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PROGRAMA ACERTAR É HUMANO

#008

O programa terminou com o Master Coach Sulivan França utilizando duas perguntas poderosas sobre o poder das palavras na mobilização positiva de sua programação de vida.

008 - Programa Acertar é Humano: de 10/04/2014

Programa Acertar é Humano (10/04/2014)

Nélson Sartori e Suliva França

Tempo de áudio
26 minutos e 04 segundos
Legenda
... ➔ pausa ou interrupção do discurso
[...] ➔ palavra/trecho incompreensível
[comentário] ➔ comentários do transcritor

♪ [tema acertar é humano] ♪

Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching.

Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori.

[NÉLSON] Bom dia, ouvintes!

Mais uma vez aqui, começando agora cedo, o nosso programa Acertar é Humano.

Vamos aqui dar o nosso bom-dia para o nosso amigo Sulivan.

Bom dia, Sulivan!

[SULIVAN] Bom dia, Nélson! Bom dia, ouvinte Mundial.

Mais uma vez aqui pela Mundial FM 95.7.

Programa Acertar é Humano, às sete da manhã, todas quintas-feiras.

Hoje o tema é no mínimo divertido, não é, Nélson?

[NÉLSON] Bastante. Mas muito sério ao mesmo tempo.

[SULIVAN] Exatamente. Ao mesmo tempo em que é sério, é divertido. Vamos tratar de forma muito descontraída aqui ao longo dessa próxima meia hora.

Qual é nosso tema, Nélson?

[NÉLSON] Hoje vamos falar sobre a própria palavra, ou seja, o poder da palavra. Aquilo que faz parte da nossa vida, aquilo que faz parte das afirmações que jogamos para o mundo: a própria manipulação da palavra e o poder que ela traz, a magia que a palavra tem.

Quando falamos de magia, estamos falando do que a própria palavra "magia" representa: magia, manipulação de energia. Mas não uma energia solta, uma energia de compromisso com você mesmo, compromisso com a sua própria existência, com aquilo que você quer para o seu dia de hoje para amanhã.

O PODER DA PALAVRA

[SULIVAN] O poder da palavra escrita e não só escrita como falada também.

[NÉLSON] Lógico. As declarações que você faz.

É importante entendermos o seguinte. Tudo aquilo que falamos afirma o que pensamos.

O que é a palavra senão a afirmação do pensamento? Aquilo que você idealizou, você materializa.

O grande sonho de todos é poder transformar, traduzir aquilo que está no mundo da imaginação e trazê-lo para o mundo da realidade. Fazemos isso a cada segundo da nossa vida quando falamos, materializamos nosso pensamento, transformamos em realidade, colocamos no mundo aquilo que está dentro da nossa imaginação.

Vejam o poder que isso tem só nesse contexto, como a palavra tem uma capacidade forte.

Lógico que temos de ter um compromisso com essas palavras de forma que sempre tenham um valor positivo na nossa vida.

[SULIVAN] Perfeitamente.

Uma coisa que comento sempre, Nélson, é o seguinte.

No dia a dia e nos trabalhos de coaching em si, nós que trabalhamos muito com pessoas conseguimos observar uma coisa no dia a dia.

Uma coisa que me chama muito atenção e eu sempre comento com os meus alunos é o seguinte. As pessoas não ouvem o que dizem.

[NÉLSON] De jeito nenhum.

[SULIVAN] É impressionante como as pessoas muitas vezes não ouvem o que dizem.

Você, ouvinte, que está aí nos ouvindo agora, tenho certeza de que você está gostando do tema, está entendendo como vamos falar da palavra escrito e da palavra falada.

Se você parar e pensar um pouquinho, em alguma situação da sua vida, em alguma ocasião de comunicação, você deve, por algum motivo, repetido para alguém algo que alguém acabou de comentar e possivelmente essa pessoa olhou para você e falou: "Olha, não foi isso que eu disse.".

Certamente você já passou por alguma situação dessas. Acredito que todos nós passamos por isso.

Eu passo por isso com uma certa frequência em trabalhos de coaching, em que muitas vezes usamos a técnica do parafrasear o coachee e começamos a observar que as pessoas acabam fazendo uma negativa de algo que elas acabaram de fazer uma afirmativa.

