No programa do dia 06/03 Sulivan França e Nélson Sartori falaram sobre o universo da Comunicação Empresarial no ambiente corporativo e sobre a importância do domínio da Língua Portuguesa para o sucesso das relações pessoais e comerciais. O Professor Nélson Sartori ilustrou os problemas com a Língua portuguesa com a sua tradicional charge no momento da dica do professor e o Master Coach Sulivan França lançou mais uma vez seu desafio com questões poderosas no Minuto do Coaching.
Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching. Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori.
[SULIVAN]
Bom
dia, ouvinte Mundial! Bom dia, Nélson!
[NÉLSON]
Bom dia, Sulivan!
Tudo
certinho?
Como
foi o Carnaval?
[SULIVAN]
Eu fui bem graças a deus. E você?
[NÉLSON]
Eu pulei.
[SULIVAN]
Pulou?
[NÉLSON]
Literalmente pulei. Fui para outra parte. Saí do Carnaval. Fui
descansar. Me afastei de tudo, fui fazer minhas reflexões e fui
preparar o programa.
[SULIVAN]
Eu costumo dizer que eu fui para aonde ninguém vai passar o
Carnaval.
[NÉLSON]
Hum.
[SULIVAN]
Fui para Brasília.
[NÉLSON]
Perfeito.
[SULIVAN]
Fui para a casa da sogra.
Mas
a sogra não é a Dilma. Importante que isso seja dito.
[NÉLSON]
Eu já ia perguntar isso aí.
[SULIVAN]
[risos]
[NÉLSON]
Tá certo.
[SULIVAN]
E aí, Nélson? O que vamos falar hoje? Vamos falar sobre a nossa
Língua Portuguesa?
[NÉLSON]
Isso.
[SULIVAN]
Vamos fazer o Minuto do Coaching, deixar aquelas perguntas para
reflexão para os nossos ouvintes.
Vamos
falar um pouquinho hoje de tudo que pudermos falar.
[NÉLSON]
É lógico.
Hoje
vamos falar um pouquinho com o nosso ouvinte sobre a nossa língua e
como isso se desenvolve dentro do universo corporativo, ou seja, a
comunicação empresarial.
Por
que é importante falar sobre a comunicação empresarial?
É
uma das formas de projetar o seu produto, é a maneira como nos
relacionamos dentro da nossa empresa, dentro do trabalho, como o
patrão se comunica com os colaboradores.
[SULIVAN]
Nélson, é interessante você falar dessa questão da comunicação,
falando da comunicação dentro do meio empresarial.
Vamos
pensar um pouquinho na comunicação voltada para o marketing, por
exemplo. Acho que o ouvinte vai concordar comigo agora.
Ontem
eu estava em casa, assistindo televisão com a minha esposa e, claro
que não vou falar especificamente, mas estávamos assistindo a
alguns comerciais, aqueles comerciais que você assiste, termina o
comercial, você olha para quem está do lado e fala: "E aí? O
que estão querendo dizer com isso?".
Como
é complexa a comunicação, não é?
É
algo que muitas vezes vemos através dos comerciais, comerciais que
são incompreensíveis. Eles terminam e acabamos por não entender
absolutamente nada.
Isso
também pega do lado do marketing.
[NÉLSON]
É lógico.
Eu
tenho um produto e preciso vender meu produto. Meu cliente potencial,
ainda mais se eu faço uma propaganda de televisão, é o público em
geral. Então eu tenho de ter uma linguagem acessível a ele, o meu
produto tem de ser mostrado de maneira que desperte a atenção e o
interesse.
A
mesma coisa acontece dentro de uma empresa que vai oferecer seu
produto a um cliente potencial, que precisa conhecer antes de mais
nada aquele produto e despertar o interesse por ele antes de haver
uma apresentação completa.
Afinal
de contas, muitas pessoas procuram um produto hoje em dia, por
exemplo, na internet. Elas vão atrás de qual? Daquele que se
apresenta melhor. Isso é um fato.
Quando
falamos de apresentação, é como o produto se expõe.
A
exposição vem através de imagens, que é uma forma de comunicação
eficiente. Mas os detalhes, a descrição, a apresentação dos
pontos significativos vem através da comunicação verbal, ou de
alguém falando ou de pessoas escrevendo.
É
importante que você sempre tenha em mente que, para que um produto
atinja o seu objetivo, para que as pessoas saibam sobre aquilo que
vão comprar, que a exposição e apresentação dessas informações
seja clara.
