a ser coache, fazer sessões com uma pessoa: você chega, faz a sessão ali com uma pessoa; se a pessoa se desenvolve, é maravilhoso ver essa evolução e a pessoa chegar nas metas. É uma delícia.

Mas aí eu pensei assim: não dá para otimizar isso?

Então eu comecei a treinar pessoas que desenvolvem pessoas. Matematicamente falando, virou progressão geométrica.

[NÉLSON] Progressão geométrica. É fantástico.

[TÁLIA] E eu acabei pegando este sonho para mim também. Porque o sonho dele é formar coaches éticos, fazer a massa crítica do coaching no Brasil.

E eu abracei o sonho também. Eu falei: "Eu gostei do seu sonho. Vai fazer parte da minha vida também.".

[NÉLSON] Me empreste o seu sonho. Vamos dividir o sonho.

[TÁLIA] Me empreste o seu sonho e vamos embora.

E os treinadores que trabalham na SLAC são assim. Se você não for apaixonado – porque uma vida em que você viaja na quarta-feira, volta na segunda-feira, viaja na quarta-feira e volta na segunda-feira –, você não aguenta. É sempre assim.

[NÉLSON] É verdade.

[TÁLIA] Em São Paulo, você começa na quinta-feira e termina no domingo à noite. Você não pode mais aceitar convites; o pessoal não me convida mais para casamento.

[NÉLSON] É verdade. Você não vai.

[TÁLIA] Casamento, batizado, aniversário.

[NÉLSON] É. Coisas de final de semana não existem.

[TÁLIA] Esquece.

[NÉLSON] Se for dentro do horário em que você está ali, você está cansado, porque muitos dos cursos lá, são aplicados, às vezes, em uma intensidade... O pessoal vem do Brasil inteiro.

Você precisa otimizar o seu tempo. Então começa às oito da manhã, termina às sete da noite, e é uma coisa muito dinâmica, muito movimentada, uma coisa fantástica.

Eu lembro muito bem de como foi o meu curso.

[TÁLIA] Eu também me lembro do seu curso. Eu estava lá, Nélson.

[NÉLSON] Eu me lembro de alguma coisa mais ou menos. Eu lembro de você há uns vinte e poucos anos.

[TÁLIA] Ô, Nélson! Você como aluno, hein?!

[NÉLSON] Eu sou um ótimo aluno.

[TÁLIA] Gente, é uma peste. Não para de falar besteira na sala de aula.

[NÉLSON] Não, falando sério. É a única vingança do professor.

[TÁLIA] A vingança do professor.

[NÉLSON] É lógico. Lá nós colocamos à prova tudo aquilo que ensinamos.

[TÁLIA] Eu ficava esperando a próxima vez que você iria falar. Eu ficava a toda hora olhando. "O que será que o Nélson vai comentar agora?"

[NÉLSON] Na verdade, eram colocações bem posicionadas de uma visão gramatical da linguagem dentro do universo e da perspectiva do coaching.

[TÁLIA] Eu entendi. É a nova palavra para: "Eu vou falar abobrinha na sala.". Eu entendi. Eu te entendo completamente.

[NÉLSON] É. Eu vou falar, mas eu não vou falar abobrinhas. Eram provocações bem estruturadas dentro do raciocínio lógico. É tudo uma questão de retórica, como você apresenta aí.

[TÁLIA] Sim. É retórica. Olha como ele muda as palavras. É uma maravilha. Ô, Nérson!

[NÉLSON] Mas é uma questão de competência. Sim.

Me fale mais um pouco, vai. Eu quero saber agora como é hoje o seu trabalho mas em contato.

Nós temos o trabalho do profissional e eu quero saber um pouquinho como é que é o seu trabalho como treinadora, porque esse é um ponto do trabalho do coaching. Ele não está dentro da atuação direta, mas está no treinamento e na filosofia, que é mais importante. Você agir como coach é um exercício, é uma prática, uma dinâmica.

Agora, treinar?

Você está pegando muitas pessoas e dando uma boa base do que é inicialmente o coaching, só que não necessariamente.