Isso é algo impressionante. É uma coisa que sempre digo: como as pessoas não ouvem o que dizem.

[NÉLSON] Não.

[SULIVAN] E mais do que não ouvir o que está dizendo, o que você diz muitas vezes não só para você mas o que você diz para os outros também.

Você tem a palavra falada, a palavra verbalizada, externalizada em um processo de comunicação com outro, mas você tem também aquela palavra que muitas vezes não foi externalizada, mas ela é a comunicação de você com você mesmo. E essa também tem um pode impressionante.

Aí entramos naquela máxima que sempre falamos, que o cérebro não sabe distinguir o real do imaginário.

A partir do momento em que você está fazendo esse processo de comunicação, muitas vezes aquele processo de comunicação interna, você que a essa hora talvez esteja aí parado no trânsito, esteja no semáforo, esteja dentro do seu carro nos ouvindo ou até na sua casa, por algum motivo, sentadinho, tranquilo nos ouvindo, deve estar se falando com você mesmo, talvez pensando, criando sua agenda mental do que vai fazer ao longo do dia de hoje, você que daqui a pouco vai entrar no seu trabalho, está se programando mentalmente para o que vai fazer, isso é uma comunicação, isso é uma fala: você está falando com você mesmo.

Agora a pergunta para deixar para você é a seguinte.

O que você está falando para você?

Uma vez que sabemos que o cérebro não distingue o real do imaginário, você está dizendo coisas positivas, está dizendo coisas boas, está com o pensamento focado na solução, como é a própria proposta do processo de coaching ou você de alguma maneira está com um olhar um pouco pessimista para o dia de hoje, ou para a semana, ou para este mês ou até para 2014?

Como está o seu pensamento nesse momento?

Esse é uma palavra que você está dizendo e dizendo para você mesmo.

[NÉLSON] As afirmações que fazemos em nossa vida determinam o resultado daquilo que vai acontecer. Ou seja, tudo aquilo que você disser e for positivo representa o caminho que você vai seguir.

É aí que está o compromisso que você tem com você mesmo, o contrato que você realiza com a sua vida, quando você registra essas informações.

É por isso que é muito importante que qualquer tipo de plano que seja feito seja registrado. Muitas vezes colocamos planos em nossa mente e o dinamismo faz com que ele seja superado e muitas vezes abandonado.

É aí que entra o segundo ponto importante da palavra, que é o registro.

Quando você registra esse seu pensamento, registra essa palavra, você cria um compromisso. E aí é um ponto fundamental. Esse compromisso que você cria não com você apenas mas com o próprio universo da sua vida é que vai garantir o próximo passo que você tomará.

Aqueles que falam muito e realizam pouco é porque estão registrando muito pouco do que tem em sua mente para sua vida.

[SULIVAN] É interessante você falar dessa questão de registrado, Nélson, porque começamos a pensar naquela palavra pequeninha: sim.

Quantas pessoas em algum momento da vida disseram sim, registraram o compromisso, está assinado, agora acorda, olha do lado e vê que aquele "sim" está acompanhando. [risos]

[NÉLSON] [risos] É verdade. E esse "sim" vem com registro, ele leva para o resto da vida.

E não é mesmo?

O que marca o compromisso do casamento, disso que você está falando? O compromisso do casamento é aquele sim falado ali perante você, perante suas crenças, perante seus familiares e perante o mundo.

Você, naquele momento, mudou completamente o rumo da sua vida porque, mesmo que esse sim um dia se reverta, ele já potencializou a sua vida e alguma coisa mudou.

Da mesma maneira como o "não" tem esse mesmo valor. (Eu só quero ver alguém falando falar "não" naquela hora).

Quantas vezes nós cedemos à pressão e não dizemos o "não" que deveríamos ter dito? Quantos desses "sins" que foram ditos mudaram a vida?

É a oportunidade.

Quando uma oportunidade aparece para você, você abraça e diz: "Sim. Eu aceito essa oportunidade.", muito da sua você vida mudar.

[SULIVAN] Perfeitamente.

Você tocou em um ponto interessante agora, Nélson, que é a questão do sim.