A
clareza é o primeiro ponto de destaque.
As
pessoas acreditam que um comunicador, para que atinja seu público,
tenha de falar bonito, tenha de usar um vocabulário requintado, e é
muito pelo contrário.
A
própria palavra já diz: comunicação; eu torno comum uma
informação.
[SULIVAN]
Particularmente eu confesso a você, Nélson, que sou bem fã disso
que você acabou de dizer, daquele conceito do menos é mais. Quanto
mais objetivo, mais pragmático você for, eu acredito que você
consegue ter um resultado maior.
[NÉLSON]
Isso é sinônimo de competência.
Pense
bem. Se sou um comunicador e quero passar uma informação a uma
pessoa, não sou eu o foco dessa comunicação, eu sou meio.
A
informação em si é soberana. É importante que ela atinja seus
objetivos, que ela alcance o ouvinte ou então o receptor dessa
mensagem de maneira clara e objetiva.
Transporte
isso aí para uma empresa, em que a comunicação é através de
documentos, não só do marketing, que é importante. Geralmente
temos já, dentro do universo do marketing, profissionais que buscam
um alvo específico. Eles têm recursos audiovisuais, procuram
palavras que sejam significativas porque até isso aí existe.
Se
quero mostrar, dentro da minha comunicação, uma força bastante
grande, eu vou selecionar palavras que sejam imperativas: certeza,
óbvio, lógico. Ao contrário, se quero ter uma visão mais
superficial, não quero mostrar nada do que seria uma fragilidade,
digo: provavelmente, talvez, quem sabe.
A
seleção das palavras demonstra não só a personalidade de quem
fala mas também o produto que está sendo oferecido porque, se a
minha fala é frágil, o meu produto é frágil.
[SULIVAN]
Você comentou isso agora das palavras, do poder que as palavras têm.
Estamos bem em um ano em que vamos conseguir observar isso. É bem
ano político.
[NÉLSON]
Uma das partes mais divertidas que existem.
[SULIVAN]
Discurso político é algo excepcional para que consigamos observar
essa comunicação em mais destaque, de forma mais impositiva.
Acho
que é um ponto interessante falar do ponto de vista político.
[NÉLSON]
Eu vou dar um exemplo em cima disso que você falou para você ver.
O
discurso político, para que seja bem engendrado, bem trabalhado, bem
com uma competência muito grande, requer profissionais por trás da
maioria dos políticos. Isso é importante que saibamos.
Um
exemplo bem claro disso. Vou voltar alguns anos e falar de um dos
fenômenos eleitorais aqui, que foi a primeira eleição do Lula.
Na
primeira eleição do Lula, o momento maior foi quando ele apresentou
toda a campanha dele inspirada na palavra "mudança". Toda
a campanha foi construída em cima de uma palavra: mudança.
[SULIVAN]
Verdade.
"Mudança"
acompanhado do "companheiro".
[NÉLSON]
Sim.
Só
que "companheiro" era um contexto, a "mudança"
era imperativa.
[SULIVAN]
Seria um estado desejado, Nélson?
[NÉLSON]
Com certeza.
[SULIVAN]
Era o estado desejado no momento?
[NÉLSON]
Era.
[SULIVAN]
Trazendo isso para o coaching,
era um estado desejado do momento pelo qual o Brasil passava?
[NÉLSON]
Sim. Se apropriou disso.
Agora
o mais interessante. Assim como houve uma palavra que dinamizou e que
captou a atenção do eleitor, havia um outro público eleitor que
não tinha tanta segurança na figura nova que estava surgindo.
Então,
se apropriando disso, a equipe de marketing, a equipe de comunicação,
na época, do Serra colocou uma outra palavra, que era "medo".
Eu
não sei se você se lembra. Até apareceram artistas na televisão
usavam: "Eu tenho medo.".
Então
vejam só o poder das palavras.
Eu
coloquei um embate entre duas palavras: mudança e medo.
O
que aconteceu é que a mudança era maior do que o medo. Nessa
condição, a "mudança" ganhou.
Quando
veio a reeleição dele, o que aconteceu foi a continuidade.
E
a mesma coisa aconteceu com a Dilma.
Imagine
bem, se havia uma expectativa de mudança, essa mudança aconteceu,
agora era continuidade. Não havia mais mudança. Você não vai
encontrar na campanha da presidência da Dilma mudança, você vai
ter continuidade. Agora a mudança vai para o outro lado.
