Durante décadas, os atletas de ponta, palestrantes e artistas recorreram a coaches para ajudá-los a ter um desempenho melhor. Para esses indivíduos que já estão no auge de suas áreas, não é possível ensinar-lhes o próximo nível de performance, mas eles podem aprendê-lo.
Agora essa abordagem se consolidou nas organizações, nas quais os altos executivos estão recorrendo a coaches para ajudá-los a atingir o seu potencial em termos pessoais e de negócio. O aconselhamento de carreira envolve um processo de aprendizado altamente personalizado para aprimorar tanto ação eficaz como a agilidade de aprendizado.
No começo eu fiz a distinção entre o Modelo do Contínuo de Coaching (o “quê”) e uma teoria maior da atividade de aconselhamento de carreira (o “porquê”). Pode-se encarar o contínuo de coaching como apenas um elemento de uma teoria das atividades para aconselhamento de carreira (Witherspoon e White, 1997).
A minha abordagem à teoria da atividade de coaching baseia-se em uma teoria de perspectiva de ação desenvolvida por Chris Argyris e Donald Schön (1974). Esse quadro conceitual, com sua ênfase em informações válidas, escolha livre e esclarecida e comprometimento interno, fornece uma base para entender e explicar a ação humana no meu trabalho com executivos.
Olhando adiante, o desafio de integrar o pensamento com a ação no aconselhamento de carreira é excitante. A ação eficaz exige a geração de conhecimento que atravesse as disciplinas tradicionais com tanta competência e rigor quanto possível. Segundo a minha perspectiva, uma teoria útil da atividade teria dois objetivos: aprimorar a eficácia dos que a praticam e aprimorar sua capacidade de aprender sobre seu próprio comportamento. Assim, o propósito da teoria útil da atividade reforça o propósito do aconselhamento de carreira em si.
Para terminar, antevejo um diálogo produtivo em torno de uma teoria em evolução sobre a atividade do aconselhamento de carreira – voltada para tornar explícitas as premissas, tornar explícitas as interferências a partir das premissas e testar as conclusões através de lógica independente da lógica utilizada para criar as conclusões em primeiro lugar. Esse é um trabalho difícil, mas que vale muito a pena.
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