Muita gente chega lá porque ouviu falar de alguma coisa que é nova, que é interessante, que é rica e quer saber mais: como se lida com isso? Como é treinar as pessoas para esse trabalho?

[TÁLIA] Eu sempre comento com o Sulivan: em treinamento sempre. Como treinadora, estou em construção. Tanto é que eu sento lá que nem estudante para assisti-lo ou às vezes para dar alguma assistência quando a turma está muito lotada (geralmente está muito lotada).

Como treinadora, parto do princípio de que a pessoa que está sentada para fazer um curso, ele não pode ser maçante. Você não pode vir com teoria, teoria, teoria e não dar um bálsamo para aquela criatura que fica dez horas ali por dia te ouvindo.

Eu parto da premissa de que os meus grandes professores, aqueles que eu admiro, sempre tiveram muito bom humor.

[NÉLSON] Com certeza.

[TÁLIA] É um treinamento? Tudo bem, eu passo as ferramentas, eu dou os exemplos, eu faço as demonstrações, porém eu sempre jogo uma pitadinha de bom humor, alguma coisa mais leve.

[NÉLSON] Isso não quebra a seriedade. Mas muito pelo contrário.

[TÁLIA] Não, de forma alguma. Nós precisamos parar com esse paradigma.

[NÉLSON] É. Quem disse que ser alegre é oposto, é conflitante ao caráter da seriedade, da ética? Não existe isso.

[TÁLIA] Exatamente.

[NÉLSON] Você pode sempre potencializar, tornar algo muito melhor. Todo mundo gosta.

[TÁLIA] Deixar mais leve, Nélson.

[NÉLSON] Você fica mais conectado.

Vejam só o que é a técnica. Se a pessoa fica aguardando o próximo comentário bem colocado, inteligente, de humor, ela está em conexão constante. E os caras vão falar, estão sempre buscando a próxima.

Isso é técnica.

[TÁLIA] Agora, uma coisa também interessante e que durante o curso eu sempre digo: "Aqui vocês só não podem fazer uma coisa: sair dessa porta com dúvida.".

Eu gosto de pergunta. E não existe pergunta burra, pergunta tosca, pergunta idiota. Não existe. Existem perguntas de pessoas que estão entrando em contato com o universo do coaching: pode ser básica, pode ser mais rebuscada, pode ser mais requintada. Eu sempre digo: "Não fique achando que a sua pergunta não vale nada porque às vezes há outras pessoas na mesma sala com a mesma dúvida e com vergonha de perguntar".

[NÉLSON] E muito.

Apesar de que a própria dinâmica do curso quebra isso rapidamente. O trabalho, a exposição e o treinamento que são feitos ali simplesmente dissolvem qualquer tipo de postura mais constrangida. Você sabe que esse trabalho de questionamento não funciona somente com o outro, funciona com você também. Você está se questionando ao mesmo tempo em que você questiona que você trabalhe as ferramentas para o desenvolvimento do outro. Nós não paramos nessa dinâmica. Eu acho isso daí fantástico.

[TÁLIA] E o que é legal também? Muita prática. Muita prática (Nélson está acostumado com isso). Então nós passamos a teoria, fazemos a demonstração e o aluno pratica.

A bagagem com a qual você sai do curso é simplesmente fantástica. E quando você vai aplicar na sua vida como coaching, nossa!, não tem erro.

[NÉLSON] Sim.

O que eu achei interessante do que você falou, foi justamente o seguinte. Há dois lados importantes, até mesmo no curso de formação dado pela SLAC. Primeiro, você tem uma formação profissional, segundo, você tem também um trabalho pessoal, um trabalho de mudança da sua própria vida que representa isso: o curso por si só já é uma conquista de vida, o investimento já é uma conquista.

[TÁLIA] Nélson, você falou uma coisa: mudança. Você parar de se autossabotar.

Quando você faz o curso, além de desenvolver pessoas, você consegue se sabotar até a página dois e meio, depois você fala: "Que raios triplos eu estou fazendo?".

[NÉLSON] Mas é verdade. Essa palavra é uma coisa fantástica: autossabotagem.

Como isso acontece? Como nós nos sabotamos por uma atitude básica negativa que transforma a nossa vida?