[SULIVAN]
Verdade.
Qual
será o próximo passo? O que os marqueteiros do PT estão pensando?
Continuar com a continuidade ou é hora de novamente voltar a falar
em mudança?
[NÉLSON]
Sem
entrar no universo do debate político, é importante saber que esse
é o produto que eles vão oferecer.
Quando
você diz que vai haver todo um trabalho de discurso político, na
verdade esse é o produto inicial. Você até tem a feição do
candidato, você tem a postura histórica dele – o que pouco é
levantado na época das eleições.
[SULIVAN]
Eu arrisco dizer, Nélson, que, com todas essas manifestações, não
só manifestação, mas esse movimento que acontece hoje dos jovens
pedindo (e claro que existem excessos sim), eu arrisco dizer que os
marqueteiros estão se preparando para falar novamente em mudança.
O
que você acha disso?
[NÉLSON]
Pode ser. É bem provável.
A
mudança é nesse sentido.
Mas,
veja, mudar a postura é assumir que está errado.
O
importante é idealizar o seguinte. Eu tenho meu produto, que vai ter
de ser vendido, um produto importante.
Porém,
quem é o meu público? É um público mais intelectualizado? Ele não
se deixa absorver por um simples vocabulário, só que a grande massa
sim.
Então
o trabalho da manipulação da informação com a população muitas
vezes acaba se tornando eficiente simplesmente oferecendo para ela
uma palavra ou expressão que a satisfaça.
É
por isso que uma promessa muitas vezes é bastante eficiente. Ele
fala: "Eu vou oferecer a você algo que torna a sua vida
cotidiana mais agradável.". Para quem vive com problemas
imediatos, essa é uma solução muito grande.
A
"mudança" foi um trabalho histórico. É uma palavra que
trabalhou em um processo histórico, foi bastante eficiente. Assim
como a "continuidade" fez parte desse processo histórico.
A
palavra "continuidade" não tem mais essa relação
histórica. Então dificilmente vamos ver uma simples palavra agora
tendo o mesmo poder de captura que houve antes. Não, agora os
discursos serão mais amplos, como eram no passado.
Principalmente
a manutenção de um status exige muito mais argumentação.
Você
transporta esse universo da política da venda de um produto para
qualquer outro universo dessa comunicação.
Hoje,
dentro do próprio universo do marketing, eu tenho de atender várias
atitudes e vários pontos de captura. Assim como eu atendo no
marketing o sonho da pessoa quando mostro uma mulher bonita vendendo
produto, eu tenho de ter uma linguagem que torne todos iguais. Esse é
o ponto importante.
Se
eu vender um público único, eu vou ter um público fechado; então
eu vendo um sonho. Aí que entra a capacidade e habilidade na
produção de um texto. Esse sonho tem de chegar com muita rapidez, a
linguagem tem de ser eficiente e tem de buscar um estímulo de
resposta do ouvinte que atenda àquilo que ele quer.
Ou
seja, eu quero que você se veja naquele carro, eu quero que você se
veja consumindo aquela bebida e, como no passado, quero que você se
sinta mais masculino fumando determinado cigarro, mais feminina
fumando outro.
Esses
são os apelos do marketing.
[SULIVAN]
Perfeito.
Olha
que coisa interessante. Quando você está falando isso e começamos
a olhar do ponto de vista da comunicação, vemos que a comunicação
é algo extremamente comportamental porque nada mais é do que gerar
o estado desejado que a pessoa quer ou necessita naquele momento.
Então
nada mais é a comunicação do que gerar esse estado desejado.
O
que também acabamos por fazer em um projeto de coaching.
Perceber a necessidade de uma comunicação assertiva dentro de um
processo de coaching
propriamente dito.
Estamos
falando de política, de marketing, de comunicação e de coaching
ao mesmo tempo.
Eu
estava lembrando que há alguns dias eu vi uma matéria que falava
sobre o Brasil ser a sexta economia hoje. É bonito para o brasileiro
ouvir isso, e há pessoas que acabam se iludindo com isso, de que o
Brasil é a sexta economia.
Eu
falei: "Por curiosidade, deixa eu pesquisar esse ranking
da primeira e segunda economia.".
Um
fato curioso é que o Brasil é a sexta economia, girando na casa de
R$ 6 bi. Quando você olha a primeira economia, está na casa de R$
18 bi. Então a diferença é muito grande.