Eu tenho certeza de que muitas pessoas que estão nos ouvindo devem ter se identificado com esse sim. Mas mais do que se identificar com esse sim, eu tenho certeza de que há pessoas que estão nos ouvindo que vão se identificar com esse não agora.

[risos]

[SULIVAN e NÉLSON] Sim e não.

[risos]

[SULIVAN] É.

O número de pessoas que têm uma dificuldade em dizer não é um negócio absurdo.

Vemos isso com uma certa frequência.

Eu já tive alunos que diziam assim: "Sulivan, é que eu entendo que dizer não é egoísmo, um egoísmo muito grande.". Eu costumo dizer o seguinte: "Egoísmo é pensar só em você; pensar em você primeiro, não.".

Vivemos em um mundo em que muitas vezes você tem de pensar em você primeiro e pensar em você primeiro consiste em dizer alguns "nãos", até para as pessoas que você ama, até para as pessoas que você gosta.

[NÉLSON] Isso é uma questão de educação.

[SULIVAN] Exatamente.

[NÉLSON] Os filhos são educados com o não.

Quanto erro não se comete quando nos deixamos levar pela emoção e dizemos um sim naquele momento em que aquele não deveria ser dito e aquilo altera o comportamento, altera a personalidade da pessoa, principalmente uma criança? Quanto da formação dela vai ser representada pelo sim e pelo não ditos pelo pai naquele momento?

[SULIVAN] Uma coisa interessante, Nélson.

Hoje vemos muito isso em trabalhos de coaching no seguinte.

Recebendo executivos e muitas vezes executivos de alto escalão, independentemente de ser executivo de alto escalão, pessoas de níveis hierárquicos de certa maneira mais baixo dentro das organizações, as pessoas têm uma dificuldade absurda em dizer não.

E como isso acaba gerando sobrecarga e stress absurdo porque sujeito muitas vezes toma para si atividades que não competem a ele simplesmente por não saber dizer não.

Estamos falando do poder da palavra escrita e da palavra falada. Este é o nosso tópico.

Quando começamos a olhar para isso, entramos em um tema que é muito mais profundo do que só a palavra falada ou escrita, estamos entrando em uma questão por um viés totalmente cultural.

O povo brasileiro e o latino de certa forma são povos muito relacionais. Esse relacional, há muitas pessoas que não sabem dizer não com medo do que o outro vai pensar nela por dizer não.

"Eu vou dizer não para o Evaldo. Como o Evaldo vai se sentir por eu dizer não para ele? Eu sou tão amigo dele. O Evaldo é um cara tão bacana. Como eu vou dizer não para o Evaldo?".

Aí é aonde entra a nossa máxima (ouvinte, é importante você prestar atenção nisso): dizer "não" não significa egoísmo. Egoísmo é pensar só em você; pensar em você primeiro, não.

[NÉLSON] As palavras que usamos representam até mesmo a nossa personalidade.

Aí entra outro ponto muito importante.

As palavras empregadas registram o nosso modo de ser. Uma pessoa, por exemplo, extremamente imperativa, que diz tudo com absoluta certeza tanto representa ser alguém seguro, mas ao mesmo tempo que é prepotente.

Então é lógico que eu reconheço as pessoas e a sua forma de ser pela palavra empregada da mesma maneira.

É como aquela pessoa instável e insegura, que usa muitas vezes um "talvez" ou "quem sabe". Ao mesmo tempo em que ela precavida, ela é extremamente insegura porque ela não assume posições.

Quanto da nossa vida tende a ser modelo a partir daquilo que assumimos e afirmamos? Quanto realizamos a partir daquilo que vem como registro da nossa forma de pensar?

Às vezes são palavras soltas no universo, sem o compromisso conosco, só que traz o compromisso no mundo em que nós vivemos.

Coisas simples. Quando você chega ao final de semana, abusa da comida e fala: "Na segunda-feira, eu vou começar o meu regime.". Você afirmar aquilo, mas você não faz.

A própria organização da vida, a própria organização do seu trabalho, a organização dos seus estudos, tudo isso depende muito da maneira como você registra para você o poder dessas palavras e como você vai partir para uma ação a partir disso.

Uma das funções principais do trabalho do coaching é, a partir do jogo de perguntas poderosas e das respostas que são dadas, neste momento, a relação de trabalho assume um compromisso muito maior do que o compromisso simplesmente com a resposta, é o compromisso com ele mesmo e com aquilo que espera do futuro.