[TÁLIA] Você sabe no que você precisa se desenvolver, você sabe onde está o gap, a sua falha, onde você precisa melhorar. Antigamente, antes do curso, você até conseguia: "Mais um pouquinho. Mais um soninho. Mais uma comidinha. Mais um qualquer coisa". Agora não.

[NÉLSON] É. Porque entra algo que é fundamental: a ação.

Antes você ficava no planejamento e não saía do planejamento. Planos nós fazemos desde a hora em que estamos deitados, planejando, sonhando. Então eu sonho o planejamento; o problema é a ação.

Muitas vezes partir para a ação é algo difícil. É muito difícil você partir para a ação. É uma coisa que às vezes sozinhos não conseguimos fazer se não tivermos esse preparo.

E é aí que entra o trabalho profissional, ou seja, impulsionar você a essa ação.

[TÁLIA] Com consciência e responsabilidade. É isso que você gera no seu coachee o tempo todo.

[NÉLSON] Que é importante porque é a transformação.

Eu acho que a transformação é um dos aspectos que todos procuram.

Se você quiser se manter igual ao que você sempre foi, você não procura nenhum trabalho, você se autogerencia com todas as suas deficiências e está satisfeito com isso. Agora, quando você quer mudar, você tem de ter a primeira coisa, o primeiro ato de mudança: uma atitude. Ninguém vai sofrer mudança se não partir para a ação. Esta ação é a de atuar, "eu tenho que agir", "eu tenho que buscar alguma coisa".

Nós costumamos dizer muito aqui que o trabalho feito dentro da SLAC, até mesmo dentro dos cursos, em relação à interatividade que acontece é um trabalho de troca de experiências, mas, mais do que troca de experiências, (a proposta não é só a troca), é assimilar novas ferramentas e novas técnicas.

É isso o que muda a vida de muita gente, e muda mesmo; nós percebemos até a relação entre as pessoas.

Dentro do curso (um curso que tem muitas vezes um módulo que dura um mês ou coisa parecida), você vê a própria relação entre as pessoas se modificando no que diz respeito ao reconhecimento do valor do trabalho, ao reconhecimento da pessoa.

Eu acho que a relação é pessoal. É importante que nós entendamos que o trabalho do coaching amplia, não está ligado só ao caráter pessoal, ou só ao caráter social, ou só ao caráter profissional, ele abraça todos os campos.

[TÁLIA] E a pessoa, além de começar a ouvir mais os outros, prestar mais atenção, escuta atenta.

A principal competência de um excelente coaching é escuta atenta; não é a pergunta. Se você não ouve direito, você não pergunta direito.

E também você começa a se ouvir e para de falar tanta abobrinha. (Não é o seu caso, Nélson).

[NÉLSON] Aí não é o meu caso. Isso daí é profissão. Como humorista e professor, eu preciso.

[TÁLIA] Mas vocês podem fazer um stand up na hora em que vocês quiserem.

[NÉLSON] Não. Isso daí já é da competência do Evaldo. O nosso amigo Evaldo é o mestre nisso. Nós ainda temos de aprender com ele esse tipo de competência. Ele vai nos ensinar. Ele já prometeu.

[TÁLIA] Eu dou muitas risadas com você. O nome do programa já é perfeito. Acertar é Humano é perfeito.

[NÉLSON] É a ideia. Tem de ser positivo. Como diz o Sulivan: foco na solução. E tem de ser o foco no bom humor.

O foco na solução com trabalho com temas que estão ligados à vida, à profissão, ao relacionamento e que não deixam de ser crônicas trabalhadas dentro de uma postura profissional assumida como coaching.

[TÁLIA] Coaching é um curso para a vida. Eu sempre digo isso.

[NÉLSON] É lógico que é. Para as mudanças, o trabalho, a relação, com a própria família.

E é errado quem pensa que isso é autoajuda. Há pessoas que confundem isso e não veem que é um trabalho técnico profissional. Absolutamente técnico.

[TÁLIA] Técnico mesmo.

[NÉLSON] Não há nenhum instinto sendo colocado.

[TÁLIA] Tem uma estrutura.