Quando
você fala "a sexta economia", é um marketing, enche os
olhos. Esse é o poder da comunicação.
Aí
todo mundo sai falando: "Nossa! Está tudo lindo porque o Brasil
é hoje a sexta economia.".
Parece
que não é mais a sexta, já está em sétimo lugar, com R$ 2 bi e
qualquer coisa. Mas, quando você olha para a primeiro, estamos
falando de R$ 18 bi.
Olha
como é discrepante.
Se
falarmos que o primeira é R$ 18 bi e a sexta é R$ 6 bi é uma
coisa; se falarmos que é a sexta economia, gera um impacto.
São
as palavras que você havia falado que geram o poder da comunicação.
[NÉLSON]
É o poder da comunicação.
Eu
tenho públicos diferentes. Eu tenho um público que já está
estabilizado, eu tenho um público que tem de ser preservado. Então
a minha linguagem com ele é a da preservação.
Mas
eu tenho um público sempre emergente.
Como
você falou, tivemos manifestações, tivemos um espírito inovador
sendo movimentado este ano.
Como
vimos, existe um grande interesse em atingir desse público e existem
muitos políticos participando desse universo, infiltrados, alguns
até de maneira indireta, que é para poder colher esses frutos
posteriormente. Ou seja, conhecer aquele público, estar presente,
oferecer alguma coisa a ele.
Tudo
isso que falamos torna-se muito subjetivo – o algo, alguma coisa –
até pelo emprego das palavras.
Todos
querem oferecer algo. O que é esse algo?
Aí
entra a comunicação: é a precisão.
Eu
quero oferecer ao meu público segurança. Então a palavra
"segurança" é importante.
Nenhum
político que pense em colocar outra palavra vai conseguir um bom
sucesso. Ele precisa colocar "segurança" porque esse é a
palavra que traz voto. Então a palavra "segurança" está
presente.
Educação:
atinge um grupo muito menor.
Saúde:
atinge um grupo maior.
Alimentação:
atinge um grande grupo.
As
palavras têm um universo de atenção. Não adianta eu colocar um
rol de palavras todas misturadas, que trabalham o mesmo nível, com o
mesmo valor, sendo que uma palavra atinge um grupo e outra palavra
atinge outro.
[SULIVAN]
Esse seria então o segredo da comunicação assertiva.
[NÉLSON]
É lógico. A competência da comunicação está na própria seleção
vocabular.
Vamos
colocar uma situação cotidiana para mostrar o poder da comunicação.
Eu
convivo com determinada mulher. Eu vejo que ela gosta de determinado
música, eu vejo que ela gosta de determinada cor de roupa.
O
que eu faço para me aproximar dela?
Eu
tenho de usar elementos que traduzam aquilo que ela quer ver.
Eu
tenho primeiro a comunicação, o meu marketing pessoal.
O
que eu vou mostrar a ela?
Eu
vou mostrar a ela que eu gosto da mesma cor, eu vou ouvir e assobiar
a mesma música, vou buscar palavras dentro do meu vocabulário que
sei que estão de acordo com o que ela pensa. Eu ouço o que ela
fala, vejo os assuntos e vou incorporando isso tudo.
Essa
moça está vivendo um momento de grande carência afetiva? É
simples. As palavras que eu tenho de colocar dentro do meu
vocabulário são palavras mais próximas daquela carência. Então
vou falar palavras ligadas ao sentimento, vou falar sobre doçura,
vou falar sobre sorriso, vou falar sobre casamento, sobre relação,
que é aquilo que ela sente carência no momento e que vão fazer ela
criar um referencial comigo.
O
que eu estou fazendo?
Eu
estou criando uma cantada, só que uma cantada competente.
O
que uma mulher hoje quer ouvir para ver em um homem algo positivo?
Isso
é pura comunicação. Ou seja, é uma seleção vocabular, atingindo
o meu objetivo, meu alvo e certamente vou ter uma resposta positiva
se as palavras forem bem empregadas.
[SULIVAN]
Perfeito.
Olha
que legal. Começamos falando de comunicação, passamos pela
política, manifestação e já chegamos aqui na parte...
[NÉLSON]
...Da cantada.
[SULIVAN]
Da cantada, do relacionamento.
Então
seria um bom galanteador aquele que tem a competência na comunicação
e que coloca as palavras de forma mais assertiva no momento da
sedução? É isso que eu estou entendendo?
[NÉLSON]
Com certeza.