O grande jogo das ferramentas do poder acontece quando você usa o poder das palavras tanto na pergunta quanto na resposta. Quando você me lança uma pergunta, eu me comprometo a partir da resposta que eu dou e eu assumo a partir dali um projeto de vida.

É isso que faz com que a minha vida tome caminhos diferentes e o que todos esperam: caminhos positivos.

[SULIVAN] Perfeitamente.

A palavra sem dúvida alguma é algo extremamente importante e poderoso no nosso processo de comunicação.

Sócrates fazia isso muito bem. Quando pegamos Sócrates, o grande filósofo Sócrates, vemos a habilidade que ele tinha em fazer perguntas extremamente poderosas (como chamamos no processo de coaching: perguntas poderosas) e perguntas que muitas vezes, através de um jogo de palavras, você pode tanto fazer uma pergunta de um ponto de vista afirmativo, quanto de um ponto de vista indutivo quanto de um ponto de vista negativo com a mesma frase, muitas vezes dependendo também de um outro ponto importante, que não é só o escrito e o falado mas a importância e a entonação que você dá para aquilo que está colocando.

Então você pode e deve sim prestar bastante atenção naquilo que você está verbalizando, não só a verbalização externalizada quanto à verbalização introspectiva.

O que você frequentemente diz para você que pode estar o impedindo de se desenvolver pessoalmente e profissionalmente e que muitas vezes limita o seu processo de pensar fora da caixinha, de olhar para o mundo?

Esse é um ponto importante para você analisar.

Quando você falou dessa questão do perfil, de como demonstra cada uma das pessoas a forma como elas se comunicam, esse é um ponto bem interessante, gostei dessa abordagem, Nélson. Muito interessante.

Agora você, Nélson. O que você queria falar?

[NÉLSON] Eu ia reafirmar o que você falou, buscando também na antiguidade a questão da retórica aristotélica.

Aristóteles utilizava da palavra e da retórica, ou seja, da manipulação das palavras, para conquistar seus objetivos.

Veja como a relação do diálogo e a manipulação dessas palavras constrói um pode bastante grande.

[SULIVAN] É interessante você falar "manipulação".

Você já deve ter ouvido eu falar essa frase: o ser humano tem estratégia para tudo na vida, até para se danar.

Até para se dar mal, as pessoas têm uma estratégia excepcional. É algo impressionante isso.

Vemos às vezes pessoas que adotando estratégias do ponto de vista pessoal, do ponto de vista profissional que são fadadas ao fracasso e muitas vezes repetem esse padrão ao longo de suas vidas. É muitas vezes um processo inconsciente que o sujeito adota determinados comportamentos e repete isso.

Por que eu entrei nesse assunto?

Você tocou em uma palavra interessante, chamada manipulação.

Às vezes, quando tocamos nessa palavra, manipulação, há pessoas que têm uma verdadeira aversão a ela, só que muitas vezes não observam que elas mesmas fazem manipulação com uma série de processos. E muitas vezes seus próprios processos mentais.

Há pessoas que manipulam pessoas que estão a sua volta para fazer aquilo que querem. Mas não significa que aquilo que você queira que elas façam sejam pontos importantes ou sejam pontos positivos. Isso também acontece.

Então, essa palavra "manipulação", fique atento. Verifique, no seu processo de comunicação interna, o quanto você se automanipula. Muitas vezes o sujeito faz um processo de automanipulação.

[NÉLSON] Sim.

Existe até um outro nome que pode ser usado para isso aí, que se chama competência.

Por quê?

Essa manipulação é um processo de competência.

[NÉLSON] Corporativamente falando, mudamos a manipulação. Não querendo manipular, mudamos manipulação para competência.

[NÉLSON] É. Mas não é verdade?!

É a capacidade de articulação das informações, de transmissão da mensagem, de uma ordem que determina muitas vezes o sucesso de uma empreitada.

Como eu transmito a informação, como eu me comunico? Não só pela comunicação, mas quais são as palavras selecionados e escolhidas para solicitar a colaboração dos colaboradores?