[NÉLSON] Lógico que tem. Ele tem fundamento para tudo o que acontece. Esse é o aspecto científico, o aspecto de trabalho, e que tem de ser realizado.

Mas eu ainda quero ouvir mais de você. Nós trouxemos você aqui hoje, que é para conhecer um pouco a Tália que trabalha lá na SLAC fazer esse trabalho.

Agora você tem também o seu trabalho forte em cima da televisão, tem um trabalho muito forte em cima da assistência e tem o seu trabalho como coaching.

Eu gostaria que você, em poucas palavras, resumisse aqui para o nosso ouvinte o que é esse seu trabalho completo, ou seja, tudo isso daí dentro da sua vida como coaching.

[TÁLIA] Uma criatura em evolução. Eu sempre digo. Eu estou em construção, e tenho vários engenheiros que me possibilitam essa evolução. Desde que eu colabore para o desenvolvimento humano, para o desenvolvimento de alguém.

Eu tenho uma empresa, que é a Duma Desenvolvimento Humano, que é Coaching e Treinamentos in Company, onde trabalham comigo pessoas que fizeram MBA (e são formadas pela SLAC também para alinhar os pensamentos).

Uma criatura em evolução. Eu sou somente isso.

[NÉLSON] Perfeito.

[TÁLIA] Eu quero aproveitar e sortear o livro.

[NÉLSON] Aqui eu tenho comigo o livro da Tália Jaoui que é Cogito Ergo Sum (Quando, Quando, Quando). Sobre o que ele trata?

[TÁLIA] Crônicas. São vários QUANDO. Quando você casa. Quando você ama. Quando você compra uma bicicleta. Quando você tem um amigo. Enfim, quando.

[NÉLSON] Fantástico. Então o nosso ouvinte vai mandar um e-mail para o nosso trabalho aqui. Ele vai se inscrever lá no site (www.acertarehumano.com.br) e vamos sortear depois aqui no ar o livro da Tália para vocês.

Tália, foi um grande prazer recebê-la aqui no nosso programa.

Como hoje o nosso trabalho foi em cima de coaching, e o Sulivan não está aqui, eu vou fechar com a Dica do Professor para podermos contemplar essa entrevista deliciosa com a Tália.

DICAS DO PROFESSOR

[NÉLSON] Pessoal. Esses dias me perguntaram sobre o que significa a expressão "rodar a baiana". O pessoal ouve muito: vou rodar a baiana.

Isso daí geralmente acontece quando vai dar um escândalo público.

O pessoal fala que "rodar a baiana" parece que surgiu na Bahia. Não foi. Foi no Rio de Janeiro.

Quando começavam os desfiles das escolas de samba e tinha a ala das baianas, ou então as mulatas que ficavam desfilando, era muito comum e engraçado ir lá e dar um beliscão na nádega da bonita porque estava rebolando.

Para poder resolver isso, muitos capoeiristas começaram a se vestir de baiana, com turbante e tudo, e ficar junto à ala das baianas para ver o engraçadinho que ia se meter a besta. Naquela hora, ele já ia em defesa e rodando a capoeira mesmo para poder afastar. E nessa, o pessoal que estava assistindo via o quê? De repente alguém rodando a baiana lá e botando a pessoa para correr.

[TÁLIA] Muito interessante.

[NÉLSON] Então o que é rodar a baiana?

Todo mundo vai ver o que está acontecendo, vai fechar o barraco ali no meio, mas vai solucionar. Ou seja, é um escândalo público. Isso é rodar a baiana.

Minha gente, muito obrigado a todos. Obrigado pelo programa de hoje. Obrigado, Tália, pela sua presença.

[TÁLIA] Eu agradeço. Bom dia, ouvintes.

[NÉLSON] E até o nosso próximo programa. Um grande abraço a todos!

♪ [tema acertar é humano] ♪

Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.

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057 - Programa Acertar é Humano: de 28/05/2015

#057

Exemplos de como algumas ideias consideradas absurdas que se tornaram negócios de sucesso. Empreendedorismo, negócios, uma situação profissional diferenciada depende da sua ousadia, disposição e uma boa ideia. O professor Nélson Sartori aborda algumas ideias “estranhas” que deram muito certo como negócio.

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