Tem
um exemplo melhor ainda disso aí.
Meu
filho tem 12 anos. Ele chegou um dia para mim e falou (não que eu
seja especialista nisso, mas só pela vivência): "Pai, como eu
chego para conversar com uma menina?".
Olha
só a pergunta que ele me fez. O que eu falo em uma situação
dessas?
Eu
falei: "Filho, o que é importante? Ser diferente.
Se
os meninos da sua idade brincam, não levam nada a sério, lógico
que chamam pouca atenção da menina.
O
que você precisa fazer para chamar a atenção dela? Fale sobre
coisas que ela gostaria de ouvir de um menino como você. Ela vai
querer que você a trate com gentileza, ela não vai querer que você
use um vocabulário vulgar, ela vai querer que você faça elogios a
ela.
Veja,
não são muitas coisas, mas isso já cria para você um viés
positivo.".
[SULIVAN]
Já tem uma vantagem competitiva.
[NÉLSON]
Não é verdade?
[SULIVAN]
É aquilo que estávamos conversando ali antes de começarmos o
programa. Nós estávamos falando sobre técnica.
[NÉLSON]
Sim.
[SULIVAN]
Para tudo existe uma técnica, existe um passo a passo.
[NÉLSON]
Lógico.
[SULIVAN]
Se entendermos esse passo a passo, nos aprimorarmos nesse passo a
passo, certamente conseguiremos ter uma comunicação melhor.
E
não só na comunicação. Existem técnicas para uma série de
coisas.
[NÉLSON]
Relacionamento.
[SULIVAN]
Perfeitamente.
[NÉLSON]
Como funciona a questão do próprio relacionamento dentro desse
universo?
Eu
me relaciono profissionalmente com o meu empregado. É preciso que a
comunicação seja eficiente com ela para que ele dê qual resposta?
O trabalho.
Imagine
documentos sendo emitidos com uma linguagem complexa.
Um
memorando passado a um funcionário de maneira que a estrutura não
seja clara, o conteúdo não fique objetivo. Depois você vai ter a
cobrança do chefe em cima do seu colaborador de uma atitude que ele
não tomou porque o documento não era claro nas exigências.
Então
veja como todo o universo trabalha.
Hoje
em dia não podemos mais desprezar esse tipo de relação porque
estamos falando de comunicação e de competência. A ferramenta
principal é a Língua Portuguesa.
[SULIVAN]
Perfeito.
Por
falar em Língua Portuguesa, temos agora aquele bloco do nosso
programa, que é aquele momento em que entramos com a Dica do
Professor, quando o professor Nélson vai dar uma dica da Língua
Portuguesa, quando aprendemos toda semana e toda semana saímos daqui
rindo de alguma coisa que comentamos.
Então
a Dica do Professor agora.
[SULIVAN]
Nélson, qual é a Dica do Professor de hoje?
[NÉLSON]
Vamos lá.
Vamos
criar primeiro a nossa situação porque é interessante que a
situação seja construída.
Vamos
imaginar a cena corporativa. Dentro da expedição, o encarregado do
setor faz um inventário dos produtos antes de enviá-los ao destino.
Então
ele começa.
— As
ferramentas?
O
funcionário fala:
— Sim.
Está tudo aqui.
— Parafusos
e porcas?
— Sim.
Tudo presente.
— Notas
fiscais para os destinatários?
— Sim.
— O
endereço dos mesmos?
— Não,
senhor. Apenas o endereço dos locais de entrega.
O
que aconteceu aqui?
Ele
falou: "O endereço dos mesmos".
Nossa
questão aqui é essa expressão, esse pronome demonstrativo
"mesmos".
Vamos
entender o que acontece.
É
muito comum que esse tipo de palavra apareça em textos ou na fala
das pessoas.
Um
exemplo.
"A
jovem foi assaltada na esquina por um bandido, que saiu correndo, mas
o mesmo foi capturado duas quadras depois".
Não
existe isso. O mesmo não. O mesmo não é uma palavra de
recuperação, é uma palavra de apresentação, ela mostra. Então
ela precisa estar acompanhada do termo que ela apresenta.
Se
eu digo "o endereço dos mesmos destinatários", se eu digo
"ele mesmo
foi preso", ou seja, "o homem foi preso duas quadras depois
e ele mesmo
confessou
o crime", eu estou dando referência de quem? Ele mesmo, o
próprio bandido.