Esse universo vai além. O marketing, do qual já falamos aqui, é uma maneira de selecionar palavras para atingir objetivos e conquistar o poder dentro de uma relação comercial.

[SULIVAN] Perfeitamente.

Quando você fala que todo esse processo é competência, podemos entender o seguinte: podemos desenvolver.

Se é competência, podemos desenvolver.

[NÉLSON] São técnicas.

[SULIVAN] Tanto podemos desenvolver e fazemos isso com uma certa maestria natural para o lado negativo, que é aquele que muitas vezes acaba nos sabotando em alguns processos de autodesenvolvimento como podemos desenvolver essa competência do ponto de vista estratégico e do ponto de vista de desenvolvimento, mas com olhar mais positivo para o nosso autodesenvolvimento. Podemos desenvolver esses dois pontos.

Agora, muitas vezes o desenvolvimento dessa competência para o lado negativo é mais fácil de ser feito porque muitas vezes não requer esforço para isso, não requer dedicação, não requer disciplina, não requer empenho, não requer uma série de coisas que vão nos tirar de uma zona de conforto.

[NÉLSON] É o lado negativo do não, porque nesse momento eu fecho meus compromissos e abro mão de um trabalho. Quando eu digo não, eu simplesmente me excluo da relação.

É importante entendermos até como a mesma palavra tem valor positivo e negativo e que não é absoluta, mas dentro de um contexto que deve ser trabalhada. Assim que sempre temos de pensar a produção da nossa palavra.

É esse universo que trabalhamos dentro do coaching, quando não manipulamos, mas usamos a palavra de forma que se torne uma ferramenta de compromisso do coachee, daquele que estamos trabalhando para que ele mesmo registre o seu contrato de progresso e de desenvolvimento profissional, pessoal, educativo seja ele qual for.

[SULIVAN] Perfeitamente. Ponto extremamente importante, Nélson.

Esse foi o nosso tema de hoje, o poder da palavra escrita, falada, verbalizada externalizada, vamos dizer assim, e de certa forma verbalizada internamente.

O que frequentemente você está dizendo para você?

Pense um pouquinho sobre isso.

Agora vamos entrar no nosso bloco do programa, que é a Dica do Professor.

DICA DO PROFESSOR

[SULIVAN] O Nélson vem com a Dica do Professor de hj, que normalmente sempre aprendemos alguma coisa – é ou não é, Evaldo?

[NÉLSON] Hoje eu vou fazer uma provocação. Esta provocação é para o meu amigo, para o Sulivan.

Já que estamos falando de palavras, eu vou trazer algumas que eu sei que irritam profundamente o Sulivan quando as vê, principalmente a forma de expressão. Algumas delas são mortais.

Vamos começar com uma lista aqui.

[SULIVAN] Vamos para a dica do professor de hoje.

Manda, Nélson! Qual é a palavra?

Você que é coach, que está nos ouvindo, certamente vai aprender alguma coisa hoje.

Vai, Nélson!

[NÉLSON] Por exemplo, é muito comum em nossa fala que empreguemos as palavras e o som delas acabe saindo errado: a expressão indevida da palavra.

[SULIVAN] O "empreguemos" já é estranho de ouvir.

Olha que coisa curiosa. Por mais que seja uma verbalização correta, como é estranho de ouvir o "empreguemos".

[NÉLSON] A conjugação.

As pessoas falam:

— Mas isso que estou fazendo é muito ru-im.

Não é ru-im é ruim.

[SULIVAN] Exatamente.

[NÉLSON] Da mesma forma quando ele conquista alguma coisa e bate um rÉcorde.

Não é um rÉcorde, é um recOrde. A própria acentuação da palavra determina isso.

Ou então aquela crueldade ineZorável que alguns dizem ser ineCSorável.

O "X" é um problema danado.

Dentro da nossa estrutura gramatical, tem alguns que teimam em falar sobre a sintaxe.

Mas que sintaxe? Você está sendo convidado a ir a um táxi e aceitando.

— O senhor quer um táxi?

— Sim, táxi.

Aquilo é sintaxe [sintaSSe].

A expressão tem de ser bem-feita.

[SULIVAN] Você está falando essas palavras. Você sabe uma palavra que me chama muito atenção? Mas muita atenção? Tem gente que vai cair da cadeira agora quando ouvir essa palavra.