Essa
expressão funciona para a palavra "como o mesmo", "o
próprio", "o tal".
Nunca
use essas três expressões como foi feito no exemplo.
"O
mesmo foi visto"; "Os mesmos foram entregues"; "O
endereço dos mesmos".
Fale
assim: "Dos mesmos clientes"; "Eles mesmos fizeram".
Então,
toda vez que você usar o pronome "mesmo", "o próprio"
e "o tal", ele deve sempre acompanhar o termo que faz
referência.
"O
mesmo homem" e nunca "o mesmo".
"Ela
mesma", "a mesma mulher", nunca "a mesma".
É
isso aí, Sulivan.
[SULIVAN]
Aí a Dica do Professor da semana: o mesmo ou os mesmos.
Pode
falar, Nélson.
[NÉLSON]
Agora temos o nosso segundo momento, que é o Minuto do Coaching, com
o nosso profissional na área, o Sulivan França.
[SULIVAN]
Então vamos deixar aquelas duas perguntas para reflexão do nosso
ouvinte até a próxima quinta-feira.
Na
próxima quinta-feira, nos encontraremos no mesmo horário, às sete
horas, para que possamos bater o nosso papo aqui e trocarmos as
nossas ideias.
Para
isso, vamos deixar aquelas duas perguntas de reflexão para os nossos
ouvintes.
[NÉLSON]
Manda brasa.
[SULIVAN]
O que você não fez ainda nesse primeiro momento de ano?
As
pessoas usam o Carnaval como desculpa para começar. Agora já acabou
o Carnaval; acabou a desculpa.
[NÉLSON]
Acabou.
[SULIVAN]
Não use a Copa do Mundo, por favor, antes que você comece a falar
da Copa do Mundo.
O
QUE VOCÊ NÃO FEZ NESSE COMEÇO DE ANO QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A
FAZER A PARTIR DE AGORA PARA SE APROXIMAR DO QUE VOCÊ TEM COMO
OBJETIVO PARA 2014?
Além
de tudo isso. O
QUE VOCÊ PODE FAZER PARA USAR O SEU TALENTO, O SEU PRINCIPAL
TALENTO, ESTA SEMANA PARA SE APROXIMAR DO SEU OBJETIVO?
Até
a próxima quinta-feira.
Nélson
e eu estaremos aqui para falar mais e mais e não o mesmo, não é
isso, Nélson? [risos]
[NÉLSON]
[risos] É isso aí.
Muito
bem, minha gente.
Até
a próxima semana.
Um
abraço a todos.
Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.Programa Acertar é Humano (06/03/2014)
Nélson Sartori e Suliva França
26 minutos e 27 segundos
... ➔ pausa ou interrupção do discurso
[...] ➔ palavra/trecho incompreensível
[comentário] ➔ comentários do transcritor
♪ [tema acertar é humano] ♪
DICA
DO PROFESSOR
MINUTO
DO COACHING
♪ [tema acertar é humano] ♪
No primeiro Programa Acertar é Humano de 2015 o apresentador e Master Coach Sulivan França abordou o tema "Qual sua ambição para 2015?". Qual o papel que você deve desempenhar para alcançar seu objetivo? Que tipo de pessoa você precisa ser para chegar até essa meta? E no final do programa, Sulivan deixou algumas perguntas para os ouvintes pensarem para o início de 2015.
No Programa do dia 25/12, Nélson Sartori abordou o tema “Coaching para concursos públicos”. E para discutir esse assunto específico o apresentador recebeu nos estúdios do programa a professora Luciane Sartori. E, para finalizar, na “Dica do Professor” Luciane Sartori explicou algumas palavras e expressões que devem ser escritas separadamente.
O apresentador Nélson Sartori recebeu, no Programa do dia 11/12, a coach educacional e professora Luciane Sartori que deu dicas para quem começa a se preparar para investir na carreira em 2015. Na “Dica do Professor”, foi a convidada Luciana Sartori que explicou os significados das palavras “infringir e infligir”.
No Programa do dia 04/12 o professor Nélson Sartori abordou o tema “Qual o segredo das pessoas ricas e bem-sucedidas?” Durante o Programa o professor falou sobre o resultado de uma pesquisa realizada com pessoas que alcançaram esse estatus. O que eles fizeram para chegar lá? Para finalizar o professor Nélson deixou uma pergunta para reflexão do ouvinte e na “Dica do Professor” ele falou sobre o uso do S e do Z.
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