[NÉLSON] Eu sei.

[SULIVAN] Esse é o bendito do subsídio. Isso está totalmente errado.

[NÉLSON] As pessoas não obZervam.

[SULIVAN] Exatamente.

[NÉLSON] E falam assim.

[SULIVAN] Qual seria o correto daquela costumeira palavra que as pessoas chamam de subZídios, Nélson?

[NÉLSON] É o subSídio. Assim como você obServa. Você também produz o subSídio.

Não adianta você ficar se digladiando com os outros por isso.

[SULIVAN] [risos]

[NÉLSON] Alguns se dEgladiam. Não. É digladiar, "di" de dois. E o "gladis", que na verdade é o "gládio", que é a espada.

As palavras são formadas com uma conduta, com uma história e vão se reconstruindo.

É dessa maneira que você nunca vai distinGÜir de maneira correta, você vai distinguir porque, quando eu digo que eu faço a distinção eu distingo, eu nunca "distinguo".

Então aqui ficam algumas palavras que nós trouxemos hoje aqui só para você perceber. Mesmo que você as afirme, cuidado para que essa afirmação tenha valor mental positivo, mas que não tenha uma expressão totalmente errada porque você compromete também a sua competência com a expressão.

[SULIVAN] Isso aí.

Hoje não foi a Dica do Professor fora as Dicas do Professor, porque foram várias aí.

[NÉLSON] Foram várias.

[SULIVAN] Eu contei pelo menos umas oito.

[NÉLSON] Sim.

Mostrando a preocupação com essa competência.

[SULIVAN] Muito bom.

[NÉLSON] Agora, já que falamos em competência e palavra, nós vamos para outro elemento do poder da palavra, que é Minuto do Coaching, com o Sulivan França.

MINUTO DO COACHING

[SULIVAN] Eu vou deixar duas perguntas hoje para os nossos ouvintes, Nélson, em cima do nosso tema: o poder da palavra escrita e o poder da palavra falada.

Além daquela escrita e da falada é aquela que você mais frequentemente diz para você mesmo.

A primeira pergunta de hoje é a seguinte.

O QUE VOCÊ MAIS TEM DITO PARA VOCÊ NOS ÚLTIMOS QUINZE DIAS?

Pense sobre isso.

A segunda pergunta é:

EM QUE SITUAÇÕES VOCÊ ESTÁ ENSAIANDO DIZER UM NÃO, SEJA DE ORDEM PESSOAL, SEJA DE ORDEM PROFISSIONAL, MAS SE VOCÊ DISSER ESSE NÃO VAI SER DETERMINANTE PARA O ALCANCE DOS SEUS OBJETIVOS, SEJAM ELES PESSOAIS, SEJAM ELES PROFISSIONAIS?

Lembrando, ficam essas duas perguntas para você refletir ao longo da semana.

Aqui deixar o site do programa: acertarehumano.com.br. Lá você, daqui a uma hora e meia mais ou menos, já consegue baixar o programa de hoje, quem pegou o programa pela metade e todos os outros nossos programas.

Fica aquela dica: se você gostou, indique para os amigos ouvirem toda quinta-feira às sete da manhã e, se não gostou, indique para os inimigos.

[NÉLSON] Audiência é importante para nós.

[SULIVAN] Perfeito.

Mas não deixa de indicar.

Grande abraço a todos. Ótima semana.

Nos encontramos na próxima quinta-feira, às sete da manhã.

[NÉLSON] Até a próxima semana, ouvintes. Até a próxima semana, Sulivan.

Um abraço a todos.

Bom dia!

[SULIVAN] Grande abraço!

♪ [tema acertar é humano] ♪

Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.

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#002

Nesse programa, Sulivan França e Nélson Sartori abordam a questão sobre o conceito de o que é e o que não é coaching. São mostrados os 3 pilares básicos desse trabalho e além de ilustrações das diferentes formas de atuação do profissional do coachig.

001 - Programa Acertar é Humano: de 20/02/2014

#001

No momento da dica do professor, foi apresentada a questão do comum no uso equivocado da preposição “para”. O programa terminou com a proposta ao ouvinte de duas questões de avaliação pessoal dentro da dinâmica do “life coaching”.

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